terça-feira, 19 de maio de 2009

ARTIGOS SOBRE TEOLOGIA DO CORPO

ARTIGOS SOBRE MODÉSTIA e MULHER

ARTIGOS SOBRE ABORTO

ARTIGOS SOBRE NAMORO, CASTIDADE E ESPERA

VÍDEOS

ARTIGOS SOBRE PORNOGRAFIA

ARTIGOS COM TESTEMUNHOS, E SEÇÃO “RECOMEÇANDO”

ARTIGOS SOBRE FAMÍLIA E PEDAGOGIA DA CASTIDADE

NOTÍCIAS E ARTIGOS SOBRE MÍDIA E SOCIEDADE

ARTIGOS SOBRE MASTURBAÇÃO



  • Uma conversa sobre masturbação
  • 5 mitos sobre masturbação
  • Contra a masturbação
  • Jesus me curou aos poucos
  • Jesus pode curar todos
  • "Mas todo mundo diz que a masturbação é saudável...!"
  • Masturbação e pornografia: como parar de se masturbar
  • É verdade que não é saudável ficar sem se masturbar?
  • Eu quero entender o que tem de errado com a masturbação
  • O sexo e o cérebro
  • Masturbação: psicologia e fatores que influenciam
  • Masturbação é saudável e natural, ou é perversão?
  • Por que eu me masturbo? – Ajuda para parar de se masturbar
  • Masturbação faz mal?
  • Masturbação: uma palavra para as garotas
  • Masturbação: uma palavra para os rapazes
  • Como parar de me masturbar?
  • Efeitos fisio-psicológicos da masturbação
  • O que tem de errado com a masturbação?
  • ARTIGOS SOBRE SANTIDADE E SANTOS

  • História de Santa Maria Goretti

  • Cartas de amor de uma Santa (2)

  • O segundo milagre operado por Deus através de Santa Gianna

  • Santa Gianna e o matrimônio

  • Falece Pietro, marido de Santa Gianna

  • Remédio Irresistível

  • Tem problema fica alimentando fantasias sexuais?

  • Castidade – por João Paulo II

  • A santidade da família no coração da Igreja

  • Cartas fora de moda?

  • Santa Maria Goretti e Serenelli

  • Cartas de amor de uma santa

  • Padroeira do blog: Santa Maria Goretti

  • Padroeira do blog: Santa Gianna
  • ARTIGOS DE ORAÇÕES E CITAÇÕES DE SANTOS E PAPAS

  • Só os castos são fortes

  • Oração a Maria Santíssima para guardar a santa pureza

  • Oração dos Noivos

  • Amor e Responsabilidade

  • Oração a Nossa Senhora pela castidade

  • Oração a Jesus pela castidade

  • O Papa fala sobre castidade

  • Citações sobre castidade

  • Citações de João Paulo II sobre castidade

  • João Paulo II fala sobre o amor e a castidade

  • Citações de São Josemaria Escrivá sobre a castidade

  • Orações para a castidade

  • Oração a Maria pela castidade

  • Oração a São José pela pureza
  • ARTIGOS SOBRE DST’s, ANTICONCEPCIONAIS E REGULAÇÃO NATURAL DA PROCRIAÇÃO




  • Relação Sexual e Contracepção: perguntas e respostas à luz da fé católica





  • Discurso de João Paulo II sobre "Paternidade Responsável"





  • 40 anos depois, as palavras do Papa sobre controle de natalidade resistem ao teste do tempo





  • Socorro! Queremos um filho!





  • A "cultura" da sexualidade invertida





  • Longe de saber o que é o amor





  • Como evitar que seu casamento termine em divórcio





  • Os anticoncepcionais são um desastre





  • Planejamento familiar natural ou paternidade responsável





  • A camisinha protege contra o que?





  • Preservativo ou camisinha protege?





  • Mapa de exposição sexual





  • O que toda mulher deve saber sobre anticoncepcionais





  • Meu corpo, minha escolha?





  • Papa diz que preservativos aumentam o risco da AIDS – e ele está certo





  • A abstinência salva vidas





  • A camisinha não é a solução para a AIDS





  • Consequências da atividade sexual precoce - Parte 1 - Parte 2 - Parte 3





  • Perguntas e respostas sobre sexo antes do casamento e anticoncepcionais





  • Humanae Vitae: profecia científica





  • Regulação natural da procriação





  • Se a Igreja Católica é contra os anticoncepcionais, ela espera que a mulher tenha quinze filhos?





  • Por que a Igreja Católica é contra os anticoncepcionais?





