Por Shelley Lubben
Nota: O conteúdo pode não ser adequado para crianças.
Filmes pornográficos cheios de cenas de sexo apresentando louras cujos olhos sedutores parecem dizer “quero você” possivelmente são uma das maiores enganações de todos os tempos. Acredite em mim, falo com propriedade. Eu fazia isso o tempo todo, eu fazia filmes, e tudo por desejo de poder e por amor ao dinheiro. Eu nunca gostei de sexo. Eu nunca quis fazer sexo. É isso mesmo, nenhuma de nós – mulheres lindas com o cabelo recém tingido de loiro – nenhuma de nós gosta de fazer pornografia. Na verdade, a gente detesta. Odiamos ser tocadas por estranhos que nem ligam para nós. Odiamos ser degradadas com seus odores desagradáveis e corpos suados. Algumas mulheres odeiam tanto que se pode ouvi-las vomitando no banheiro entre as cenas. Outras podem ser vistas do lado de fora fumando interminavelmente cigarro após cigarro...
Mas a indústria pornográfica quer que VOCÊ pense que as atrizes pornográficas adoram sexo. Eles querem que você pense que gostamos de ser degradadas por todo tipo de atos repulsivos. Na verdade, atrizes pornográficas têm chegado no “set” de filmagem sem saber de certos requerimentos, e os produtores falam que ela tem que fazer aquilo ou sair sem receber pagamento. Trabalhe agora ou não trabalhe nunca mais. Sim, nós escolhemos. Algumas precisavam do dinheiro. Mas fomos manipuladas, coagidas, e até ameaçadas. Algumas de nós pegaram Aids, eu pessoalmente peguei Herpes, uma doença sexualmente transmissível (DST) que não tem cura. Outra atriz pornô foi para casa depois de tentar em vão fugir de sua dor, colocou uma pistola na cabeça e puxou o gatilho. Agora ela está morta.
Seguramente pode-se dizer que a maioria das mulheres que começam a atuar em filmes pornôs para fazer dinheiro provavelmente não cresceu em um ambiente saudável em sua infância também. De fato, muitas atrizes admitem ter sofrido abuso sexual, abuso físico, abuso verbal e negligência por parte dos pais. Algumas foram estupradas por parentes e molestadas por vizinhos. Quando éramos pequenas garotas queríamos brincar com bonecas e ser mãe delas, e não ter grandes e assustadores homens em cima de nós. Então nos ensinaram desde criança que o sexo nos fazia ter valor. As mesmas violações horríveis que experimentamos naquela época, passamos a reviver enquanto fazemos nossos truques diante das câmeras. E nós odiávamos cada minuto daquilo. Somos apenas pequenas meninas traumatizadas vivendo à base de anti-depressivos, drogas e álcool, e teatralizando nossa dor na frente de VOCÊ, que continua abusando de nós.
Enquanto continuamos nos traumatizando ao fazer mais e mais filmes “adultos”, usamos mais e mais álcool e drogas. Vivemos constantemente com medo de pegar Aids e DST’s. Toda vez que receamos estar com o vírus e entramos em pânico, corremos para a clínica mais próxima para um “checkup” de emergência. Os produtores de filmes pornôs insistem em oferecer aos espectadores o sexo fantasioso que eles demandam, sacrificando ao mesmo tempo aqueles mesmos que fazem tudo acontecer. Herpes, gonorréia, sífilis, clamídia, e outras doenças fazem parte das angústias com que lidamos diariamente. Fazemos testes todo mês, mas sabemos que teste não é prevenção. Além da preocupação em pegar uma doença, há outras atividades prejudiciais que fazemos e que também são muito perigosas. Algumas de nós tiveram danos físicos em partes internas do corpo.
Quando as atrizes pornográficas terminam o dia e vão para casa, tentam estabelecer relações saudáveis, mas alguns de nossos namorados ficam com ciúmes e abusam fisicamente de nós. Portanto, ao invés de relacionamento com outra pessoas, casamos com os diretores dos filmes, enquanto outras de nós preferem relacionamentos lésbicos. Realmente um momento marcante é quando nossa filha acidentalmente sai para fora e vê mamãe beijando uma outra mulher.
Em nossos dias de folga caminhamos por aí feito zumbis, com uma cerveja em uma mão e um copo de uísque na outra. Não conseguimos fazer a limpeza, por isso vivemos no meio da porcaria a maior parte do tempo ou contratamos uma doce senhora estrangeira para vir e limpar a bagunça. Atrizes pornôs também não são boas cozinheiras. Pedir comida fora é normal para nós, e a maioria das vezes vomitamos depois de comer, porque somos bulímicas.
Para aquelas atrizes pornôs que têm filhos, nós somos as PIORES mães. Reclamamos, gritamos e batemos nas crianças sem razão. A maior parte do tempo estamos intoxicadas ou “altas”, e nossas crianças de 4 anos de idade é que nos ajudam a levantar do chão. Quando chegam clientes para o sexo, trancamos as crianças nos quartos, e dizemos para ficarem quietas. Eu costumava dar para minha filha um “beep”, falando para ela esperar no parque até que tivesse terminado.
A verdade é que NÃO HÁ fantasia na pornografia. É tudo uma mentira. Um olhar mais cuidadoso nas cenas da vida de uma estrela pornô mostrará a você um filme que você não quer ver. A verdadeira realidade é que nós, atrizes pornôs, gostaríamos de dar um ponto final na vergonha e no trauma das nossas vidas, mas não podemos fazer isso sozinhas. Precisamos que vocês, homens, lutem pela nossa liberdade e nos devolvam a honra. Precisamos que vocês nos segurem em seus braços fortes enquanto choramos amargamente nossas lágrimas sobre nossas profundas feridas, e comecemos a nos curar. Queremos que vocês joguem fora nossos filmes e ajudem a juntar novamente os fragmentos dispersos de nossas vidas. Precisamos que vocês rezem por nós pelos próximos quinze anos, para que Deus escute e repare nossas vidas arruinadas. Portanto, não acredite mais em mentiras. Pornografia nada mais é do que sexo “fake”, de faz de conta, na tela do vídeo. Acredite em mim, eu sei o que estou falando.
Shelley Lubben – ex-atriz pornográfica
“Dedicado a todas as atrizes pornográficas que pegaram Aids, morreram de overdose de drogas e cometeram suicídio.”
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Traduzido e adaptado de:
http://www.healingforthesoul.org/Articles/TheTruth.pdf
“Este blog não tem fins lucrativos. Veja o artigo original em inglês no link. "
“Translation for non commercial purposes. See the original text in English.”
"Quando se decidir firmemente a viver uma vida pura, a castidade não será um peso para você. Será uma coroa de triunfo”. São Josemaria Escrivá
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
É só um pouco de pornografia, não sou viciado. Qual o problema?
