Por que a epidemia de disfunção sexual? Porque nós perdemos o sentido da vida sexual...
Por Mary Beth Bonacci
8 de fevereiro de 2007
Fico constantemente espantada com os tipos de anúncios que eu vejo na TV.
Na época que eu era criança, não se podia imaginar que um dia iria haver anúncios de medicamentos. Quem iria querer? As drogas não eram assim muito interessantes. ("Antibióticos. Eles vão fazer a sua infecção bacteriana ir embora em um instante.")
Nossa, como a televisão mudou.
Nos últimos anos, a propaganda de medicamentos tomou conta da televisão. Para ser mais exata, temos visto um grande número de anúncios de Viagra e outros produtos "para a performance masculina”.
O que há de errado nisso tudo?
Nós enquanto cultura parecemos acreditar que a atividade sexual desenfreada é apenas um divertimento bom e limpo. Mas quem imaginaria, há 30 anos, que hoje iríamos necessitar de tanta ajuda farmacológica para isso?
Sério. Quando esses anúncios apareceram pela primeira vez, todos nós pensávamos que o “público-alvo” era formado por homens mais velhos, que estavam avançando na idade e, portanto, precisavam de um pouco de ajuda, bem, "para ficar ligado". Naturalmente, a maioria dos anúncios destacava homens bonitos com cabelos grisalhos passeando na praia com mulheres de meia idade “bem-preservadas”.
Mas, aparentemente, hoje a propaganda não é só para os caras mais velhos.
De tudo o que eu estou lendo e ouvindo, parece que temos uma epidemia de impotência parcial e total entre os homens de todas as idades, bem como uma epidemia "correspondente" de diminuição do prazer sexual entre as mulheres.
Nada mais é "sujo". Lojas pornográficas, anteriormente encontradas somente em bairros decadentes, foram rebatizadas de "lojas de presentes para adultos" e abertas em todos os locais da cidade. Capas de revistas mostrando fotos provocantes, anteriormente escondidas debaixo das caixas das lojas, hoje são orgulhosamente exibidas em bancas, bares e mercearias.
Mas há ainda um pequeno segredo sujo em nossa sociedade. As pessoas podem estar realizando muito mais relações sexuais (ou pelo menos tentando). Mas elas estão gostando muito menos. E ninguém quer admitir isso.
Qual é o problema aqui?
Eu conheço há anos estudos sobre a satisfação sexual que consistentemente revelam os mesmos resultados. As pessoas mais satisfeitas sexualmente na América - as que aparentemente têm melhores e mais freqüentes relações sexuais - são pessoas casadas altamente religiosas, que esperaram para ter relação sexual só no casamento. Eu sempre vi esses estudos como prova de que a relação sexual é melhor quando é feita segundo a vontade de Deus. Ele fez a relação sexual para que ela falasse uma linguagem – a linguagem do amor que é doação de si mesmo. E assim é lógico que ela será mais prazerosa quando acontecer nesse contexto.
Há um elemento de grande vulnerabilidade na expressão sexual. O coração está dizendo "Eu me entrego a você para sempre." Hormônios como a ocitocina estão inundando o cérebro e trabalhando para criar uma forte ligação emocional entre essas duas pessoas. No contexto de um casamento de amor, esses parceiros sabem que essa ligação está acontecendo, e eles estão consentindo e se rendendo totalmente a essa ligação. Existe uma verdadeira segurança e liberdade em saber que essa pessoa está planejando ficar por perto – para sempre.
Mas a atividade sexual entre pessoas "não comprometidas" é diferente. Esse elemento de ligação não é bem-vindo. Tem que ser combatido. Não há liberdade para render-se, nem segurança, nem há garantia de que essa pessoa estará por perto próximo ano ou no próximo mês ou até amanhã.
Aparentemente, isso torna mais difícil desfrutar da atividade sexual.
Este fenômeno, infelizmente, não é específico dos relacionamentos. Não é que uma mulher pode ter relações sexuais insatisfatórias durante os anos de namoro, e depois acontecer facilmente uma transição para uma vida sexual feliz e plena no casamento. Ou que o comportamento promíscuo de um homem, induzido por questões de desempenho, de repente possa ser curado pelo amor da mulher certa. Há uma razão para que os americanos mais sexualmente satisfeitos tenham guardado a relação sexual para o casamento. Hábitos sexuais se formam facilmente. E a disfunção sexual provocada pela promiscuidade antes do casamento muito provavelmente irá acompanhar os jovens homens e mulheres em seus casamentos.
Os americanos parecem não entender isso. Continuamos a desenvolver novos medicamentos, novos suplementos. Nós devoramos livros e artigos de revistas destinadas a "apimentar a vida sexual." Abrimos mais e mais lojas pornô. Toda a gente está tentando trazer de volta o prazer da atividade sexual.
Eu não vejo como essas coisas poderão ajudar. A única maneira pela qual vamos recuperar o prazer sexual é recuperando o sentido da relação sexual. O ato conjugal e o seu sentido andam sempre juntos. O verdadeiro prazer vem quando nós respeitamos a linguagem do sexo, quando a falamos honestamente, no contexto à qual ela pertence.
Em outras palavras, a doença não está em nossas terminações nervosas. Está em nossas almas.
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Traduzido e adaptado de: http://www.reallove.net/articlesContent.asp?AID=51
"Quando se decidir firmemente a viver uma vida pura, a castidade não será um peso para você. Será uma coroa de triunfo”. São Josemaria Escrivá
domingo, 28 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Oração a Maria Santíssima Para Guardar a Santa Pureza
1. Coração Puríssimo de Maria, por vosso amor e com vosso auxílio, estou resolvido a não consentir, neste dia, em nenhum pensamento impuro. Ajudai-me, Senhora, a afastá-los logo. Ave Maria.
2. Coração Puríssimo de Maria por vosso amor e com vosso auxílio, estou resolvido a não proferir, neste dia, palavra alguma indecente. Purificai, Senhora, a minha língua. Ave Maria.
3. Coração Puríssimo de Maria por vosso amor e com vosso auxílio, estou resolvido a guardar, neste dia, especial modéstia em todas as minhas ações. Ó Senhora minha! Ó minha Mãe! Impetrai-me a graça de sempre e em tudo dar gosto ao vosso Puríssimo Coração. Ave Maria.
Meu Jesus,
Fazei-me puro. Puro nos olhos, pensamentos e nas ações.
Fazei-me humilde, que eu sempre desconfie de mim mesmo e não me exponha ao perigo do pecado.
Fazei-me penitente, dai-me amor ao sofrimento; tanto sofrestes por mim, que quero sofrer por vós.
Fazei-me generoso, para que eu nada vos recuse e toda a minha seja vossa.
Fazei-me zeloso pela Glória de Deus e pela Salvação das almas
Meu Jesus, fazei-me obediente aos meus pais e superiores.
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Do Livro de Orações da Adm. Apostólica S. J. Maria Vianney, de Campos-RJ
Hoje ainda se pode falar em pudor?