  • A Igreja Católica não é culpada pela proliferação da AIDS





  • Danos emocionais causados pelos anticoncepcionais





  • Dúvidas comuns sobre anticoncepcionais anticoncepcionais





  • Por que não usar anticoncepcionais
  • segunda-feira, 18 de maio de 2009

    A Igreja Católica não é culpada pela proliferação da Aids

    Obs.: Embora algumas partes possam aparentemente estar em dissonância com a reta doutrina moral, coloco esse texto aqui por causa dos valiosos e interessantes insights apresentados. (Daniel)

    Por Yasha Jose Rizzante Gallazzi

    Quando estava prestes a desembarcar na África para a sua primeira visita oficial, o Papa Bento XVI chocou, uma vez mais, a opinião pública mundial ao declarar que a distribuição de camisinhas não é uma política eficiente no combate à Aids. Correndo o risco de incomodar ainda mais o consenso politicamente correto e progressista que vige no mundo, devo dizer que Sua Santidade acertou em cheio.

    Em primeiro lugar, cumpre desfazer alguns erros crassos e deixar claro aquilo que o Papa realmente disse - refutando aquilo que lhe foi atribuído pela mídia. Bento XVI não afirmou que a camisinha não serve para evitar a contaminação pelo HIV. O que fez foi criticar as políticas públicas que se baseiam apenas na distribuição agressiva de preservativos sob a justificativa de erradicar um mal que, desafiando a lógica de alguns, insiste em crescer.

    Em verdade, a fala do Papa incomoda os progressistas do mundo porque ele foi direto ao ponto, falando daquilo que o consenso mundial insiste em esquecer: os valores morais. De fato, antes de decidir usar camisinha, o ser humano deveria se indagar sobre a conveniência - ou não - do ato sexual propriamente dito. Como não é um mero animal dotado de instinto, mas uma criatura racional, é perfeitamente justo exigir um comportamento condizente com o tamanho do seu cérebro.

    Manter uma relação tão íntima com outra pessoa é uma decisão carregada de reflexos sentimentais e morais, apesar do que insistem em pregar os novos iluministas do mundo, para os quais sexo é apenas sexo. Estão errados! Uma relação sexual é possivelmente a forma mais íntima de contato entre dois seres, razão pela qual é justo que surjam indagações acerca da oportunidade, da conveniência e dos reflexos decorrentes. Deixar tudo isso de lado porque se tem uma camisinha para evitar doenças e filhos é, no mínimo, primitivo e obscuro.

    Convenhamos: o que fazem as campanhas públicas sobre o uso da camisinha? Incentivam a prática desenfreada e descompromissada do sexo. Sexo seguro, dirão alguns. Sim, pode ser. Mas isso não tira o fato de que o Estado, tal como um moderno alcoviteiro, continua patrocinando o encontro sexual das pessoas sem colocar para a sociedade a questão primordial que deve, sim, ser feita. Em outras palavras, podemos todos concordar que é preciso usar camisinha, mas esse é um segundo momento da coisa toda. Antes de recorrer ao famoso látex, há que se saber se aquele encontro íntimo é bom, conveniente e não deixará sequelas desagradáveis para nenhum dos envolvidos.

    O problema é que o pensamento politicamente correto que comanda as mentes do mundo acha que falar de valores morais é coisa de conservadores, caretas e reacionários. Moderno e humanista, para essa gente, é defender a cultura da morte, manifestada diariamente por meio da defesa ostensiva do aborto, por exemplo. Muitas vezes, o objetivo último de certo progressismo nem é prevenir a Aids, mas simplesmente atacar a Igreja Católica, culpada recorrente por todos os males do mundo.

    Qualquer deita neopentecostal de esquina pode dizer o que bem entender, sempre em nome da diversidade e da tolerância religiosas. Assim, mesmo quando Edir Macedo usa, de forma estúpida, uma passagem bíblica para defender o aborto, as tolices são lidas como um lampejo de iluminismo religioso, em contraponto ao suposto conservadorismo do Vaticano. A qualquer um é dado opinar sobre temas os mais diversos, exceto à Igreja Católica. Basta que o sucessor de Pedro abra a boca para tratar da pena de morte, da eutanásia, do aborto, ou do combate à Aids e pronto: o mundo se apressa em refutar seus argumentos. A tolerância, como se vê, não se aplica ao catolicismo, réu de impor aos homens o dever de arcar com os reflexos morais de suas escolhas individuais.

    Culpar o Papa - e, em última instância, a Igreja - pela proliferação da Aids é, na melhor das hipóteses, coisa de fronteiriços. Ora, basta um pouco da boa e velha lógica cartesiana para derrubar essa tese: se todos seguissem à risca as normas da Igreja, não haveria contaminação nenhuma, não é? Afinal o Vaticano defende a abstinência sexual por meio da qual, admita-se, ninguém contrai uma doença sexualmente transmissível Ou vamos acreditar que alguém primeiro escolhe desobedecer a Igreja - ao praticar sexo irresponsável - e, depois, decide obedecê-la - dispensando o preservativo?

    Claro que os modernistas vão dizer que pregar a abstinência é ridículo, mas isso é próprio de quem decidiu que o ser humano precisa se comportar apenas como um animal dotado de instintos. Sabem qual é o país que melhor combate a Aids na África? Uganda. Dos anos 80 até agora, houve uma redução na população contaminada, de 30% para 7%. E qual é a principal política pública adotada? O incentivo à abstinência e ao sexo com compromisso. Sabem por que é tão difícil acreditar em algo assim? Porque o pensamento politicamente correto já obteve considerável sucesso em reduzir o mundo a uma manada de animais desprovidos de vontades individuais.