Por Mike Genung
Há um tempo atrás eu liguei para um velho amigo para dizer um oi, e a conversa acabou chegando no meu envolvimento na ajuda aos que sofrem por causa da sexualidade. Depois que falei dos 20 anos que lutei contra o vício em sexo, meu amigo disse: “bem, eu não sou viciado, só vejo pornografia de vez em quando!”.
Hoje em dia há muitos que se dizem “usuários casuais de pornografia”. Eles se permitem ver pornografia ocasionalmente, talvez só algumas vezes no ano, de modo que acham que isso não tem problema. Afinal de contas, são apenas figuras, fotos, e ninguém mais vai ver; como alguém pode se machucar com isso?
Em Mateus 5, 27 Jesus disse:
“Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’, mas eu porém vos digo que quem olha para uma mulher com luxúria em si já cometeu adultério com ela em seu coração”.
Dessas palavras fortes de Jesus sabemos que olhar com desejo desordenado para uma mulher é cometer adultério emocional e espiritual. Ter sexo “consigo mesmo” enquanto olha para figuras de mulheres sem roupa é levar esse pecado de adultério um nível além; é adicionar experiência sexual à luxúria, colocando mais combustível no fogo.
O que diria sua esposa se você se aproximasse dela e dissesse: “amor, esse ano eu vou cometer adultério apenas três vezes, uma vez neste mês, outra em julho e outra em dezembro, mas eu não vou tocar em ninguém, vou apenas me masturbar olhando para figuras de mulheres sem roupa, mas vai ser apenas eu e as figuras, eu não vou ter realmente sexo com ninguém, ok?”.
Obviamente sua esposa ficaria triste e profundamente ferida. Por que? Porque ela sabe que o verdadeiro amor vem do coração, e você está pegando seu amor, que você tinha prometido ser só para ela, e direcionando-o a outra pessoa.
Eu sei de uma esposa que viu seu marido se masturbando enquanto via pornografia. Feriu muito seu coração ver seu marido ali tendo sexo “consigo mesmo”, com revistas pornográficas espalhadas no chão na frente dele. O trauma pelo qual passou esse casal não foi muito diferente do que eles teriam experimentado se ele tivesse sido pego com outra mulher.
Outra mulher de um homem que lutava contra o vício em sexo escreveu:
“Meu marido e eu estamos casados faz pouco mais de um ano. Ele tinha um problema com pornografia, e está 'limpo' agora há mais de dois anos. Até hoje eu luto contra essa dor, e não sei como me recuperar. Peço a Deus para tirar minha dor, para que possamos ter momentos íntimos sem que eu fique me lembrando do que ele fez. Eu o perdoei, mas isso dói muito em mim. Eu nunca serei aquela figura, aquela foto, e como eu posso saber que ele não espera que eu seja ela? Eu devo ser amada, e como posso satisfazer um marido que pode ser satisfeito com uma figura de uma mulher fantasiosa que eu nunca vou ser, uma figura de alguém que nunca vai ser sua esposa? Os homens deviam saber que, se eles têm uma esposa ou planejam se casar um dia, isso realmente a machuca. Meu marido sofreu comigo essa dor que tenho. Acredite ou não, ela afeta nossa vida sexual, e não consigo evitar que isso venha na minha mente... toda vez."
Uma das grades mentiras que o demônio diz é que “um pouco de luxúria não vai machucar; vá em frente, é só você e as figuras, ninguém vai saber”. A verdade é que “um pouco de pornografia” está ajudando a acabar com muitos casamentos. Um encontro de 2003 da Academia Americana de Advogados que lidam com divórcio mostrou que dois terços dos 350 advogados presentes disseram que a pornografia por Internet tinha contribuído para mais da metade dos casos de divórcio que eles tinham lidado.
Meu amigo, talvez você não seja viciado em pornografia, mas se você vê pornogafia de vez em quando, está cometendo adultério e ferindo sua esposa. Você também está prejudicando sua alma e deformando seu caráter. “Uso casual de pornografia” não difere muito do vício em pornografia, e pode até ser pior. Aqueles que lutam contra o vício em pornografia geralmente atingem o “fundo do poço” rapidamente, o que os força a buscar ajuda logo. Tenho visto usuários casuais de pornografia que levam seu pecado até a idade madura. Não precisa ser assim...
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©Copyright 2005 Mike Genung
Traduzido de:
http://www.blazinggrace.org/cms/bg/casualpornuse
“Esta tradução não tem fins comerciais – Translation for non-commercial use”
Há um tempo atrás eu liguei para um velho amigo para dizer um oi, e a conversa acabou chegando no meu envolvimento na ajuda aos que sofrem por causa da sexualidade. Depois que falei dos 20 anos que lutei contra o vício em sexo, meu amigo disse: “bem, eu não sou viciado, só vejo pornografia de vez em quando!”.
Hoje em dia há muitos que se dizem “usuários casuais de pornografia”. Eles se permitem ver pornografia ocasionalmente, talvez só algumas vezes no ano, de modo que acham que isso não tem problema. Afinal de contas, são apenas figuras, fotos, e ninguém mais vai ver; como alguém pode se machucar com isso?
Em Mateus 5, 27 Jesus disse:
“Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’, mas eu porém vos digo que quem olha para uma mulher com luxúria em si já cometeu adultério com ela em seu coração”.
Dessas palavras fortes de Jesus sabemos que olhar com desejo desordenado para uma mulher é cometer adultério emocional e espiritual. Ter sexo “consigo mesmo” enquanto olha para figuras de mulheres sem roupa é levar esse pecado de adultério um nível além; é adicionar experiência sexual à luxúria, colocando mais combustível no fogo.
O que diria sua esposa se você se aproximasse dela e dissesse: “amor, esse ano eu vou cometer adultério apenas três vezes, uma vez neste mês, outra em julho e outra em dezembro, mas eu não vou tocar em ninguém, vou apenas me masturbar olhando para figuras de mulheres sem roupa, mas vai ser apenas eu e as figuras, eu não vou ter realmente sexo com ninguém, ok?”.
Obviamente sua esposa ficaria triste e profundamente ferida. Por que? Porque ela sabe que o verdadeiro amor vem do coração, e você está pegando seu amor, que você tinha prometido ser só para ela, e direcionando-o a outra pessoa.
Eu sei de uma esposa que viu seu marido se masturbando enquanto via pornografia. Feriu muito seu coração ver seu marido ali tendo sexo “consigo mesmo”, com revistas pornográficas espalhadas no chão na frente dele. O trauma pelo qual passou esse casal não foi muito diferente do que eles teriam experimentado se ele tivesse sido pego com outra mulher.