Por Dom Aloísio Roque Oppermann
Seg, 22 de Fevereiro de 2010 - CNBB
À primeira vista isso é assunto para se envergonhar. Parece ser tema que sobrou dos tempos de antanho. Nos dias atuais estaríamos acima de tal preconceito. Sentir pudor (vergonha) seria um ensinamento equivocado de nossas mães. Na intenção delas, cultivar esse sentimento seria para salvaguardar valores, imprimir autoestima pelo nosso corpo, e transmitir respeito diante de outras pessoas. Mas eu acho que isso não vem só de nossas mães.
O fato é que sentir vergonha é uma defesa que se encontra no meio de todos os povos. Tive ocasião, de no mês de outubro de 2009, estar na aldeia Surucucu, na Amazônia, onde vivem indígenas Yanomami, dos mais primitivos do planeta. Eles não usam roupas, mas tanto eles como elas, usam o assim chamado tapa-sexo. Nenhum cara pálida ensinou isso a eles. Está na tradição mais antiga daquele povo. Nem admitem tirar fotos (desejo de privacidade). Disso concluo que nossas queridas mães apenas reforçam essa educação. O recato e a decência, estão no nosso sangue. Não sentir pudor parece indicar que não apresentamos diante de outrem, a riqueza da nossa personalidade. Mas selecionamos uma oferta carnal, reducionista de nós mesmos, sem a grandeza do amor.
Considero esse sentimento um valor a ser preservado. É como honrar pai e mãe, princípio que não pode ser eliminado jamais. O Ministério da Educação querer oferecer, gratuitamente, camisinhas nas escolas, é o cúmulo da deseducação, pois ensina a vilipendiar o corpo e a menosprezar o amor. Já na segunda página da Bíblia lemos:”Tive medo, porque estou nu, e me escondi” (Gen 3, 10). Todos nós, por sentimento de pudor, não admitimos conversas íntimas com qualquer pessoa. Os segredos de nossa vida particular, não revelamos em público. Perguntas indiscretas não merecem resposta. Na nossa casa não deixamos entrar estranhos. Até a polícia precisa ter autorização para adentrar nossa residência. Queiram-me bem. O Carnaval no Brasil é um acontecimento fantástico, expressão da mais forte alegria. Mas não aprecio as insinuações de nudismo, e as exibições desinibidas. Garantidamente, onde não existe pudor, não há castidade. E esta é um alto valor da vida humana. O povo não diz diante de pessoas despudoradas: “não tem vergonha na cara”? A nova geração deve ser ajudada, para aprender que o recato é uma riqueza da vida.
_________________________
Extraído de: http://www.cnbb.org.br/site/artigos-dos-bispos/dom-aloisio-roque-oppermann/2115-hoje-ainda-se-pode-falar-em-pudor
Seg, 22 de Fevereiro de 2010 - CNBB
À primeira vista isso é assunto para se envergonhar. Parece ser tema que sobrou dos tempos de antanho. Nos dias atuais estaríamos acima de tal preconceito. Sentir pudor (vergonha) seria um ensinamento equivocado de nossas mães. Na intenção delas, cultivar esse sentimento seria para salvaguardar valores, imprimir autoestima pelo nosso corpo, e transmitir respeito diante de outras pessoas. Mas eu acho que isso não vem só de nossas mães.
O fato é que sentir vergonha é uma defesa que se encontra no meio de todos os povos. Tive ocasião, de no mês de outubro de 2009, estar na aldeia Surucucu, na Amazônia, onde vivem indígenas Yanomami, dos mais primitivos do planeta. Eles não usam roupas, mas tanto eles como elas, usam o assim chamado tapa-sexo. Nenhum cara pálida ensinou isso a eles. Está na tradição mais antiga daquele povo. Nem admitem tirar fotos (desejo de privacidade). Disso concluo que nossas queridas mães apenas reforçam essa educação. O recato e a decência, estão no nosso sangue. Não sentir pudor parece indicar que não apresentamos diante de outrem, a riqueza da nossa personalidade. Mas selecionamos uma oferta carnal, reducionista de nós mesmos, sem a grandeza do amor.
Considero esse sentimento um valor a ser preservado. É como honrar pai e mãe, princípio que não pode ser eliminado jamais. O Ministério da Educação querer oferecer, gratuitamente, camisinhas nas escolas, é o cúmulo da deseducação, pois ensina a vilipendiar o corpo e a menosprezar o amor. Já na segunda página da Bíblia lemos:”Tive medo, porque estou nu, e me escondi” (Gen 3, 10). Todos nós, por sentimento de pudor, não admitimos conversas íntimas com qualquer pessoa. Os segredos de nossa vida particular, não revelamos em público. Perguntas indiscretas não merecem resposta. Na nossa casa não deixamos entrar estranhos. Até a polícia precisa ter autorização para adentrar nossa residência. Queiram-me bem. O Carnaval no Brasil é um acontecimento fantástico, expressão da mais forte alegria. Mas não aprecio as insinuações de nudismo, e as exibições desinibidas. Garantidamente, onde não existe pudor, não há castidade. E esta é um alto valor da vida humana. O povo não diz diante de pessoas despudoradas: “não tem vergonha na cara”? A nova geração deve ser ajudada, para aprender que o recato é uma riqueza da vida.
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Extraído de: http://www.cnbb.org.br/site/artigos-dos-bispos/dom-aloisio-roque-oppermann/2115-hoje-ainda-se-pode-falar-em-pudor
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Falsos mitos sobre a modéstia
Por Wendy Shalit
Um primeiro passo para revitalizar o respeito à modéstia em nossa cultura é atacar os mitos que tentam miná-la. Deixe-me falar de quatro deles.
O primeiro mito é que a modéstia seria “vitoriana” (1). Mas onde fica nisso a história de Rebeca e Isaac? Quando Rebecca vê Isaac e se cobre, não é porque ela está tentando ser vitoriana. Sua modéstia foi a chave para o que iria depois uni-los e desenvolver entre eles uma profunda intimidade. O que essa história tem em comum com nossa experiência atual? Quando cobrimos o que é externo enviamos uma mensagem de que o mais importante são os nossos corações e mentes. Isso nos diferencia dos animais, e sempre diferenciou, muito antes da era vitoriana.
O segundo mito sobre a modéstia é que ela seria sinônimo de puritanismo. Esse foi o argumento usado no terrível filme “Pleasantville” (2), ou seja, a premissa de que ninguém na década de 1950 se divertia ou o sabia o que era o amor. Ele começa em preto e branco e se torna colorido apenas quando os jovens “iluminam” seus pais instruindo-os sobre sexo. Logo de início pode-se dizer que isso, obviamente, não faz sentido: se os pais não sabiam como fazer as coisas, então como é que aqueles garotos estavam ali? Mas o filme reflete um conceito (infelizmente) comum de que a paixão, o amor e a felicidade eram inexistentes antes da modéstia ser “superada” na década de 1960. Na verdade, a modéstia é quase o oposto do puritanismo. Paradoxalmente, as pessoas puritanas têm mais em comum com a promiscuidade. Os puritanos e os promíscuos compartilham uma disposição contra o permitir-se ser “tocado” pelos outros, ou se apaixonar pelos outros. A modéstia, por outro lado, convida e protege o surgimento do verdadeiro amor. Ela é erótica, e não neurótica.