    Torna-se, assim, mais simples atacar a pessoa do Papa e desmerecer seus argumentos, em vez de nos debruçarmos sobre o que ele falou. Ao lembrar que a distribuição maciça de camisinhas não foi suficiente para aplacar a disseminação da Aids, Bento XVI não disse nenhuma mentira, nem errou em sua análise. O que fez foi lembrar que o sexo casual e descompromissado é, sim, uma vertente do sexo irresponsável. A camisinha se torna uma espécie de algoz de sua suposta virtude, pois estimula - e isso é inegável - o sexo ligeiro e sem compromisso.

    O curioso é que a pecha de obscurantista recai sobre o Papa- e sobre o catolicismo -, mesmo estando claro que os críticos de Bento XVI são aqueles que pretendem transformar o ser humano em uma espécie de animal que vive num permanente cio, pouco importando como ou com quem mantém relações. É exigida apenas a camisinha. Assim, todo um leque de escolhas morais é relegado ao segundo plano, substituído pela escolha física de responder aos instintos. Quem são, afinal, os obscurantistas?
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    http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2009/03/23/a-igreja-catolica-nao-culpada-pela-proliferacao-da-aids-754954176.asp

    Noticias Vida e Castidade

    Amigos, nos próximos dias estaremos retornando com novos artigos no blog Vida e Castidade. Por enquanto continuem aproveitando os aritgos já publicados, clicando nos links abaixo.
    Obrigado.
    Daniel Pinheiro

    Sei que devo viver na castidade, mas por que?

    Por Julie Maria

    Esta pergunta está no coração de muitos jovens, especialmente no coração daqueles que já namoram e não encontram razões profundas para se manterem castos e virgens até o casamento. Irei explicar, da forma mais simples que eu puder, o que a Igreja nos ensina sobre isso.

    A resposta da pergunta “sei que devo viver na castidade… mas por que?” é esta: Porque estamos chamados ao amor (amor de verdade)! E o amor exige a integridade de todo nosso ser e esta integridade se chama castidade:

    “A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu ser corporal e espiritual.” CIC 2337

    O Catecismo ensina que “todo batizado é chamado à castidade. O cristão “se vestiu de Cristo”, modelo de toda castidade. Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo seu específico estado de vida. No momento do Batismo, o cristão se comprometeu a viver sua afetividade na castidade.” CIC 2348

    A castidade há de distinguir as pessoas de acordo com seus diferentes estados de vida. Existem três formas da virtude da castidade (CIC 2349):

    - a primeira, dos esposos (castidade conjugal);

    - a segunda, da viuvez;

    - a terceira, da virgindade.

    A castidade é a forma humana de viver a sexualidade. O Catecismo resume esta verdade assim: “A alternativa é clara ou o homem comanda suas paixões e obtém a paz, ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz.” Isso significa que sem ser casto é impossível ser feliz, viveremos num nível infra-humano, viveremos como bestas.

    Mas a proposta do mundo é exatamente esta: viva como besta e seja infeliz! Basta olhar ao nosso redor e descobrir quem, sem viver a castidade, está realmente feliz. A pessoa não está feliz sem a viver a casidade porque não nascemos para ser escravo de nada, nem dos nossos instintos, nem das outras pessoas, nem das pressões de uma sociedade doente que desconhece quem é o homem, o que seja a sexualidade humana e também o plano de Deus para o homem e a mulher ao se casarem.

    Mas por que a castidade é tão mal compreendida e ridicularizada? Porque ela “comporta uma aprendizagem do domínio de si que é uma pedagogia da liberdade humana. A dignidade do homem exige que ele possa agir de acordo com uma opção consciente e livre, isto é, movido e levado por convicção pessoal e não por força de um impulso interno cego ou debaixo de mera coação externa. O homem consegue esta dignidade quando, libertado de todo cativeiro das paixões, caminha para o seu fim pela escolha livre do bem procura eficazmente os meios aptos com diligente aplicação.”

    Ms todos reconhecemos que isso não é fácil! Enquanto o mundo proclama a necessidade de sermos escravos e por tanto vivermos como bestas, a castidade exige disciplina, ascética, metas claras e paciência: “O domínio de si mesmo é um trabalho a longo prazo. Nunca deve ser considerado definitivamente adquirido. Supõe um esforço a ser retomado em todas as idades da vida”.CIC 2342.

    Frente a isso, vale recordar que até mesmo dentro do matrimônio, caso o sesposo não vivam a castidade conjugal, eles podem estar ferindo os votos de se amarem que prometeram no altar.

    Ser casto então não é uma “opção” para o católico: é uma exigência do batismo que o chama a amar como Cristo ama: de maneira livre, total, fiel e fecunda. “A virtude da castidade comporta a integridade da pessoa e a integralidade da doação.” CIC 2337

    Integridade e doação da pessoa: o que isso quer dizer?