Outra mulher de um homem que lutava contra o vício em sexo escreveu:
“Meu marido e eu estamos casados faz pouco mais de um ano. Ele tinha um problema com pornografia, e está 'limpo' agora há mais de dois anos. Até hoje eu luto contra essa dor, e não sei como me recuperar. Peço a Deus para tirar minha dor, para que possamos ter momentos íntimos sem que eu fique me lembrando do que ele fez. Eu o perdoei, mas isso dói muito em mim. Eu nunca serei aquela figura, aquela foto, e como eu posso saber que ele não espera que eu seja ela? Eu devo ser amada, e como posso satisfazer um marido que pode ser satisfeito com uma figura de uma mulher fantasiosa que eu nunca vou ser, uma figura de alguém que nunca vai ser sua esposa? Os homens deviam saber que, se eles têm uma esposa ou planejam se casar um dia, isso realmente a machuca. Meu marido sofreu comigo essa dor que tenho. Acredite ou não, ela afeta nossa vida sexual, e não consigo evitar que isso venha na minha mente... toda vez."
Uma das grades mentiras que o demônio diz é que “um pouco de luxúria não vai machucar; vá em frente, é só você e as figuras, ninguém vai saber”. A verdade é que “um pouco de pornografia” está ajudando a acabar com muitos casamentos. Um encontro de 2003 da Academia Americana de Advogados que lidam com divórcio mostrou que dois terços dos 350 advogados presentes disseram que a pornografia por Internet tinha contribuído para mais da metade dos casos de divórcio que eles tinham lidado.
Meu amigo, talvez você não seja viciado em pornografia, mas se você vê pornogafia de vez em quando, está cometendo adultério e ferindo sua esposa. Você também está prejudicando sua alma e deformando seu caráter. “Uso casual de pornografia” não difere muito do vício em pornografia, e pode até ser pior. Aqueles que lutam contra o vício em pornografia geralmente atingem o “fundo do poço” rapidamente, o que os força a buscar ajuda logo. Tenho visto usuários casuais de pornografia que levam seu pecado até a idade madura. Não precisa ser assim...
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©Copyright 2005 Mike Genung
Traduzido de:
http://www.blazinggrace.org/cms/bg/casualpornuse
“Esta tradução não tem fins comerciais – Translation for non-commercial use”
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Consciência moral hoje
Por Michael D. O’Brien
Embora o homem moderno negue a autoridade da consciência moral, ele não pode escapar dela. Ele é criado à imagem e semelhança de Deus, e no fundo da lei natural de seu ser a verdade continua a dialogar com ele, mesmo que ele veementemente negue a existência de Deus (no caso dos ateus) ou minimize a autoridade divina (no caso das pessoas religiosas só “de nome”, ou seja, os ateus práticos). A fim de conviver com a fragmentação interna, a qual é efeito inevitável de uma consciência violada, ele é levado a amenizar sua dor através de três maneiras distintas:
a) Ele trava uma guerra aberta contra a consciência e todas as suas restrições morais, e persegue uma agressiva quantidade de recompensas sensuais com radical obstinação – geralmente um mergulho em vários tipos de vícios e uma vida de promiscuidade sexual;
b) De modo mais passivo, ele simplesmente ignora a voz interior da consciência e se distrai dela através de prazeres sensuais e emocionais – geralmente a busca por amor sem responsabilidade e uma busca incessante por sucesso mundano (profissional, financeiro, fama etc.)
c) Ele tenta racionalizar uma forma de consciência auto-gerada, feita por ele mesmo, baseada em valores como “tolerância”, e “não-dogmatismo”. Geralmente isso produz um novo tipo perverso de moralismo, uma “presunção de estar certo”, uma “auto-verdade”, que é, paradoxalmente, bastante intolerante à verdade genuína. O seu anti-dogmatismo torna-se seu novo dogma. Aqui não há rejeição absoluta da moralidade, mas apenas uma reinvenção dela de acordo com sentimentos subjetivos.
Nenhum dos mecanismos de defesa (ou mecanismos de fuga) precisa ser consciente. De fato, eles tendem a ser, na sua maioria, processos subconscientes através dos quais uma pessoa pensa estar encontrando sua identidade pessoal, pensa estar vivendo a liberdade como princípio, descobrindo seu caminho na vida, e conseguindo daí um quinhão de felicidade. Embora a pessoa seja afligida de tempos em tempos por um sentimento de vazio interior, ela presume que o remédio para esses momentos difíceis será encontrado aumentando a dose da mesma droga que a está matando.
Só para citar um exemplo, ao que parece a série "Crepúsculo" segue esse terceiro mecanismo de fuga mencionado acima em c, e assim consegue atingir a maior parte da audiência.
____________________________
Traduzido e adaptado de:
http://www.studiobrien.com/writings_on_fantasy/twilight.html
Embora o homem moderno negue a autoridade da consciência moral, ele não pode escapar dela. Ele é criado à imagem e semelhança de Deus, e no fundo da lei natural de seu ser a verdade continua a dialogar com ele, mesmo que ele veementemente negue a existência de Deus (no caso dos ateus) ou minimize a autoridade divina (no caso das pessoas religiosas só “de nome”, ou seja, os ateus práticos). A fim de conviver com a fragmentação interna, a qual é efeito inevitável de uma consciência violada, ele é levado a amenizar sua dor através de três maneiras distintas:
a) Ele trava uma guerra aberta contra a consciência e todas as suas restrições morais, e persegue uma agressiva quantidade de recompensas sensuais com radical obstinação – geralmente um mergulho em vários tipos de vícios e uma vida de promiscuidade sexual;
b) De modo mais passivo, ele simplesmente ignora a voz interior da consciência e se distrai dela através de prazeres sensuais e emocionais – geralmente a busca por amor sem responsabilidade e uma busca incessante por sucesso mundano (profissional, financeiro, fama etc.)
c) Ele tenta racionalizar uma forma de consciência auto-gerada, feita por ele mesmo, baseada em valores como “tolerância”, e “não-dogmatismo”. Geralmente isso produz um novo tipo perverso de moralismo, uma “presunção de estar certo”, uma “auto-verdade”, que é, paradoxalmente, bastante intolerante à verdade genuína. O seu anti-dogmatismo torna-se seu novo dogma. Aqui não há rejeição absoluta da moralidade, mas apenas uma reinvenção dela de acordo com sentimentos subjetivos.
Nenhum dos mecanismos de defesa (ou mecanismos de fuga) precisa ser consciente. De fato, eles tendem a ser, na sua maioria, processos subconscientes através dos quais uma pessoa pensa estar encontrando sua identidade pessoal, pensa estar vivendo a liberdade como princípio, descobrindo seu caminho na vida, e conseguindo daí um quinhão de felicidade. Embora a pessoa seja afligida de tempos em tempos por um sentimento de vazio interior, ela presume que o remédio para esses momentos difíceis será encontrado aumentando a dose da mesma droga que a está matando.