Para ilustrar este ponto, eu gosto de comparar as fotografias tiradas em Coney Island (3) quase um século atrás, com fotografias de praias de nudismo na década de 1970. Em Coney Island, os banhistas estão completamente encobertos, mas os homens e as mulheres estão “roubando olhares” uns para os outros, e parecem estar se divertindo muito. Nas praias de nudismo, em contraste, homens e mulheres mal olham para os outros. Em vez disso, eles olham para o céu. Eles parecem estar completamente entediados. Isso é o que as pessoas que vieram depois dos anos 60 descobriram sobre essa triste seqüência de relações sexuais: sem restar nada para a imaginação, o sexo se torna chato, entediante.
O terceiro mito é que a modéstia não seria natural. Este mito tem uma longa história intelectual, que remonta pelo menos a David Hume, que argumentou que a sociedade inventou a modéstia para que os homens pudessem ter certeza de que as crianças eram deles mesmos. Como apontou Rousseau, esse argumento que a modéstia é uma construção social sugere que é possível se livrar da modéstia completamente. Hoje tentamos fazer exatamente isso, e é amplamente assumido que somos bem sucedidos. Mas somos mesmo?
Ao argumentar que Hume estava errado e que a modéstia está enraizada na natureza, um hormônio recém descoberto chamado ocitocina vem à mente. Este hormônio cria um resposta de vinculação quando a mãe está amamentando seu filho, mas também é liberado durante a atos íntimos. Aqui está a evidência física que as mulheres se tornam emocionalmente ligados a seus parceiros sexuais, mesmo que apenas pretendam um encontro mais casual. A modéstia protegia essa vulnerabilidade emocional natural, ela fazia as mulheres fortes. Mas nós realmente não precisamos recorrer à fisiologia para ver a naturalidade da modéstia. Podemos observar que em qualquer dia de vento, quando as mulheres vestindo saias seguram a saia ao redor das pernas a fim de evitar mostrar suas pernas, as mesmas pernas cujas saias “da moda” foram desenhadas para revelar. Apesar de tentarem seguir “as modas”, essas mulheres têm um instinto natural para a modéstia.
O quarto e último mito que quero abordar é que a modéstia seria uma preocupação apenas para as mulheres. Não estamos onde estamos hoje só porque o ideal feminino mudou. Apenas em parte isso é verdade. O ideal masculino seguiu o mesmo caminho. Já houve tempo em que era visto como viril e masculino ser fiel a uma mulher para a vida toda, e ser protetor para com todas as mulheres. Infelizmente, isso não é mais o caso, mesmo entre homens a quem muitas mulheres modestas poderiam olhar como almas gêmeas. As feministas modernas estão erradas em esperar que os homens sejam “cavalheiros” quando elas próprias não agem como “donzelas”, mas o que dizer dos homens que só querem ser “Don Juan” (4) e depois se lamentam que não há mais mulheres modestas por aí? Bem, eles são tão ruins quanto as feministas. E, claro, uma mulher pode estar vestida de forma modesta e ainda assim ser assediada na rua. Então, a verdade é que muito depende do respeito masculino para com a modéstia. É característico da sociedade moderna todo mundo querer que o(a) outro(a) seja bom(boa) para si, sem ter que mudar seu próprio comportamento, seja as feministas culpando os homens, os homens culpando as feministas, ou jovens culpando os seus “modelos” (5). Mas essa é uma postura infantil.
******
(1) A Era Vitoriana no Reino Unido foi o período do reinado da Rainha Vitória, em meados do Século XIX, a partir de Junho de 1837 a Janeiro de 1901. O termo “vitoriano” é usada para designar – muitas vezes de maneira pejorativa aos olhos da mentalidade “moderna” – uma maneira de vestir que procurava cobrir ao máximo o corpo, e uma cultura que reprimia como má qualquer mínima insinuação de ordem sexual. Em outras palavras, usa-se “vitoriano” quase como sinônimo de puritanismo, uma concepção de pensamento de fundo maniqueísta que considera tudo que se relaciona ao corpo e ao material como “pecado”. O puritanismo não se coaduna com a doutrina católica, que considera o corpo como dom de Deus. "E Deus viu tudo que tinha feito, e viu que era bom" (Gên 1, 31). A verdadeira modéstia cobre o corpo não por achar que ele seja ruim ou mau, mas por considerá-lo precioso e bom.
(2) No Brasil traduzido como “A vida em preto e branco”.
(3) Coney Island é uma península, anteriormente uma ilha, localizada no Distrito de Brooklyn, Nova Iorque, Estados Unidos. O lugar ficou conhecido como um importante ponto turístico no início do século 20.
(4) Don Juan é um lendário libertino fictício. O nome às vezes é figurativamente usado como um sinônimo para conquistador, sedutor, alguém que não se preocupa com fidelidade, quer apenas conquistar uma mulher após a outra.
(5) Aqui no sentido de uma pessoa que serve como um modelo para uma outra pessoa para imitar, em um papel comportamental ou social particular.
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Trecho traduzido do artigo “Modesty Revisited”, de Wendy Shalit, reproduzido com permissão no site “Catholic Education Resource Center, a partir do jornal mensal do “Hillsdale College”.
Veja o artigo original (em inglês): http://catholiceducation.org/articles/sexuality/se0053.html
Um primeiro passo para revitalizar o respeito à modéstia em nossa cultura é atacar os mitos que tentam miná-la. Deixe-me falar de quatro deles.
O primeiro mito é que a modéstia seria “vitoriana” (1). Mas onde fica nisso a história de Rebeca e Isaac? Quando Rebecca vê Isaac e se cobre, não é porque ela está tentando ser vitoriana. Sua modéstia foi a chave para o que iria depois uni-los e desenvolver entre eles uma profunda intimidade. O que essa história tem em comum com nossa experiência atual? Quando cobrimos o que é externo enviamos uma mensagem de que o mais importante são os nossos corações e mentes. Isso nos diferencia dos animais, e sempre diferenciou, muito antes da era vitoriana.
O segundo mito sobre a modéstia é que ela seria sinônimo de puritanismo. Esse foi o argumento usado no terrível filme “Pleasantville” (2), ou seja, a premissa de que ninguém na década de 1950 se divertia ou o sabia o que era o amor. Ele começa em preto e branco e se torna colorido apenas quando os jovens “iluminam” seus pais instruindo-os sobre sexo. Logo de início pode-se dizer que isso, obviamente, não faz sentido: se os pais não sabiam como fazer as coisas, então como é que aqueles garotos estavam ali? Mas o filme reflete um conceito (infelizmente) comum de que a paixão, o amor e a felicidade eram inexistentes antes da modéstia ser “superada” na década de 1960. Na verdade, a modéstia é quase o oposto do puritanismo. Paradoxalmente, as pessoas puritanas têm mais em comum com a promiscuidade. Os puritanos e os promíscuos compartilham uma disposição contra o permitir-se ser “tocado” pelos outros, ou se apaixonar pelos outros. A modéstia, por outro lado, convida e protege o surgimento do verdadeiro amor. Ela é erótica, e não neurótica.