    Significa que “a pessoa casta mantém a integridade das forças vitais de amor depositadas nela [e esta] integridade garante a unidade da pessoa e se opõe a todo comportamento que venha feri-la; não tolera nem a vida dupla nem a linguagem dupla.” CIC 2338

    O Papa nas suas catequeses Teologia do Corpo irá explicar isso usando o conceito “linguagem do corpo”: uma pessoa pode estar falando a verdade ou mentindo, dependendo se aquilo que ela expressa com seu corpo é também expressão de todo o seu ser, ou não.

    Por exemplo: a relação conjugal no plano de Deus é a expressão do amor livre, total, fiel e fecundo que esposo e esposa se prometeram no altar ao dizer: “eu te recebo como esposo… esposa…” e respondendo “sim” às perguntas que o sacerdote lhes faz. Só neste contexto sacramental “as palavras confirmam a verdade essencial da linguagem do corpo [...] cujo autor é o próprio homem [...] e o sinal que eles tornam realidade com as palavras do consentimento conjugal não é apenas um sinal imediato e fugaz, mas um sinal que olha em direção ao futuro e produz um efeito duradouro, isto é, a união conjugal, uma e indissolúvel (”todos os dias da minha vida”). JPII, Audiência 19.01.83

    Por isso, o namoro ou noivado, que por definição são realidades temporárias, não estão capacitados para a doação total que exige o amor entre homem e mulher. Neles:

    - não existe compromisso definitivo (o matrimonio é indissolúvel)

    - não existe abertura a vida (sempre nestas relações predomina o “usar” o outro que se comprova no uso do contraceptivo: eu te quero… mas não quero tua fecundidade.)

    A Igreja pede que os jovens sejam “instruídos convenientemente e a tempo sobre a dignidade, a função e o exercício do amor conjugal, a fim de que, preparados no cultivo da castidade, possam passar, na idade própria, do noivado honesto para as núpcias. E pede aos noivos viver a castidade na continência: “nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, urna aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus. Reservarão para o tempo do casamento as manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade.” CIC 2350

    Não existe pessoa que, amando de verdade o outro, não gostaria de ser totalmente casta, virgem, pura para o amado (a) no dia em que se unem pelo sacramento matrimonial. O amor verdadeiro exige integridade de corpo e alma, exclusividade e totalidade que o mundo não entende, não suporta e não consegue viver!

    Mas nós, filhos de Deus e chamados a imitar a Nosso Senhor Jesus Cristo ,reconhecemos que a castidade “é também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual [e que] o Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo. CIC 2345

    Não tenhamos medo de viver a castidade! Não tenhamos medo de nos preparar dignamente para o “sim” definitivo. Escutemos a voz doce do Vigário de Cristo que nos exorta:

    “Eu digo-vos: Coragem! Ousai decisões definitivas, porque na verdade são as únicas que não destroem a liberdade, mas lhe criam a justa direção, possibilitando seguir em frente e alcançar algo de grande na vida.”
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    Extraído do blog Julie Maria

    domingo, 17 de maio de 2009

    O que a pornografia está fazendo com os pais e suas famílias

    Por Steve Wood

    O veneno da pornografia na internet está lentamente matando a vida espiritual de milhões de pais cristãos. Encontrei homens viciados em pornografia em todas as conferências de homens católicos nas quais dei palestras nos últimos quatro anos. Homens de todas as regiões da América do Norte, que assistem Missa todo domingo, e silenciosamente são viciados em pornografia. Um grande número de esposas contactam o “Family Life Center” (Centro de Vida Familiar) alarmadas com o vício dos maridos em pornografia. Essas esposas estão cheias de medo dos efeitos corrosivos da pornografia em seus maridos, seus casamentos e seus filhos.

    Uma pesquisa de março de 2000, conduzida por “Zogby and Focus on the Family” descobriu que um em cada quatro americanos procura prazer sexual online. Aproximadamente um em cada cinco cristãos deu a mesma resposta. Sim, a pornografia na Internet atingiu os homens em nossa Igreja, e ainda assim muitos deles me contam que nunca ouviram falar uma palavra que fosse combatendo a pornografia em sua paróquia, ou em sua diocese.

    A pornografia está chegando também às crianças. Quase um terço (31%) das crianças de 10 a 17 anos (em casas com computador) disseram já ter visto um site pornográfico. A instituição “The Attorney General Comissions on Pornography” (Comissão advocatícia a respeito de pornografia) descobriu que garotos de 12 a 17 anos estão entre os maiores consumidores de pornografia – os filhos estão seguindo o caminho dos pais. Milhões de cristãos entre os 30 e 40 anos começaram um vício silencioso em pornografia depois que descobriram a “Playboy” e outras revistas pornográficas do pai escondidas embaixo do colchão, isso quando tinham apenas 9, 10 ou 11 anos de idade. Os garotos de hoje em dia, acostumados às tecnologias, podem encontrar arquivos gravados das visitas do pai a sites pornográficos.