Só para citar um exemplo, ao que parece a série "Crepúsculo" segue esse terceiro mecanismo de fuga mencionado acima em c, e assim consegue atingir a maior parte da audiência.
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Traduzido e adaptado de:
http://www.studiobrien.com/writings_on_fantasy/twilight.html
domingo, 20 de dezembro de 2009
E se eu disser não para meu futuro esposo, sem saber que ele é a pessoa certa para mim?
Por Jason Evert
Eu não me preocuparia muito sobre isso de “perder” o futuro esposo. Deus está no controle. Pegue sua Bíblia, e leia o capítulo 12 de Lucas. Veja que não temos porque ficar preocupados com as coisas grandes da vida se não temos controle sequer sobre as menores coisas. Fique perto de Deus e mantenha seus olhos nEle, e Ele não vai deixar você perder a pessoa que Ele tem em mente para você.
Pessoalmente, eu penso que temos mais chance de “perder a pessoa certa” quando estamos constantemente tentando encontrar essa pessoa. Isso acontece porque ficamos prestando atenção no que nós queremos, mais do que no que Deus quer. Mas se nós paramos e escutamos Sua voz, a Sua vontade pode acontecer de forma mais perfeita em nossas vidas. Coloque, confiante, seu futuro (e seu passado) nas mãos de Deus, e saiba que Ele sempre prepara o melhor para aqueles que deixam a escolha em Suas mãos.
_______________________________
Traduzido de: http://www.chastity.com/node/257
“O propósito desta tradução é incentivar a leitura do referido site, não há nenhum interesse comercial. --- The purpose of this translation is not commercial. We don’t aim to create a Portuguese version of Jason’s website, but to stimulate people to go there and read it in English.”
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
O que você está ensinando para meu filho?
Este comentário contém material que pode não ser adequado para crianças
A Dra. Miriam Grossman estava fazendo uma palestra em um colégio da Filadélfia sobre saúde sexual. Os estudantes a haviam convidado para falar sobre algo que nunca encontraram em nenhuma aula de educação sexual – os perigos do sexo fora do casamento.
A Dra. Grossman nunca vai esquecer a garota que lhe falou que tudo que ouviu na palestra sobre doenças sexualmente transmissíveis estava certo. “Eu sempre usei preservativos, mas contraí HPV, e um tipo de alto risco”, disse a garota. Se a infecção não tivesse melhorado, ela teria 40% de chance de contrair câncer cervical.
Em seu novo livro, “Você está ensinando o quê para meu filho?”, Grossman diz que sente “uma onde de sofrimento” nas palavras das garotas – mas ela não estava surpresa. A garota era mais uma vítima de uma filosofia destrutiva que está sendo implantada sob o nome “educação sexual”.
O “lobby” da educação sexual sempre alegou que buscava apenas proteger a saúde – ensinar os adolescentes a continuarem saudáveis. Mas, na realidade, o objetivo não é prevenir doenças, gravidez ou prejuízos emocionais. É incutir neles uma ideologia radical – o liberalismo sexual. Os adolescentes são incentivados a consultar sites que convidam a “explorar” sua sexualidade desde a idade mais tenra, insistindo que o sexo em qualquer idade é uma coisa correta, e encorajando-os a se engajar em atividades bizarras e perigosas.
Não se permite nem que os achados científicos interfiram com essas lições radicais. Se novas pesquisas provam os perigos dos comportamentos que eles advogam, os assim chamados “sexperts” simplesmente ignoram tudo.
Por exemplo, os “educadores sexuais” ensinam os adolescentes a fazer sexo oral para evitar a gravidez. Mas dois anos atrás, especialistas em câncer descobriram que a incidência de câncer na boca estava crescendo entre jovens, que anteriormente não corriam risco, a não ser os que fumavam ou bebiam. Se o adolescente interage com cinco ou mais parceiros, o risco aumenta 250%. E ainda assim os “educadores sexuais”, segundo Grossman, continuam apresentando essa atividade como segura e normal.
Qual o resultado dessas “lições”? Uma em cada quatro garotas nos Estados Unidos hoje tem uma doença sexualmente transmissível (DST). O que dizem os “educadores sexuais” sobre isso? Eles desdenham, dizendo aos adolescentes que “a maioria” das pessoas contrai alguma DST durante a vida – como se tal coisa fosse normal e inevitável.
Isso deveria nos deixar muito zangados. Os “educadores sexuais compreensivos” têm feito um enorme mal aos nossos adolescentes. Eles teimam em ensinar aos adolescentes que a vida é algo de “transe-com-quem-quiser” sem consequências, bastando usar “proteção”.
Os jovens precisam saber a verdade sobre DST’s – elas não são mais normais que a gripoe suína, por mais comuns que estejam se tornando.
Mais uma vez, a ciência está comprovando a verdade da visão de mundo judaico-cristã. Ou seja, o sexo deve ocorrer exclusivamente no contexto do matrimônio. Qualquer pessoa que fale o contrário está sacrificando a verdade, a ciência, e a saúde de nossos jovens.
____________________________________
Traduzido e adaptado do Blog “The New Sexual Revolution”: http://thenewsexualrevolution.blogspot.com/2009/11/youre-teaching-my-kid-what-exposing-sex.html
A Dra. Miriam Grossman estava fazendo uma palestra em um colégio da Filadélfia sobre saúde sexual. Os estudantes a haviam convidado para falar sobre algo que nunca encontraram em nenhuma aula de educação sexual – os perigos do sexo fora do casamento.
A Dra. Grossman nunca vai esquecer a garota que lhe falou que tudo que ouviu na palestra sobre doenças sexualmente transmissíveis estava certo. “Eu sempre usei preservativos, mas contraí HPV, e um tipo de alto risco”, disse a garota. Se a infecção não tivesse melhorado, ela teria 40% de chance de contrair câncer cervical.
Em seu novo livro, “Você está ensinando o quê para meu filho?”, Grossman diz que sente “uma onde de sofrimento” nas palavras das garotas – mas ela não estava surpresa. A garota era mais uma vítima de uma filosofia destrutiva que está sendo implantada sob o nome “educação sexual”.
O “lobby” da educação sexual sempre alegou que buscava apenas proteger a saúde – ensinar os adolescentes a continuarem saudáveis. Mas, na realidade, o objetivo não é prevenir doenças, gravidez ou prejuízos emocionais. É incutir neles uma ideologia radical – o liberalismo sexual. Os adolescentes são incentivados a consultar sites que convidam a “explorar” sua sexualidade desde a idade mais tenra, insistindo que o sexo em qualquer idade é uma coisa correta, e encorajando-os a se engajar em atividades bizarras e perigosas.
Não se permite nem que os achados científicos interfiram com essas lições radicais. Se novas pesquisas provam os perigos dos comportamentos que eles advogam, os assim chamados “sexperts” simplesmente ignoram tudo.