Para ilustrar este ponto, eu gosto de comparar as fotografias tiradas em Coney Island (3) quase um século atrás, com fotografias de praias de nudismo na década de 1970. Em Coney Island, os banhistas estão completamente encobertos, mas os homens e as mulheres estão “roubando olhares” uns para os outros, e parecem estar se divertindo muito. Nas praias de nudismo, em contraste, homens e mulheres mal olham para os outros. Em vez disso, eles olham para o céu. Eles parecem estar completamente entediados. Isso é o que as pessoas que vieram depois dos anos 60 descobriram sobre essa triste seqüência de relações sexuais: sem restar nada para a imaginação, o sexo se torna chato, entediante.
O terceiro mito é que a modéstia não seria natural. Este mito tem uma longa história intelectual, que remonta pelo menos a David Hume, que argumentou que a sociedade inventou a modéstia para que os homens pudessem ter certeza de que as crianças eram deles mesmos. Como apontou Rousseau, esse argumento que a modéstia é uma construção social sugere que é possível se livrar da modéstia completamente. Hoje tentamos fazer exatamente isso, e é amplamente assumido que somos bem sucedidos. Mas somos mesmo?
Ao argumentar que Hume estava errado e que a modéstia está enraizada na natureza, um hormônio recém descoberto chamado ocitocina vem à mente. Este hormônio cria um resposta de vinculação quando a mãe está amamentando seu filho, mas também é liberado durante a atos íntimos. Aqui está a evidência física que as mulheres se tornam emocionalmente ligados a seus parceiros sexuais, mesmo que apenas pretendam um encontro mais casual. A modéstia protegia essa vulnerabilidade emocional natural, ela fazia as mulheres fortes. Mas nós realmente não precisamos recorrer à fisiologia para ver a naturalidade da modéstia. Podemos observar que em qualquer dia de vento, quando as mulheres vestindo saias seguram a saia ao redor das pernas a fim de evitar mostrar suas pernas, as mesmas pernas cujas saias “da moda” foram desenhadas para revelar. Apesar de tentarem seguir “as modas”, essas mulheres têm um instinto natural para a modéstia.
O quarto e último mito que quero abordar é que a modéstia seria uma preocupação apenas para as mulheres. Não estamos onde estamos hoje só porque o ideal feminino mudou. Apenas em parte isso é verdade. O ideal masculino seguiu o mesmo caminho. Já houve tempo em que era visto como viril e masculino ser fiel a uma mulher para a vida toda, e ser protetor para com todas as mulheres. Infelizmente, isso não é mais o caso, mesmo entre homens a quem muitas mulheres modestas poderiam olhar como almas gêmeas. As feministas modernas estão erradas em esperar que os homens sejam “cavalheiros” quando elas próprias não agem como “donzelas”, mas o que dizer dos homens que só querem ser “Don Juan” (4) e depois se lamentam que não há mais mulheres modestas por aí? Bem, eles são tão ruins quanto as feministas. E, claro, uma mulher pode estar vestida de forma modesta e ainda assim ser assediada na rua. Então, a verdade é que muito depende do respeito masculino para com a modéstia. É característico da sociedade moderna todo mundo querer que o(a) outro(a) seja bom(boa) para si, sem ter que mudar seu próprio comportamento, seja as feministas culpando os homens, os homens culpando as feministas, ou jovens culpando os seus “modelos” (5). Mas essa é uma postura infantil.
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(1) A Era Vitoriana no Reino Unido foi o período do reinado da Rainha Vitória, em meados do Século XIX, a partir de Junho de 1837 a Janeiro de 1901. O termo “vitoriano” é usada para designar – muitas vezes de maneira pejorativa aos olhos da mentalidade “moderna” – uma maneira de vestir que procurava cobrir ao máximo o corpo, e uma cultura que reprimia como má qualquer mínima insinuação de ordem sexual. Em outras palavras, usa-se “vitoriano” quase como sinônimo de puritanismo, uma concepção de pensamento de fundo maniqueísta que considera tudo que se relaciona ao corpo e ao material como “pecado”. O puritanismo não se coaduna com a doutrina católica, que considera o corpo como dom de Deus. "E Deus viu tudo que tinha feito, e viu que era bom" (Gên 1, 31). A verdadeira modéstia cobre o corpo não por achar que ele seja ruim ou mau, mas por considerá-lo precioso e bom.
(2) No Brasil traduzido como “A vida em preto e branco”.
(3) Coney Island é uma península, anteriormente uma ilha, localizada no Distrito de Brooklyn, Nova Iorque, Estados Unidos. O lugar ficou conhecido como um importante ponto turístico no início do século 20.
(4) Don Juan é um lendário libertino fictício. O nome às vezes é figurativamente usado como um sinônimo para conquistador, sedutor, alguém que não se preocupa com fidelidade, quer apenas conquistar uma mulher após a outra.
(5) Aqui no sentido de uma pessoa que serve como um modelo para uma outra pessoa para imitar, em um papel comportamental ou social particular.
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Trecho traduzido do artigo “Modesty Revisited”, de Wendy Shalit, reproduzido com permissão no site “Catholic Education Resource Center, a partir do jornal mensal do “Hillsdale College”.
Veja o artigo original (em inglês): http://catholiceducation.org/articles/sexuality/se0053.html
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Pornografia e relações sexuais distorcidas
Recente artigo do Pe. John Flynn, L. C., que saiu na revista eletrônica ZENIT, é muito interessante. Veja o artigo completo... Abaixo, alguns trechos do artigo:
"
ROMA, quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org). – A pornografia é uma distorção visual da sexualidade que supõe uma grande ameaça ao matrimônio, afirma um estudo publicado em dezembro pela Family Research Council.
Patrick F. Fagan, membro e diretor do Centro de Investigação sobre o Matrimônio e a Religião, descrevia os efeitos sociais e piscológicos da pornografia em seu estudo The Effects of Pornography on Individuals, Marriage, Family and Community.
Contrário ao argumento de que a pornografia é um prazer inofensivo, Fagan fazia referência às evidências clínicas que mostram que a pornografia distorce de modo significativo as atitudes e percepções sobre a natureza da sexualidade.
Se os consumidores regulares de pornografia são homens, tendem a ter uma tolerância maior com o comportamento sexual anormal, observava o estudo. Também é um habito muito viciante, devido à produção de hormônios que estimulam as partes responsáveis pelo prazer no cérebro.
(...)
Ao tratar sobre as consequências para o matrimônio, Fagan faz referência a estudos que demonstram como as mulheres são afetadas pelo consumo de pornografia dos maridos.