    O vício em pornografia via internet não vai desaparecer sozinho. A pornografia na internet, que já é um negócio que rende mais de 1 bilhão de dólares anuais, está aumentando a uma taxa crescente. Durante o mês de janeiro de 2000, houve um incremento de 40% em sites pornográficos visitados em comparação com apenas os quatro meses anteriores. A banda larga vai trazer vídeos e televisões para a internet. Uma empresa de pornografia previu que a banda larga da internet irá “dar ao internauta a oportunidade de escolher entre 100 mil vídeos adultos”. (Nota do tradutor: esse texto está um pouco desatualizado, isso já é realidade hoje em dia – 2009)

    A pornografia via internet é uma crise entre os homens na Igreja. Imploro aos líderes de todos os grupos católicos de homens que se eduquem sobre o problema da pornografia na internet, e em como ajudar homens, tanto na prevenção quanto na superação do vício da pornografia. Finalmente, dois passos são necessários. Primeiramente, milhares de grupos precisam ser formados, para ajudar os católicos a superar o vício em pornografia. Em segundo lugar, é necessário montar igual quantidade de grupos voltados para as esposas de homens viciados em pornografia.

    Nas palavras do Dr. Jerry Kirk, a pornografia é “anti-criança, anti-mulher, anti-matrimônio, anti-família, anti-igreja e anti-Deus”. Acrescento que a pornografia é profundamente anti-paternidade. O que está em jogo hoje nessa batalha pela pureza é nada mais nada menos do que o futuro da paternidade cristã. È hora dos católicos agirem.

    São José, rogai por nós, para que sejamos pais que vivem na pureza.
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    Traduzido e adaptado de: Dads.org

    Link: http://www.dads.org/article.asp?artId=234

    sábado, 16 de maio de 2009

    Maria Mariana: "Confissões de mãe"

    A escritora carioca que foi ícone da juventude nos anos 90 volta a polemizar com “Confissões de mãe”

    Martha Mendonça
    Fonte: Época

    Aos 19 anos, a carioca Maria Mariana tornou-se um ícone da década de 90. Seu livro Confissões de adolescente, lançado em 1992, vendeu 200 mil cópias, virou peça de teatro e tornou-se um memorável seriado de televisão. Aos 36 anos, distante da fama e mãe de quatro filhos, a escritora, atriz e filha do cineasta Domingos de Oliveira lança Confissões de mãe (Editora Agir), um livro nada rebelde, recheado de ideias que vão irritar as feministas. Nesta entrevista, realizada em Macaé, no Estado do Rio de Janeiro, onde mora hoje, ela defende as mães que deixam de trabalhar para cuidar de seus filhos. “Amamento há nove anos seguidos”, afirma. Com a mesma expressão serena que as pessoas se acostumaram a ver na série de televisão, a escritora diz ser contra o aborto e afirma que as mulheres deprimidas depois do parto são as que passaram a gravidez comprando roupinhas para o bebê

    ÉPOCA – O que a adolescente dos anos 90 e a mãe de quatro filhos têm em comum?
    Maria Mariana – Mudei muito, mas algumas coisas ficaram. Acredito que uma delas seja a criatividade no dia a dia. Eu sei fazer de um limão uma limonada. Tenho sempre um coelho na cartola, um assunto engraçado numa hora chata, uma forma de tornar aconchegante um ambiente ou uma situação difícil. Isso vem também do fato de eu adorar ser mãe. Mas a maternidade está em baixa.

    ÉPOCA – Por que você diz isso?
    Maria – O valor de ser mãe não está sendo levado em conta. Sinto isso há quase dez anos, desde que eu decidi parar todas as minhas atividades para ter filhos e cuidar deles. A pressão foi inimaginável e veio de todos os lados. Da família, dos amigos, de quem mal me conhecia. Muita gente me perguntou se eu estava deprimida ou tinha síndrome de pânico. Meu pai também custou a entender. Eu era bem-sucedida, e largar a fama é um absurdo para as pessoas. Se alguém saiu da mídia por vontade própria, é porque tem algum problema grave. A verdade é que eu só descobri o que é trabalhar depois de ser mãe! Ser mãe é um trabalho social, o maior deles. É um esforço para garantir a criação de indivíduos de valor, mentalmente sadios, que contribuam para o bem geral. Pessoas equilibradas, educadas, que consigam se manter. Quando pequeno, o filho precisa de atenção especial e exclusiva. É nesse período que se formam a base do que ele será, o caráter, os valores. Depois, é difícil consertar.