Por exemplo, os “educadores sexuais” ensinam os adolescentes a fazer sexo oral para evitar a gravidez. Mas dois anos atrás, especialistas em câncer descobriram que a incidência de câncer na boca estava crescendo entre jovens, que anteriormente não corriam risco, a não ser os que fumavam ou bebiam. Se o adolescente interage com cinco ou mais parceiros, o risco aumenta 250%. E ainda assim os “educadores sexuais”, segundo Grossman, continuam apresentando essa atividade como segura e normal.
Qual o resultado dessas “lições”? Uma em cada quatro garotas nos Estados Unidos hoje tem uma doença sexualmente transmissível (DST). O que dizem os “educadores sexuais” sobre isso? Eles desdenham, dizendo aos adolescentes que “a maioria” das pessoas contrai alguma DST durante a vida – como se tal coisa fosse normal e inevitável.
Isso deveria nos deixar muito zangados. Os “educadores sexuais compreensivos” têm feito um enorme mal aos nossos adolescentes. Eles teimam em ensinar aos adolescentes que a vida é algo de “transe-com-quem-quiser” sem consequências, bastando usar “proteção”.
Os jovens precisam saber a verdade sobre DST’s – elas não são mais normais que a gripoe suína, por mais comuns que estejam se tornando.
Mais uma vez, a ciência está comprovando a verdade da visão de mundo judaico-cristã. Ou seja, o sexo deve ocorrer exclusivamente no contexto do matrimônio. Qualquer pessoa que fale o contrário está sacrificando a verdade, a ciência, e a saúde de nossos jovens.
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Traduzido e adaptado do Blog “The New Sexual Revolution”: http://thenewsexualrevolution.blogspot.com/2009/11/youre-teaching-my-kid-what-exposing-sex.html
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
A garota da Uniban
Por Daniel Pinheiro
No dia 29 de outubro de 2005 uma aluna da faculdade Uniban compareceu à sua aula com um vestido provocante. O fato é que uma grande quantidade de alunos foi flagrada dirigindo-se à ela como “prostituta”, entre outras coisas.
Muito se escreveu sobre o caso, por muita gente. Tanto o vídeo do fato (feito na hora com a câmera de aparelhos de telefone celular) quanto toda a repercussão da mídia e os artigos escritos a respeito podem ser encontrados na Internet.
Muito provavelmente o que ocasionou tudo isso foi a tentativa de fazer uma brincadeira (de mau gosto). Quando aqueles alunos gritavam “prostituta” não estavam censurando a aluna por usar mini-saia. Quem poderia imaginar que centenas de alunos, criados e educados em uma sociedade extremamente sexualizada como a nossa – que valoriza e vê tudo que é sensual com a maior naturalidade – poderiam de repente virar moralistas tão pertinazes? Parece que muita gente seria capaz de crer numa história de fada como essas, a julgar por muitos comentários em blogs, no You Tube e pelo que ouvi eu mesmo de pessoas próximas:
“Isso só tem uma explicação: Eles são um bando de gays, de frouxos...” (referindo-se aos alunos da Uniban).
É óbvio que eles não viraram moralistas ou homossexuais de uma hora para outra. O que houve foi uma brincadeira que foi crescendo e tomou proporções mais sérias. É interessante perceber como apupos voltados para a sensualidade da aluna sejam confundidos com agressões. Uma outra aluna da Uniban falou para um grande portal de notícias:
“Foi só zoeira...”
Ouvi ainda uma pessoa conhecida minha dizer:
“Mesmo se ela estivesse nua, era para os homens respeitarem”.
Essa frase está certa. João Paulo II, na Teologia do Corpo, tenta vislumbrar um pouco a nossa experiência original. No paraíso, antes da queda do pecado original, Adão e Eva estavam nus, e não havia a vergonha da nudez. “O homem e sua mulher estavam nus, mas não se envergonhavam.” (Gênesis 2, 25). A vergonha não existia, pois não havia pecado. O olhar de Adão para Eva (e vice-versa) era um olhar apenas de amor. Não havia a malícia (desejo desordenado, querer apenas usar o outro). É difícil para nós imaginar como seria isso, porque na nossa experiência não estamos nunca 100% livres da malícia. Mas antes do pecado original isso era possível.
Imagine Adão e Eva olhando para o corpo nu um do outro, e isso trazer aos seus corações apenas o amor e a “imagem e semelhança de Deus”, segundo a qual foram criados. O corpo humano foi criado originalmente por Deus para ser “Imago Dei”, imagem de Deus. Nesse sentido, ele é “sacramento”, no sentido mais amplo da palavra, que significa “sinal visível da presença de Deus”.
Porém, nas circunstâncias da Uniban, e em qualquer circunstância atual, a exigência de pureza por parte do olhar masculino não exime a mulher do recato e da modéstia que ela deve ter para com o próprio corpo, e isso em beneficio dela própria. De fato, depois que a malícia passou a fazer parte do olhar humano, depois da queda do paraíso e da entrada do pecado original no mundo, a vergonha que nos faz cobrir nossos corpos tem dois sentidos. Primeiro, é um atestado do lado negativo de nossa vergonha (literalmente: “é uma vergonha mesmo”). A necessidade de cobrir nosso corpo atesta que não temos mais o olhar puro. Cobrimo-nos porque temos medo do olhar do outro: já temos certeza que não será um olhar de puro amor, mas conterá malícia e desejo de “possuir” o corpo do outro como objeto. A pessoa deixa de ser sujeito para ser instrumento de prazer alheio.
Mas há um sentido positivo na entrada em cena da vergonha. Ela mostra que mantemos nossa integridade, o senso de que nosso corpo faz parte de quem somos, e que portanto não pode ser visto com malícia, nem servir de instrumento para uso do outro. Por isso nos vestimos. E devemos continuar nos vestindo com muito recato e modéstia no nosso mundo, enquanto vivermos no estado decaído, enquanto não chega a ressurreição e o reino definitivo de Deus. Vestindo-nos, estamos dizendo que ainda reconhecemos nossa dignidade: não fomos feitos para a malícia, mas para o amor do outro. Eis porque o casamento não é mero “passe” para permissão de todo tipo de luxúria e desejo desordenado. Pelo contrário, deve ser um retorno à condição original de amor total: amo tanto essa pessoa, e sou tão amado por ela, que confio que seu olhar será só de amor, e não de posse egoísta. Isso permite e torna santa tanto minha nudez frente ao cônjuge, quanto a conseqüente relação sexual que consuma a união sacramental do matrimônio.
Mas, voltando à garota da Uniban, veja como é curioso. Acharam que os alunos eram uma espécie de moralistas. Essas duas frases abaixo saíram da mesma pessoa, uma atrás da outra:
“Isso só tem uma explicação, eles são todos gays mesmo, ou estavam com inveja do corpo dela. Se ela estivesse completamente nua, mesmo assim ninguém podia ter feito o que fez”.