Em muitos casos, as esposas desses consumidores de pornografia sofrem danos psicológicos profundos, observava. Entre eles, sensações de traição, perda e desconfiança.
(...)
O distanciamento emocional das esposas e o próprio casamento sofrem as consequências. Fagan dizia que o consumo da pornografia e de outras formas de contato sexual online é considerado por muitas esposas tão prejudicial para a relação como uma infidelidade na vida real.
(...)
A pornografia portanto não só danifica matrimônios, mas também tem um forte impacto nos adolescentes. Um estudo sobre adolescentes mostrava que o consumo habitual de pornografia fazia com que não fossem leais com suas namoradas. De igual forma, o uso de pornografia aumentava depois sua infidelidade matrimonial em mais de 300%.
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ROMA, quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org). – A pornografia é uma distorção visual da sexualidade que supõe uma grande ameaça ao matrimônio, afirma um estudo publicado em dezembro pela Family Research Council.
Patrick F. Fagan, membro e diretor do Centro de Investigação sobre o Matrimônio e a Religião, descrevia os efeitos sociais e piscológicos da pornografia em seu estudo The Effects of Pornography on Individuals, Marriage, Family and Community.
Contrário ao argumento de que a pornografia é um prazer inofensivo, Fagan fazia referência às evidências clínicas que mostram que a pornografia distorce de modo significativo as atitudes e percepções sobre a natureza da sexualidade.
Se os consumidores regulares de pornografia são homens, tendem a ter uma tolerância maior com o comportamento sexual anormal, observava o estudo. Também é um habito muito viciante, devido à produção de hormônios que estimulam as partes responsáveis pelo prazer no cérebro.
(...)
Ao tratar sobre as consequências para o matrimônio, Fagan faz referência a estudos que demonstram como as mulheres são afetadas pelo consumo de pornografia dos maridos.
Em muitos casos, as esposas desses consumidores de pornografia sofrem danos psicológicos profundos, observava. Entre eles, sensações de traição, perda e desconfiança.
(...)
O distanciamento emocional das esposas e o próprio casamento sofrem as consequências. Fagan dizia que o consumo da pornografia e de outras formas de contato sexual online é considerado por muitas esposas tão prejudicial para a relação como uma infidelidade na vida real.
(...)
A pornografia portanto não só danifica matrimônios, mas também tem um forte impacto nos adolescentes. Um estudo sobre adolescentes mostrava que o consumo habitual de pornografia fazia com que não fossem leais com suas namoradas. De igual forma, o uso de pornografia aumentava depois sua infidelidade matrimonial em mais de 300%.
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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Meu marido não quer parar
P.: Meu marido e eu somos casados há 14 anos, e temos 3 filhos. Raramente discutimos, há uma atmosfera de amor entre nós. O único problema que temos é que ele pede sexo sem parar.
R.: O problema parece ser que seu marido está fazendo muitas exigências com relação ao ato sexual ("Ele pede sexo sem parar").
Como podemos explicar que tudo em excesso acaba virando abuso? Penso que qualquer marido amoroso deve levar em consideração as necessidades legítimas de sua esposa. Ela é sua esposa e “alma gêmea” para toda a vida. Mas ela também é uma pessoa que tem suas próprias e únicas necessidades pessoais, e suas características psicológicas.
Talvez a melhor maneira de explicar esse problema é fazer referência ao princípio de que uma pessoa é sempre um sujeito, e nunca deve ser reduzido ao status de um objeto (de prazer). Uma pessoa é sempre um fim em si mesma, e nunca deve ser “usada como um meio" (para obter prazer). Uma mulher sabe imediatamente a diferença entre ser amada e ser usada. Se um marido verdadeiramente ama sua esposa, então ele quer fazer o que é melhor para ela. Ele não vai forçar a sua vontade sobre a dela só para satisfazer seus desejos pessoais. Ele respeita suas disposições, suas necessidades emocionais e seus humores.
O ato conjugal foi feito para ser um ato totalmente livre de egoísmos, onde cada cônjuge faz o dom total de si para o outro. Mas se a mulher não está preparada, ou está indisposta, a praticar sexo em um dado momento, então as investidas do marido se tornam não um ato de amor, mas um ato de egoísmo, uma busca da própria satisfação sexual, impondo seus desejos e suas vontades sobre a esposa.
Eu acho que vocês dois precisam refletir sobre as exigências da virtude da castidade, enquanto parte de seu casamento. Castidade significa que devemos dar uma orientação boa, consciente e razoável, às nossas paixões. Nós nos recusamos a ser escravos dos nossos impulsos sexuais. Fazemos nossos impulsos sexuais servirem o propósito para o qual Deus os criou. Para os solteiros e celibatários, isso significa a abstinência total do ato sexual. Para a pessoa casada, significa a abstinência periódica durante aqueles momentos em que este não seria um ato de amor, ou não seria responsável.
Se uma mulher está disposta a ter o ato conjugal com o marido várias vezes por semana, o que acontece com muitos casais, então ela certamente não pode ser acusado de negar-se a seu marido. Você pode conversar com seus amigos casados e perguntar como acontece com eles.
Uma das vantagens do Planejamento Familiar Natural (ou regulação natural da procriação, ou “método natural”) é que ele requer abstinência periódica durante os períodos férteis da mulher. Isso então força o casal a encontrar outras formas de exprimir a sua afeição e fomentar o relacionamento. Significa voltar aos tempos de namoro: conversar juntos, ter uma refeição especial, partilhar de um evento especial juntos, rezar juntos, conhecer melhor o mistério profundo que é o outro. O ato sexual genital não conseguirá nunca substituir todas essas dimensões de um relacionamento conjugal. Este é também um tempo para pensar sobre a possibilidade de ter outro filho, ou para discutir as razões pelas quais esta não é uma boa hora para ter outro filho.
Eu sugiro que você leia dois grandes documentos: 1) Humane Vitae (Papa Paulo VI, 1968), e 2) A Carta às Famílias (Papa João Paulo II, 1994), e refleta sobre eles. Você pode encontrá-los no Google.
Aqui estão duas boas passagens destes documentos:
De Humanae Vitae: 9. Características do Amor no Matrimônio
Este amor é, acima de tudo, plenamente humano, um composto sensorial e espiritual. Não é, então, apenas uma questão de instinto natural ou impulso emocional. É também, e acima de tudo, um ato de livre arbítrio, cuja confiança é tal que se destina não só a sobreviver às alegrias e tristezas da vida cotidiana, mas também a crescer, para que o marido e a esposa se tornem em certo sentido um só coração e uma só alma e, juntos, possam atingir sua realização humana.
É um amor que é total – uma forma muito especial de amizade pessoal, em que marido e mulher partilham tudo com generosidade, sem permitir exceções injustificadas e sem pensar exclusivamente em sua própria conveniência. Quem ama realmente seu cônjuge, ama-o não só por aquilo que recebe, mas ama-o por causa de quem ele é, contente em poder enriquecer o outro com o dom de si mesmo.