    ÉPOCA – Como foi sair de uma vida badalada no Rio para uma cidade pequena?
    Maria – Eu trabalhava como roteirista, sempre amparada pela sombra do sucesso de Confissões de adolescente, mas alguma coisa não estava fechando. Tive um primeiro casamento, dos 20 aos 23 anos, que não deu certo. Depois fui morar sozinha e tinha a impressão de que a vida se movia em círculos. Ao mesmo tempo, sempre tive a obsessão de ter filhos. Quando meus pais se separaram, eu estava com 7 anos e passei a viver com meu pai. Era filha única, muito madura, lia Dostoiévski e estava sempre cercada por amigos intelectuais dele. Mas eu sonhava com uma enorme mesa de família com aquela macarronada no domingo. Eu queria mudar de degrau, mudar de história. No meio disso tudo, conheci o André, meu marido. Um mês depois, estava grávida. Todos os meus filhos foram planejados. A primeira, Clara, foi de cesariana, o que foi uma decepção para mim. Os outros foram de parto normal.

    ÉPOCA – No livro, você diz que mulheres que não conseguem o parto normal estão “envolvidas com pequenas questões de ego”. Explique.
    Maria – Respeito a história da maternidade de cada mulher. Mas, depois que tive o parto normal, vi que é uma vivência fundamental. Se a mulher parir naturalmente, será uma mãe melhor. Todos falam do nascimento do bebê, mas esquecem que a mãe também nasce naquela hora. A mulher também tem de estar focada na amamentação.

    ÉPOCA – A maioria das mulheres não está preocupada em amamentar?
    Maria – Muitas não estão. Amamentar não é um detalhe, é para a mãe que merece. É importante e simplifica a vida. Vejo muitas mulheres com preocupações estéticas, se o peito vai cair, se vai ficar alguma cicatriz se o peito rachar. Aí o leite não vem. Amamento há nove anos seguidos. Só desmamo um quando engravido do outro. Minha caçula, de 2 anos, ainda mama. Existe a realidade de cada um, mas é preciso elevar a consciência sobre o que fazemos. Há mulheres que passam nove meses no shopping, comprando roupinhas, aí depois marcam a cesárea e pronto. Acabou o processo. Aí sabe o que acontece? Elas têm depressão pós-parto.

    ÉPOCA – Você não teme ser repreendida pelas feministas?
    Maria – Não acredito na igualdade entre homens e mulheres. Todos merecem respeito, espaço. Mas o homem tem uma função no mundo e a mulher tem outra. São habilidades diferentes. Penso nesta imagem: homem e mulher estão no mesmo barco, no mesmo mar. Há ondas, tempestades, maremotos. Alguém precisa estar com o leme na mão. Os dois, não dá. Deus preparou o homem para estar com o leme na mão. Porque ele é mais forte, tem raciocínio mais frio. A mulher tem mais capacidade de olhar em volta, ver o todo e desenvolver a sensibilidade para aconselhar. A mulher pode dirigir tudo, mas o lugar dela não é com o leme.

    ÉPOCA – Mas você não valoriza a emancipação da mulher?
    Maria – Valorizo. Teve seu momento, foi fundamental para abrir espaços, possibilidades. Mas as necessidades hoje são outras. Precisamos unir a geração de nossas avós com a de nossas mães para chegar a um equilíbrio feminino. Eu não sou dona da verdade. Não à toa, fiz meu livro como um diálogo entre mim e minha filha. Quero dizer às jovens do mundo de hoje que existe uma pressão para que elas sejam autossuficientes profissionalmente, sejam mulher e homem ao mesmo tempo, como se fosse a única forma de realização. Para isso, elas têm de desenvolver agressividade, frieza – sentimentos que não têm a ver com o que é ser mãe. O valor básico da maternidade é cuidar do outro, doar, servir. Nada a ver com o mundo competitivo. Maternidade é tirar seu ego do centro.

    ÉPOCA – O que pensa sobre o casamento?
    Maria – Casamento é um degrau que a pessoa tem para caminhar para a frente. Quem opta por ficar sozinho não desenvolve aprendizados que o casamento dá. Apanhar cueca suja que o marido deixa no chão é um aprendizado de paciência e dedicação. As pessoas pensam em união apenas como o espaço da alegria, do conforto. Casamento é embate, negociação e paciência. É preciso insistir e vencer. Saber que não se muda o outro. É preciso mudar a nós mesmos.
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    A partir de um post do blog Moda e Modéstia

    sexta-feira, 15 de maio de 2009

    Aborto em Recife: perguntas sem resposta

    Aborto em Recife: um crime sem investigação
    (dois gêmeos foram mortos; a menina e sua mãe estão incomunicáveis)

    No dia 4 de março de 2009, em Recife foi praticado um crime de aborto em uma menina de nove anos, natural de Alagoinha (PE), que havia sido transportada à capital para o procedimento pré-natal. Os gêmeos abortados, com cerca de vinte semanas de vida, provavelmente respiraram e choraram antes de morrer. Até agora ninguém informou em qual lata de lixo eles foram lançados.

    Na noite do dia anterior, a menina grávida e sua mãe foram transferidas às pressas do hospital em que se encontravam (o Instituto Materno Infantil de Recife – IMIP) para outro (Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros – CISAM), onde os médicos fizeram o aborto. Membros do grupo pró-aborto Curimim, financiados pela International Women’s Health Coalition (IWHC), foram ao IMIP e convenceram a mãe analfabeta a pedir a alta da filha. Mãe e filha foram transportadas para o CISAM em companhia de Dra. Vilma Guimarães, ginecologista e coordenadora do Centro de Atenção à Mulher do IMIP.