Veja só: Essa pessoa pede corretamente a pureza no olhar masculino, dizendo que ninguém podia ter feito aquilo (portanto todos estariam desejando ansiosamente vê-la quase nua). Mas, ao mesmo tempo, ironiza o suposto moralismo deles, dizendo que “são todos gays”, ou seja, não sentiriam o menor desejo por ela. Ou ainda hipócritas, no fundo desejando, mas no exterior condenado. Afinal de contas, eles estavam desejando-a ou não?
Essa aparente contradição é sintomática da mentalidade que já vi muitas vezes em muitos lugares. As pessoas querem ser desejadas, e para isso se vestem e se comportam de todo tipo de maneira. Ao mesmo tempo, querem ser olhadas com pureza, reclamam quando alguém “dá um assovio” etc. Para algumas pessoas, levar assovio de alguém ainda vai. Mas levar assovio de centenas de pessoas é inaceitável, pois evidencia demais, se torna ameaça.
Essa dicotomia não é sequer percebida por quase ninguém. Imagine uma garota em qualquer faculdade sendo desejada e “buscada” ao mesmo tempo por centenas de rapazes. Seria outro caso Uniban. Só isso. O que era cortejo vira agressão. Mas o que é preciso perceber é que qualquer olhar impuro a uma mulher já é uma agressão à sua dignidade. Isso só ficou óbvio no caso da Uniban pelas proporções numéricas, mas continua sendo verdade em cada caso singular, pessoa a pessoa. Quando se veste de modo provocante, toda mulher está atraindo a si possíveis olhares impuros, que nada mais estarão fazendo do que agredir a própria dignidade dela mesma. É certo que homem nenhum deve olhar com impureza, mesmo sendo provocado a isso. “Ora, eu vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mateus 5, 28).
Por outro lado, é verdade que as mulheres é que saem perdendo em sua dignidade logo de cara ao se vestirem como a aluna da Uniban. Só que isso não é percebido por quase ninguém. Pelo contrário, o fato ocasionou um protesto na mesma faculdade. Alguns alunos ficaram completamente despidos, reclamando o direito de se vestirem (ou não) de qualquer forma. Uma verdadeira inversão das coisas, baseada numa interpretação errônea, supondo um moralismo por parte dos alunos, o que não existiu no caso. Corretamente compreendido, tudo isso devia evidenciar somente a necessidade e o nosso desejo mais profundo por recato e modéstia, e pela pureza do olhar...
No dia 29 de outubro de 2005 uma aluna da faculdade Uniban compareceu à sua aula com um vestido provocante. O fato é que uma grande quantidade de alunos foi flagrada dirigindo-se à ela como “prostituta”, entre outras coisas.
Muito se escreveu sobre o caso, por muita gente. Tanto o vídeo do fato (feito na hora com a câmera de aparelhos de telefone celular) quanto toda a repercussão da mídia e os artigos escritos a respeito podem ser encontrados na Internet.
Muito provavelmente o que ocasionou tudo isso foi a tentativa de fazer uma brincadeira (de mau gosto). Quando aqueles alunos gritavam “prostituta” não estavam censurando a aluna por usar mini-saia. Quem poderia imaginar que centenas de alunos, criados e educados em uma sociedade extremamente sexualizada como a nossa – que valoriza e vê tudo que é sensual com a maior naturalidade – poderiam de repente virar moralistas tão pertinazes? Parece que muita gente seria capaz de crer numa história de fada como essas, a julgar por muitos comentários em blogs, no You Tube e pelo que ouvi eu mesmo de pessoas próximas:
“Isso só tem uma explicação: Eles são um bando de gays, de frouxos...” (referindo-se aos alunos da Uniban).
É óbvio que eles não viraram moralistas ou homossexuais de uma hora para outra. O que houve foi uma brincadeira que foi crescendo e tomou proporções mais sérias. É interessante perceber como apupos voltados para a sensualidade da aluna sejam confundidos com agressões. Uma outra aluna da Uniban falou para um grande portal de notícias:
“Foi só zoeira...”
Ouvi ainda uma pessoa conhecida minha dizer:
“Mesmo se ela estivesse nua, era para os homens respeitarem”.
Essa frase está certa. João Paulo II, na Teologia do Corpo, tenta vislumbrar um pouco a nossa experiência original. No paraíso, antes da queda do pecado original, Adão e Eva estavam nus, e não havia a vergonha da nudez. “O homem e sua mulher estavam nus, mas não se envergonhavam.” (Gênesis 2, 25). A vergonha não existia, pois não havia pecado. O olhar de Adão para Eva (e vice-versa) era um olhar apenas de amor. Não havia a malícia (desejo desordenado, querer apenas usar o outro). É difícil para nós imaginar como seria isso, porque na nossa experiência não estamos nunca 100% livres da malícia. Mas antes do pecado original isso era possível.
Imagine Adão e Eva olhando para o corpo nu um do outro, e isso trazer aos seus corações apenas o amor e a “imagem e semelhança de Deus”, segundo a qual foram criados. O corpo humano foi criado originalmente por Deus para ser “Imago Dei”, imagem de Deus. Nesse sentido, ele é “sacramento”, no sentido mais amplo da palavra, que significa “sinal visível da presença de Deus”.
Porém, nas circunstâncias da Uniban, e em qualquer circunstância atual, a exigência de pureza por parte do olhar masculino não exime a mulher do recato e da modéstia que ela deve ter para com o próprio corpo, e isso em beneficio dela própria. De fato, depois que a malícia passou a fazer parte do olhar humano, depois da queda do paraíso e da entrada do pecado original no mundo, a vergonha que nos faz cobrir nossos corpos tem dois sentidos. Primeiro, é um atestado do lado negativo de nossa vergonha (literalmente: “é uma vergonha mesmo”). A necessidade de cobrir nosso corpo atesta que não temos mais o olhar puro. Cobrimo-nos porque temos medo do olhar do outro: já temos certeza que não será um olhar de puro amor, mas conterá malícia e desejo de “possuir” o corpo do outro como objeto. A pessoa deixa de ser sujeito para ser instrumento de prazer alheio.
Mas há um sentido positivo na entrada em cena da vergonha. Ela mostra que mantemos nossa integridade, o senso de que nosso corpo faz parte de quem somos, e que portanto não pode ser visto com malícia, nem servir de instrumento para uso do outro. Por isso nos vestimos. E devemos continuar nos vestindo com muito recato e modéstia no nosso mundo, enquanto vivermos no estado decaído, enquanto não chega a ressurreição e o reino definitivo de Deus. Vestindo-nos, estamos dizendo que ainda reconhecemos nossa dignidade: não fomos feitos para a malícia, mas para o amor do outro. Eis porque o casamento não é mero “passe” para permissão de todo tipo de luxúria e desejo desordenado. Pelo contrário, deve ser um retorno à condição original de amor total: amo tanto essa pessoa, e sou tão amado por ela, que confio que seu olhar será só de amor, e não de posse egoísta. Isso permite e torna santa tanto minha nudez frente ao cônjuge, quanto a conseqüente relação sexual que consuma a união sacramental do matrimônio.