De Carta de João Paulo II às Famílias: 12. Paternidade e maternidade responsáveis:
Há, no entanto, a necessidade de um estudo mais aprofundado, analisando o significado do ato conjugal em vista dos valores da pessoa e do "dom" mencionado acima. Isto é o que a Igreja tem feito na sua doutrina perene, e de modo particular no Concílio Vaticano II.
No ato conjugal, marido e mulher são chamados a confirmar de forma responsável a doação recíproca de si mesmo que fizeram um ao outro no compromisso do casamento. A lógica do dom total de si para o outro envolve uma potencial abertura à procriação: desta forma, o casamento é chamado a uma plenitude ainda maior, enquanto família. Certamente, o dom mútuo de marido e mulher não tem a geração de filhos como seu único fim, mas é em si uma comunhão mútua de amor e de vida. A verdade íntima deste dom deve ser sempre salvaguardada. "Íntimo" não é aqui sinônimo de "subjetivo". Pelo contrário, significa, essencialmente, em conformidade com a verdade objetiva do homem e da mulher que se dão. A pessoa nunca pode ser considerada um meio para um fim; acima de tudo, nunca pode ser considerada um meio de "prazer". A pessoa é e deve ser nada mais do que o fim de cada ato (não um meio). Só então a ação corresponde à verdadeira dignidade da pessoa.
Cordialmente,
Fr. Matthew Habiger OSB
______________________________________
Traduzido de: http://www.nfpoutreach.org/Q%26A/non-stop_sex_125.htm
R.: O problema parece ser que seu marido está fazendo muitas exigências com relação ao ato sexual ("Ele pede sexo sem parar").
Como podemos explicar que tudo em excesso acaba virando abuso? Penso que qualquer marido amoroso deve levar em consideração as necessidades legítimas de sua esposa. Ela é sua esposa e “alma gêmea” para toda a vida. Mas ela também é uma pessoa que tem suas próprias e únicas necessidades pessoais, e suas características psicológicas.
Talvez a melhor maneira de explicar esse problema é fazer referência ao princípio de que uma pessoa é sempre um sujeito, e nunca deve ser reduzido ao status de um objeto (de prazer). Uma pessoa é sempre um fim em si mesma, e nunca deve ser “usada como um meio" (para obter prazer). Uma mulher sabe imediatamente a diferença entre ser amada e ser usada. Se um marido verdadeiramente ama sua esposa, então ele quer fazer o que é melhor para ela. Ele não vai forçar a sua vontade sobre a dela só para satisfazer seus desejos pessoais. Ele respeita suas disposições, suas necessidades emocionais e seus humores.
O ato conjugal foi feito para ser um ato totalmente livre de egoísmos, onde cada cônjuge faz o dom total de si para o outro. Mas se a mulher não está preparada, ou está indisposta, a praticar sexo em um dado momento, então as investidas do marido se tornam não um ato de amor, mas um ato de egoísmo, uma busca da própria satisfação sexual, impondo seus desejos e suas vontades sobre a esposa.
Eu acho que vocês dois precisam refletir sobre as exigências da virtude da castidade, enquanto parte de seu casamento. Castidade significa que devemos dar uma orientação boa, consciente e razoável, às nossas paixões. Nós nos recusamos a ser escravos dos nossos impulsos sexuais. Fazemos nossos impulsos sexuais servirem o propósito para o qual Deus os criou. Para os solteiros e celibatários, isso significa a abstinência total do ato sexual. Para a pessoa casada, significa a abstinência periódica durante aqueles momentos em que este não seria um ato de amor, ou não seria responsável.
Se uma mulher está disposta a ter o ato conjugal com o marido várias vezes por semana, o que acontece com muitos casais, então ela certamente não pode ser acusado de negar-se a seu marido. Você pode conversar com seus amigos casados e perguntar como acontece com eles.
Uma das vantagens do Planejamento Familiar Natural (ou regulação natural da procriação, ou “método natural”) é que ele requer abstinência periódica durante os períodos férteis da mulher. Isso então força o casal a encontrar outras formas de exprimir a sua afeição e fomentar o relacionamento. Significa voltar aos tempos de namoro: conversar juntos, ter uma refeição especial, partilhar de um evento especial juntos, rezar juntos, conhecer melhor o mistério profundo que é o outro. O ato sexual genital não conseguirá nunca substituir todas essas dimensões de um relacionamento conjugal. Este é também um tempo para pensar sobre a possibilidade de ter outro filho, ou para discutir as razões pelas quais esta não é uma boa hora para ter outro filho.
Eu sugiro que você leia dois grandes documentos: 1) Humane Vitae (Papa Paulo VI, 1968), e 2) A Carta às Famílias (Papa João Paulo II, 1994), e refleta sobre eles. Você pode encontrá-los no Google.
Aqui estão duas boas passagens destes documentos:
De Humanae Vitae: 9. Características do Amor no Matrimônio
Este amor é, acima de tudo, plenamente humano, um composto sensorial e espiritual. Não é, então, apenas uma questão de instinto natural ou impulso emocional. É também, e acima de tudo, um ato de livre arbítrio, cuja confiança é tal que se destina não só a sobreviver às alegrias e tristezas da vida cotidiana, mas também a crescer, para que o marido e a esposa se tornem em certo sentido um só coração e uma só alma e, juntos, possam atingir sua realização humana.
É um amor que é total – uma forma muito especial de amizade pessoal, em que marido e mulher partilham tudo com generosidade, sem permitir exceções injustificadas e sem pensar exclusivamente em sua própria conveniência. Quem ama realmente seu cônjuge, ama-o não só por aquilo que recebe, mas ama-o por causa de quem ele é, contente em poder enriquecer o outro com o dom de si mesmo.
De Carta de João Paulo II às Famílias: 12. Paternidade e maternidade responsáveis:
Há, no entanto, a necessidade de um estudo mais aprofundado, analisando o significado do ato conjugal em vista dos valores da pessoa e do "dom" mencionado acima. Isto é o que a Igreja tem feito na sua doutrina perene, e de modo particular no Concílio Vaticano II.
No ato conjugal, marido e mulher são chamados a confirmar de forma responsável a doação recíproca de si mesmo que fizeram um ao outro no compromisso do casamento. A lógica do dom total de si para o outro envolve uma potencial abertura à procriação: desta forma, o casamento é chamado a uma plenitude ainda maior, enquanto família. Certamente, o dom mútuo de marido e mulher não tem a geração de filhos como seu único fim, mas é em si uma comunhão mútua de amor e de vida. A verdade íntima deste dom deve ser sempre salvaguardada. "Íntimo" não é aqui sinônimo de "subjetivo". Pelo contrário, significa, essencialmente, em conformidade com a verdade objetiva do homem e da mulher que se dão. A pessoa nunca pode ser considerada um meio para um fim; acima de tudo, nunca pode ser considerada um meio de "prazer". A pessoa é e deve ser nada mais do que o fim de cada ato (não um meio). Só então a ação corresponde à verdadeira dignidade da pessoa.