    A pressa dos abortistas tinha razão de ser, uma vez que o pai biológico da menina Sr. Erivaldo (que vive separado da mãe), contrário ao aborto, estava dirigindo-se ao IMIP, acompanhado de um advogado, para pedir a alta da filha. Para os defensores do aborto havia o risco iminente de que o IMIP fosse obrigado a deixá-la sair, uma vez que, mesmo após a separação, o pai biológico continuava, por lei, a exercer o poder familiar sobre a filha. E mais: havia o risco – nada pequeno – de que a gravidez prosseguisse normalmente e que fossem dadas à luz, por cesariana, duas lindas crianças, que seriam batizadas pessoalmente pelo próprio Arcebispo de Olinda e Recife Dom José Cardoso Sobrinho! Imagine-se o ônus para a causa abortista se uma gravidez gemelar em uma menina de nove anos se convertesse em ícone da causa pró-vida!

    Com “uma ação ágil e coordenada de grupos feministas” [1], o aborto foi feito por médicos do CISAM. Mediante a divulgação sistemática de mentiras pelos meios de comunicação social, o caso se transformou em um grande espetáculo em favor dos abortistas e contra o Arcebispo Dom José Cardoso Sobrinho. Após o crime consumado, a menina, a mãe e uma irmã da menina, de 13 anos, também ela vítima de abuso sexual, foram colocadas em um “abrigo”[2] desconhecido e inacessível, onde se encontram até hoje guardadas (ou encarceradas?), impedidas de se comunicar com o Conselho Tutelar de Alagoinha (unanimemente contrário ao aborto) e com o próprio pai Sr. Erivaldo.

    A seguir alguns importantes esclarecimentos sobre o triste episódio.

    O QUE SE DIZ...

    A VERDADE

    No Brasil o aborto é legal em dois casos, previstos no Código Penal.

    Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:

    I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

    II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

    No Brasil, o aborto diretamente provocado é sempre crime, haja ou não pena associada a ele. O artigo 128, CP, não diz que o aborto “é permitido”. Nem sequer que “não é crime”. Diz apenas “não se pune”. A lei pode deixar de aplicar a pena ao criminoso após o crime consumado (por exemplo, fica isento de pena o furto praticado entre parentes – art. 181, CP), mas não pode dar permissão prévia para cometer um crime.

    Se a gestante estiver correndo risco de vida, o médico que pratica o aborto fica isento de pena.

    Para que o médico autor do crime fique isento de pena, não é suficiente que a gestante tenha corrido “risco de vida”. É necessário provar que não havia outro meio – a não ser o aborto – para salvar a vida da gestante.

    Já em 1965, o médico legal Dr. Costa Júnior dizia que essa hipótese jamais ocorre, pois o aborto é mais perigoso para a mãe que o prosseguimento da gravidez. E advertia: “não envolvam a Medicina no protecionismo ao crime desejado[3]

    A menina de nove anos grávida de gêmeos corria risco iminente de morrer, caso o aborto não fosse praticado.

    Na manhã do dia 3 de março, o diretor do IMIP Dr. Antônio Figueira, disse a Dom José Sobrinho, na residência episcopal e na presença de toda uma equipe de profissionais convocada para estudar o caso, que a menina não corria risco iminente de vida e que, se os pais o desejassem, a gestação poderia ser levada a termo com os cuidados do hospital.

    Na tarde do mesmo dia, o IMIP deu alta à menina, a pedido da mãe[4], sob influência do grupo Curumim, alegando que não havia risco iminente para a menina.

    Como a gravidez da menina resultou de um estupro, os médicos que praticaram o aborto ficam isentos de pena.

    Para que os autores do crime gozem da não aplicação da pena, não basta que a gravidez tenha resultado de um estupro. É necessário que o aborto tenha sido precedido do consentimento da gestante. No caso, como a gestante é incapaz, é necessário que tenha havido o consentimento de ambos os pais, que a representam legalmente.

    O consentimento da mãe da menina foi suficiente para isentar os médicos da pena.

    Provavelmente, o consentimento da mãe foi obtido mediante fraude, o que torna a conduta dos médicos enquadrada no artigo 126, parágrafo único, CP, ou seja, reclusão de três a dez anos.

    O consentimento do pai biológico da menina não era necessário para isentar os médicos da pena.

    Ainda que a mãe tenha dado livre e validamente o seu consentimento, isso não é suficiente para deixar os médicos impunes, uma vez que havia a oposição do pai biológico. Compete a ambos os pais representar os filhos incapazes nos atos da vida civil (art. 1634, V, CC), e o poder familiar não se extingue pela separação dos pais (art. 1632, CC).

    Faltando o consentimento do pai, a conduta dos médicos enquadra-se no artigo 125, CP (“provocar aborto, sem o consentimento da gestante”), cuja pena é reclusão de três a dez anos.