Mas, voltando à garota da Uniban, veja como é curioso. Acharam que os alunos eram uma espécie de moralistas. Essas duas frases abaixo saíram da mesma pessoa, uma atrás da outra:
“Isso só tem uma explicação, eles são todos gays mesmo, ou estavam com inveja do corpo dela. Se ela estivesse completamente nua, mesmo assim ninguém podia ter feito o que fez”.
Veja só: Essa pessoa pede corretamente a pureza no olhar masculino, dizendo que ninguém podia ter feito aquilo (portanto todos estariam desejando ansiosamente vê-la quase nua). Mas, ao mesmo tempo, ironiza o suposto moralismo deles, dizendo que “são todos gays”, ou seja, não sentiriam o menor desejo por ela. Ou ainda hipócritas, no fundo desejando, mas no exterior condenado. Afinal de contas, eles estavam desejando-a ou não?
Essa aparente contradição é sintomática da mentalidade que já vi muitas vezes em muitos lugares. As pessoas querem ser desejadas, e para isso se vestem e se comportam de todo tipo de maneira. Ao mesmo tempo, querem ser olhadas com pureza, reclamam quando alguém “dá um assovio” etc. Para algumas pessoas, levar assovio de alguém ainda vai. Mas levar assovio de centenas de pessoas é inaceitável, pois evidencia demais, se torna ameaça.
Essa dicotomia não é sequer percebida por quase ninguém. Imagine uma garota em qualquer faculdade sendo desejada e “buscada” ao mesmo tempo por centenas de rapazes. Seria outro caso Uniban. Só isso. O que era cortejo vira agressão. Mas o que é preciso perceber é que qualquer olhar impuro a uma mulher já é uma agressão à sua dignidade. Isso só ficou óbvio no caso da Uniban pelas proporções numéricas, mas continua sendo verdade em cada caso singular, pessoa a pessoa. Quando se veste de modo provocante, toda mulher está atraindo a si possíveis olhares impuros, que nada mais estarão fazendo do que agredir a própria dignidade dela mesma. É certo que homem nenhum deve olhar com impureza, mesmo sendo provocado a isso. “Ora, eu vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mateus 5, 28).
Por outro lado, é verdade que as mulheres é que saem perdendo em sua dignidade logo de cara ao se vestirem como a aluna da Uniban. Só que isso não é percebido por quase ninguém. Pelo contrário, o fato ocasionou um protesto na mesma faculdade. Alguns alunos ficaram completamente despidos, reclamando o direito de se vestirem (ou não) de qualquer forma. Uma verdadeira inversão das coisas, baseada numa interpretação errônea, supondo um moralismo por parte dos alunos, o que não existiu no caso. Corretamente compreendido, tudo isso devia evidenciar somente a necessidade e o nosso desejo mais profundo por recato e modéstia, e pela pureza do olhar...
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Dançando na chuva
Por Dave Sloan
Recebi um e-mail outro dia de uma garota com quem estou paquerando. Nós só saímos juntos algumas vezes, mas eu a acho maravilhosa. De qualquer modo, um encontro nosso não foi tão bem assim, porque estávamos muito nervosos. Então ela mandou esse recado simpático que me deu esperanças de que poderemos ainda continuar nos conhecendo melhor.
Quando eu recebi esse e-mail fazia quase zero grau lá fora, e chovia, com uma pequena camada de gelo no chão. Estava tão feliz, que não pude me conter, não podia ficar em casa. Tinha que sair e celebrar. A pouco mais de 1 km de minha casa há uma capela que fica aberta todo tempo, então decidi caminhar até lá e compartilhar as boas notícias com Deus. Enquanto caminhava, levantei minha face para sentir a chuva batendo no meu rosto, junto com um pouco de neve. A beleza e o estupor disso foi tão forte que pensei que iria explodir. Ia fazendo pequenos passos de dança, rezando e louvando, e erguendo minhas mãos para o céu em júbilo por ter a luz de uma mulher tão maravilhosa iluminando minha vida.
Enquanto fazia meu passeio de celebração rumo à capela, o calor do meu corpo evaporava a água assim que ela caía, e eu me mantinha aquecido e seco. Era como mágica. Então comecei a pensar sobre toda essa maravilha que estava sentindo. Eu me perguntava se era certo encontrar tanta alegria e tanta esperança com base somente em um pouco de interesse e de consideração vindos de uma pessoa que eu mal conhecia. Por um momento me preocupei, pensei que isso fosse uma espécie de delírio. Talvez estivesse exagerando muito o significado do interesse dela por mim. Mas, e se ela estivesse realmente interessada, e a alegria que estava sentindo continuasse a crescer? Então, o que aconteceria se ela mudasse de idéia e parasse de me ver e de me mandar esses recados legais? Talvez eu estivesse construindo um grande desapontamento para mim que poderia me levar – quem sabe – a uma depressão, se eu não tomasse cuidado.
Mas, no fundo do meu coração, eu sabia que o que eu estava sentindo era bom. Eu sabia que vinha de Deus. Ele me fez capaz de me importar tanto e de ficar assim tão feliz por causa de uma outra de suas criaturas. Eu percebi que só precisava completar minha alegria levando-a a Ele.
Ao invés de negar o quanto essa mulher é realmente maravilhosa, eu simplesmente precisava reconhecer que Deus é Aquele que a fez assim tão maravilhosa. Ao invés de reprimir meu desejo de ver seu sorriso e de ouvir sua voz, eu simplesmente precisava completar esse desejo com o desejo por Aquele que a fez tão bela. Se eu permito que meu desejo pela criatura me leve para o céu e me ajude a desejar seu Criador, então saberei que nunca ficarei desapontado.
O Deus que fez a chuva fria da noite tão pura e que me mantém aquecido no meio dela, é o mesmo Deus que fez a mecha fina e preta dos seus cabelos que descem ao redor de sua face e gentilmente repousam bem perto do seu sorriso que me derrete. Deus quer que eu me regozije, me deleite, com sua criação, mas Ele não quer que eu pare aí. Ele quer que eu me regozije e deleite ainda mais no Criador de toda a criação; Ele quer “dançar” comigo com alegria aqui nesse mundo, e continuar “dançando” pela eternidade no paraíso.