Cordialmente,
Fr. Matthew Habiger OSB
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Traduzido de: http://www.nfpoutreach.org/Q%26A/non-stop_sex_125.htm
sábado, 13 de fevereiro de 2010
O mal que a pornografia faz
Por Pe. Thomas Loya
1º de fevereiro de 2010
Mulheres, da próxima vez que forem à Igreja, olhem por um momento para todos os homens presentes ali, mesmo os melhores deles. Por favor, recite uma oração por eles, pois ao olhar ao seu redor, é seguro dizer que a maioria dos homens que você está vendo são viciados em pornografia, ou ao menos possuem algum contato com ela, ou têm algum problema com pornografia. Sim, mulheres, acreditem em mim, é sério assim mesmo. Eu me dirijo às mulheres porque elas sempre têm mais a perder quando as coisas não andam de acordo com a ordem da Teologia do Corpo. Os homens também têm muito a perder através desse vício da pornografia, mas o custo para as mulheres geralmente não é compreendido totalmente.
A pornografia, de certo modo, é pior que o adultério. Pelo menos no caso do adultério a esposa tem pessoas tangíveis para lidar, duas pessoas que pode confrontar. Mas a pornografia subsiste no mundo secreto e inalcançável das fantasias de um homem. O vício em pornografia tira o que pertence merecidamente à esposa e enterra isso em um abismo egoísta feito de fantasias. A sexualidade humana, e em particular a união em uma só carne entre marido e mulher fala a linguagem, a teologia, de um total dom de si mesmo, um para o outro. Um homem e uma mulher se doam completamente, um para o outro, precisamente através de seus corpos, que possuem um sexo masculino ou feminino. Mas com o vício da pornografia o homem se dá a si mesmo, ou se entrega a uma fantasia. Isso deixa sua mulher emocionalmente distante e debilitada. Ela não consegue alcançar nele o que lhe pertence de direito. Ela fica sozinha, fora do campo onde o marido se auto-absorve.
Ao contrário da alegação daqueles que usam a pornografia a fim de “melhorar” suas experiências de intimidade sexual, o que a pornografia faz é deixar o casal mais longe um do outro. Com o tempo o marido vai achando sua mulher cada vez menos atrativa, pois ela não consegue “concorrer” com as “fantásticas” imagens que a pornografia proporciona. Para compensar, o marido muitas vezes cria expectativas sobre suas relações conjugais que a mulher acha sem sentido. Ou simplesmente o marido inicia relacionamentos extra-conjugais.
Existem dimensões bioquímicas no vício em pornografia. Os cérebros dos homens são diferentes dos cérebros das mulheres em vários aspectos. Para os homens as imagens visuais têm o poder de se fixarem de modo definitivo no cérebro. Isso coloca a mulher ainda em pior posição. Durante a intimidade conjugal, as imagens presentes na mente do marido não são aquelas da sua esposa, que está logo ali em contato físico com ele, mas sim as imagens das estrelas pornográficas e das ações que viu nos filmes e que ficaram marcadas em seu cérebro. Os fatores bioquímicos ajudam a explicar porque o vício em pornografia é tão difícil de vencer. Ações e imagens repetidas ficam marcadas em canais neuronais permanentes no cérebro. E já que a finalidade da pornografia é a auto-estimulação, os novos caminhos neuronais criados pelo hábito da auto-estimulação fazem o desejo (eros) do marido se voltar para si mesmo, tornando-o incapaz de realizar um dom de si para sua mulher. Isso também torna os homens menos capazes de serem bons maridos.
Mulheres, antes de pensar em se casar com um rapaz, certifiquem-se de perguntar sobre seu histórico com pornografia. Tomara que ele não tenha nenhum.
Espero que esse artigo tenha servido como um alarme, a fim de motivar um compromisso de para com o que chamo de “assassino silencioso” de nossa cultura – a pornografia. No próximo artigo veremos como podemos matar esse “assassino silencioso” através da linguagem da Teologia do Corpo.
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Traduzido de: http://tob.catholicexchange.com/2010/02/01/1571/
1º de fevereiro de 2010
Mulheres, da próxima vez que forem à Igreja, olhem por um momento para todos os homens presentes ali, mesmo os melhores deles. Por favor, recite uma oração por eles, pois ao olhar ao seu redor, é seguro dizer que a maioria dos homens que você está vendo são viciados em pornografia, ou ao menos possuem algum contato com ela, ou têm algum problema com pornografia. Sim, mulheres, acreditem em mim, é sério assim mesmo. Eu me dirijo às mulheres porque elas sempre têm mais a perder quando as coisas não andam de acordo com a ordem da Teologia do Corpo. Os homens também têm muito a perder através desse vício da pornografia, mas o custo para as mulheres geralmente não é compreendido totalmente.
A pornografia, de certo modo, é pior que o adultério. Pelo menos no caso do adultério a esposa tem pessoas tangíveis para lidar, duas pessoas que pode confrontar. Mas a pornografia subsiste no mundo secreto e inalcançável das fantasias de um homem. O vício em pornografia tira o que pertence merecidamente à esposa e enterra isso em um abismo egoísta feito de fantasias. A sexualidade humana, e em particular a união em uma só carne entre marido e mulher fala a linguagem, a teologia, de um total dom de si mesmo, um para o outro. Um homem e uma mulher se doam completamente, um para o outro, precisamente através de seus corpos, que possuem um sexo masculino ou feminino. Mas com o vício da pornografia o homem se dá a si mesmo, ou se entrega a uma fantasia. Isso deixa sua mulher emocionalmente distante e debilitada. Ela não consegue alcançar nele o que lhe pertence de direito. Ela fica sozinha, fora do campo onde o marido se auto-absorve.
Ao contrário da alegação daqueles que usam a pornografia a fim de “melhorar” suas experiências de intimidade sexual, o que a pornografia faz é deixar o casal mais longe um do outro. Com o tempo o marido vai achando sua mulher cada vez menos atrativa, pois ela não consegue “concorrer” com as “fantásticas” imagens que a pornografia proporciona. Para compensar, o marido muitas vezes cria expectativas sobre suas relações conjugais que a mulher acha sem sentido. Ou simplesmente o marido inicia relacionamentos extra-conjugais.
Existem dimensões bioquímicas no vício em pornografia. Os cérebros dos homens são diferentes dos cérebros das mulheres em vários aspectos. Para os homens as imagens visuais têm o poder de se fixarem de modo definitivo no cérebro. Isso coloca a mulher ainda em pior posição. Durante a intimidade conjugal, as imagens presentes na mente do marido não são aquelas da sua esposa, que está logo ali em contato físico com ele, mas sim as imagens das estrelas pornográficas e das ações que viu nos filmes e que ficaram marcadas em seu cérebro. Os fatores bioquímicos ajudam a explicar porque o vício em pornografia é tão difícil de vencer. Ações e imagens repetidas ficam marcadas em canais neuronais permanentes no cérebro. E já que a finalidade da pornografia é a auto-estimulação, os novos caminhos neuronais criados pelo hábito da auto-estimulação fazem o desejo (eros) do marido se voltar para si mesmo, tornando-o incapaz de realizar um dom de si para sua mulher. Isso também torna os homens menos capazes de serem bons maridos.