    O destino dado aos bebês abortados é irrelevante para o caso.

    Sendo o aborto um crime que deixa vestígios, é indispensável o exame de corpo de delito (art. 158, CPP), que deve ser feito nos cadáveres dos gêmeos e na menina submetida ao aborto. A ocultação dos cadáveres serve para encobrir o crime.

    A ocultação da menina, de sua irmã e da mãe é necessária para que elas fiquem a salvo do assédio da imprensa.

    A ocultação da menina, de sua irmã e da mãe interessa aos abortistas, a fim de que não seja possível a investigação sobre o crime. “O rapto de menores com ocultamento dos pais para realizar um aborto supostamente legal já foi praticado várias outras vezes na América Latina por organizações feministas. Já ocorreu pelo menos três vezes na Bolívia e uma vez na Nicarágua, mas é a primeira vez que ocorre no Brasil[5]

    O aborto foi feito por motivos humanitários, em benefício da própria menina.

    O aborto foi feito por interesses espúrios, instrumentalizando a menina para a propaganda abortista financiada internacionalmente pela International Women’s Health Coalition (IWHC), que patrocina o grupo Curumim.

    Dom José Cardoso Sobrinho excomungou os médicos que fizeram o aborto.

    O Arcebispo não excomungou ninguém. Apenas informou que, segundo o Código de Direito Canônico, “quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententie (automática)” (cânon 1398).

    Se a excomunhão é automática, Dom José não precisaria ter avisado.

    Justamente por ser um pena automática, é necessário que os fiéis sejam avisados de sua existência. De acordo com o Direito Canônico, para que alguém incorra na excomunhão automática, é necessário que conheça essa pena anexa ao crime (cânon 1324, §1, n.9 e §3). Dom José cumpriu seu dever ao anunciar a pena de excomunhão, a fim de que os médicos católicos, ao menos por temor da pena, poupassem a vida dos gêmeos. Foi um último recurso tentado para salvar os inocentes.

    Não é justo que seja excomungada uma menina de nove anos.

    A menina não foi excomungada, uma vez que não é passível de nenhuma pena canônica quem, no momento do delito, não tinha completado 16 anos. Provavelmente a mãe também não foi excomungada, se foi coagida por medo grave a dar consentimento ao aborto (cânon 1323, n. 1 e n. 4).

    Para concluir, transcrevemos as interrogações do pároco de Alagoinha Pe. Edson Rodrigues, inseridas em seu blog no dia 24.04.2009:

    DOIS MESES DEPOIS, EM QUE DEU O CASO DA MENINA?[6]

    Já se passaram dois meses do triste episódio aqui de Alagoinha e ainda estamos querendo entender alguns fatos que até hoje ninguém explica. Muitos merecem um esclarecimento, visto que se trata de vidas que estão em jogo. Como Pastor de uma comunidade que deve se questionar a cada sobre as conseqüências do infeliz fato de nossa pequena de 9 anos ter engravidado de gêmeos do próprio padrasto e, lamentavelmente, não ter tido o direito de ver as suas duas filhas, pergunto:

    1 - Onde estão a menina e a sua mãe, visto que aqui na cidade nenhum de nós (pai biológico da criança, Conselho Tutelar, Polícias, Autoridades constituídas, Igrejas e a própria comunidade) não tem conhecimento sequer de onde estejam?

    2 - Por que tanto sigilo. Entendo que se queira preservar a garota e sua mãe do assédio da mídia para que não estrague mais o fato do que já estragou. Mas as pessoas citadas acima, nenhuma delas é jornalista. Por que tanto mistério até para o pai biológico da criança? O que está por trás disso?

    3 - "Aborto realizado, caso encerrado", assim dizem alguns. Será? Eu diria, "aborto realizado, crime consumado". Neste país, crimes são passíveis de punições, pelo menos deveriam ser. E este? De quem é a culpa da morte das duas meninas? Quem deve pagar por isso?

    4 - Onde estão as provas reais da "legalidade" deste aborto até hoje devidas pelo Hospital ao Conselho Tutelar de Alagoinha?

    5 - Por que o Conselho Tutelar daqui, que acompanhou o fato do início ao seu trágico fim, foi banido do caso, sem que receba nenhuma informação?

    6 - A questão da "excomunhão" amplamente divulgada pela imprensa nacional e internacional quis, como de fato conseguiu, desviar a atenção pública para um fato bem mais sério: o aborto, uma decisão imperiosa da parte de "especialistas que juraram um dia preservar a vida", e que hoje se dão ao direito de decidir sobre quem vive ou deve deixar de viver entre nós. O que é mais grave e merece mais atenção de nossa parte?

    Estes e outros tantos questionamentos estão ainda em nossa mente e em nosso coração. Quem vai respondê-los? Isso a gente também gostaria de saber.

    Pe. Edson Rodrigues

    Roma 13 de maio de 2009.

    Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
    Presidente do Pró-Vida de Anápolis