Eu fui para a Capela, me ajoelhei, e pedi a Deus que aproveitasse esse tempo em minha vida, com essa vitalidade e otimismo renovados, para que me trouxesse uma poderosa conversão em meu coração. Eu pedi a Ele que me tornasse o tipo de homem que Ele deseja para minha nova amiga. Eu pedi que Ele me desse as virtudes, a força, a honra e o carinho que fariam o anjo da guarda dela dançar de alegria, caso ela se case comigo um dia. E eu pedi a Deus por essas coisas sem pedir a Ele que me desse ela.
Porque eu não sei se Deus quer que eu me case com ela. Eu acho que Deus quer que a conheça melhor, e comece sendo um irmão para ela. E eu sei que Deus quer me trazer um bem muito grande com esse meu desejo por ela. Eu sei que Ele quer me ensinar sobre Seu desejo por mim, e por ela, e por todos os seus filhos. E eu sei que Ele quer que eu dance na chuva fria da noite para louvá-lo, como eu fiz.
Portanto, estou encorajado. Não tenho medo de apostar nessa chance com meu coração. Não tenho medo de tentar amar essa mulher, de doar a ela algo de mim. Eu sei que o Deus que me fez desejar me doar assim irá me dar muito em troca. E eu sei que Ele vai me dar a graça de nunca usar essa mulher, mas apenas de dar a ela as coisas que Ele deseja para sua filha amada e preciosa.
Há tanto amor que permanece escondido por trás de um véu de mistério. A cada dia descubro mais o quanto permanece desconhecido e inalcançável. Mas isso eu faço agora; isso eu rezo, e continuarei rezando: “Deus do desejo, meu desejo é por Ti”.
______________________________
Traduzido e adaptado de "God of Desire":
http://godofdesire.squarespace.com/dancing-in-the-sleet-and-rain/
Recebi um e-mail outro dia de uma garota com quem estou paquerando. Nós só saímos juntos algumas vezes, mas eu a acho maravilhosa. De qualquer modo, um encontro nosso não foi tão bem assim, porque estávamos muito nervosos. Então ela mandou esse recado simpático que me deu esperanças de que poderemos ainda continuar nos conhecendo melhor.
Quando eu recebi esse e-mail fazia quase zero grau lá fora, e chovia, com uma pequena camada de gelo no chão. Estava tão feliz, que não pude me conter, não podia ficar em casa. Tinha que sair e celebrar. A pouco mais de 1 km de minha casa há uma capela que fica aberta todo tempo, então decidi caminhar até lá e compartilhar as boas notícias com Deus. Enquanto caminhava, levantei minha face para sentir a chuva batendo no meu rosto, junto com um pouco de neve. A beleza e o estupor disso foi tão forte que pensei que iria explodir. Ia fazendo pequenos passos de dança, rezando e louvando, e erguendo minhas mãos para o céu em júbilo por ter a luz de uma mulher tão maravilhosa iluminando minha vida.
Enquanto fazia meu passeio de celebração rumo à capela, o calor do meu corpo evaporava a água assim que ela caía, e eu me mantinha aquecido e seco. Era como mágica. Então comecei a pensar sobre toda essa maravilha que estava sentindo. Eu me perguntava se era certo encontrar tanta alegria e tanta esperança com base somente em um pouco de interesse e de consideração vindos de uma pessoa que eu mal conhecia. Por um momento me preocupei, pensei que isso fosse uma espécie de delírio. Talvez estivesse exagerando muito o significado do interesse dela por mim. Mas, e se ela estivesse realmente interessada, e a alegria que estava sentindo continuasse a crescer? Então, o que aconteceria se ela mudasse de idéia e parasse de me ver e de me mandar esses recados legais? Talvez eu estivesse construindo um grande desapontamento para mim que poderia me levar – quem sabe – a uma depressão, se eu não tomasse cuidado.
Mas, no fundo do meu coração, eu sabia que o que eu estava sentindo era bom. Eu sabia que vinha de Deus. Ele me fez capaz de me importar tanto e de ficar assim tão feliz por causa de uma outra de suas criaturas. Eu percebi que só precisava completar minha alegria levando-a a Ele.
Ao invés de negar o quanto essa mulher é realmente maravilhosa, eu simplesmente precisava reconhecer que Deus é Aquele que a fez assim tão maravilhosa. Ao invés de reprimir meu desejo de ver seu sorriso e de ouvir sua voz, eu simplesmente precisava completar esse desejo com o desejo por Aquele que a fez tão bela. Se eu permito que meu desejo pela criatura me leve para o céu e me ajude a desejar seu Criador, então saberei que nunca ficarei desapontado.
O Deus que fez a chuva fria da noite tão pura e que me mantém aquecido no meio dela, é o mesmo Deus que fez a mecha fina e preta dos seus cabelos que descem ao redor de sua face e gentilmente repousam bem perto do seu sorriso que me derrete. Deus quer que eu me regozije, me deleite, com sua criação, mas Ele não quer que eu pare aí. Ele quer que eu me regozije e deleite ainda mais no Criador de toda a criação; Ele quer “dançar” comigo com alegria aqui nesse mundo, e continuar “dançando” pela eternidade no paraíso.
Eu fui para a Capela, me ajoelhei, e pedi a Deus que aproveitasse esse tempo em minha vida, com essa vitalidade e otimismo renovados, para que me trouxesse uma poderosa conversão em meu coração. Eu pedi a Ele que me tornasse o tipo de homem que Ele deseja para minha nova amiga. Eu pedi que Ele me desse as virtudes, a força, a honra e o carinho que fariam o anjo da guarda dela dançar de alegria, caso ela se case comigo um dia. E eu pedi a Deus por essas coisas sem pedir a Ele que me desse ela.
Porque eu não sei se Deus quer que eu me case com ela. Eu acho que Deus quer que a conheça melhor, e comece sendo um irmão para ela. E eu sei que Deus quer me trazer um bem muito grande com esse meu desejo por ela. Eu sei que Ele quer me ensinar sobre Seu desejo por mim, e por ela, e por todos os seus filhos. E eu sei que Ele quer que eu dance na chuva fria da noite para louvá-lo, como eu fiz.
Portanto, estou encorajado. Não tenho medo de apostar nessa chance com meu coração. Não tenho medo de tentar amar essa mulher, de doar a ela algo de mim. Eu sei que o Deus que me fez desejar me doar assim irá me dar muito em troca. E eu sei que Ele vai me dar a graça de nunca usar essa mulher, mas apenas de dar a ela as coisas que Ele deseja para sua filha amada e preciosa.
Há tanto amor que permanece escondido por trás de um véu de mistério. A cada dia descubro mais o quanto permanece desconhecido e inalcançável. Mas isso eu faço agora; isso eu rezo, e continuarei rezando: “Deus do desejo, meu desejo é por Ti”.
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Traduzido e adaptado de "God of Desire":
http://godofdesire.squarespace.com/dancing-in-the-sleet-and-rain/
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