Mulheres, antes de pensar em se casar com um rapaz, certifiquem-se de perguntar sobre seu histórico com pornografia. Tomara que ele não tenha nenhum.
Espero que esse artigo tenha servido como um alarme, a fim de motivar um compromisso de para com o que chamo de “assassino silencioso” de nossa cultura – a pornografia. No próximo artigo veremos como podemos matar esse “assassino silencioso” através da linguagem da Teologia do Corpo.
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Traduzido de: http://tob.catholicexchange.com/2010/02/01/1571/
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
O homem e a pornografia
O que a pornografia faz com um homem? Para iniciantes, ela rouba do homem a capacidade de ser um homem. A essência da masculinidade consiste na prontidão em negar a si mesmo pelo bem da pessoa amada. É por isso que Paulo lembra aos esposos, na Carta aos Efésios, que seu amor deve ser como o de Cristo, que se permitiu ser crucificado pelo bem da sua amada, a Igreja (Efésios 5, 21-33).
A pornografia acaba com este chamado. Pergunte a si mesmo: Não lhe daria muita raiva se um homem olhasse para sua filha ou esposa do mesmo jeito que olha para pornografia? Ao invés de negar a si mesmo pelo bem da esposa, o homem, através do uso da pornografia, nega à mulher sua dignidade a fim de satisfazer os próprios desejos egoístas por prazer. Em essência, a pornografia é uma rejeição de nosso chamado de amar como Deus ama. Não é surpresa que as pessoas que usam pornografia nunca estão satisfeitas. Só o amor pode satisfazer.
A pornografia gradualmente acaba com a capacidade do homem de amar. É impossível amar uma fantasia, mas viver em um mundo de fantasia permite a um rapaz escapar da realidade e fugir das demandas do amor autêntico. De certo modo, o fato de que a pornografia permite ao homem fomentar suas fantasias sem ter que se preocupar com gravidez ou com doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) é parte do problema. Isso encoraja o homem a viver em um mundo onde a sexualidade oferece apenas prazer, sem nenhum sentido nem conseqüências, um lugar onde “ninguém engravida, ninguém pega uma doença, ninguém mostra sinais de culpa, medo, remorso, vergonha ou desconfiança. Ninguém sofre por causa das atividades sexuais dos outros, e o homem, no mínimo, são sempre livres de preocupação, irrestritos... A prioridade de proteger amorosamente a parceira é de pouco valor na pornografia porque não parece existir nenhum dano com ela” (1)
Falando de forma simples, a pornografia é renunciar ao amor. Como disse o escritor Christopher West: “[A pornografia] almeja fomentar precisamente aquelas distorções dos nossos desejos sexuais contra as quais devemos lutar se queremos descobrir o verdadeiro amor” (2). Para a pessoa que se permite ver pornografia, o objetivo do sexo se torna a satisfação das “necessidades” eróticas, e não a comunicação de amor e de vida. A pornografia leva o homem a avaliar uma mulher somente pelo que ela pode lhe dar, ao invés de avaliar pela pessoa que ela é.
Alguns rapazes vão menosprezar tudo isso, dizendo: “Homens são homens”, ou “Estou apenas apreciando a beleza das mulheres”, ou “Eu gosto dos artigos e entrevistas das revistas”. Algumas vezes eles vão perceber como esses argumentos não são nada convincentes, e se tornarão ressentidos, dizendo “Você quer reprimir a sexualidade e tirar a liberdade das mulheres. Não é saudável que você tenha um apreço tão pequeno pelas mulheres!”. Esse ressentimento chegou até os letreiros das casas de “strip”, que fazem propaganda do estabelecimento como “clube de cavalheiros”, para “entretenimento adulto”. Ter as palavras “cavalheiro” ou “adulto” associadas com uma boate de “strip” é nada menos que fascinante. Por que um homem sentiria a necessidade de justificar que seu comportamento é maduro e cavalheiresco? Você pode se lembrar de alguma vez em que um adulto tenha precisado lembrar aos outros que é maduro? Ou você pode pensar em alguma atividade na terra onde um cavalheiro precise anunciar que é um? Normalmente as ações falam por si próprias. Além do mais, um cavalheiro não precisa pagar uma mulher para ela fingir que gosta dele.
Portanto, mesmo quando a falta de controle de um homem o faz lembrar um menino, e nada em seu comportamento se concilia com o título de “cavalheiro”, ele ainda sente uma necessidade de se identificar com a masculinidade autêntica. Isso se deve porque, não importa o quanto tenhamos caído, Cristo mesmo assim estampou em nosso ser o chamado para amar como Ele amou. Se pudéssemos ao menos retirar a distorção, desfazer as mentiras e humildemente ir ao encontro do Senhor em toda nossa natureza ferida e machucada, Ele ressuscitaria e nos transformaria em homens verdadeiros.
1. Wetzel, Sexual Wisdom, 72.
2. West, Good News About Sex and Marriage, 84.
Alguns dos conteúdos deste artigo foram adaptados de www.pureloveclub.com, do autor Jason Evert.
________________________________
Traduzido e adaptado de: http://www.whodoesithurt.com/who-does-it-hurt/men
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Os danos da pornografia
Um estudo recente da maior importância faz um balanço dos danos que a pornografia causa sobre os casamentos, as crianças, as comunidades e os indivíduos.
Por John-Henry Westen
WASHINGTON, 2 de Dezembro de 2009 (LifeSiteNews.com) – O Conselho de Pesquisa sobre a Família – Family Research Council (FRC) – lançou um estudo abrangente sobre os efeitos devastadores da pornografia, identificando os seus perigos para inumeráveis casamentos, crianças, indivíduos e comunidades. "A pornografia corrói a consciência, promove a falta de confiança entre os cônjuges e humilha milhares incontáveis de mulheres jovens," explica o autor do estudo, o Dr. Pat Fagan, Membro Senior da FRC e Director do Centro de Pesquisa sobre o Casamento e a Religião (Center for Research on Marriage and Religion).
Embora muitas vezes seja dito que se trata de um entretenimento inofensivo, a evidência mostra, diz Fagan, que se trata efectivamente de "um veneno relacional e emocional."
Conclusões sobre os danos sobre os Indivíduos:
* A pornografia cria dependência, e os neurocientistas começam a estabelecer o substrato biológico dessa dependência.
* Os usuários tendem a tornar-se insensíveis ao tipo de pornografia que usam, fartam-se dela, e procuram de seguida formas mais perversas de pornografia.
* Os homens que vêem pornografia regularmente têm uma maior tolerância para a sexualidade anormal, incluindo a violação, agressão sexual e promiscuidade sexual.
* O consumo prolongado de pornografia pelo homem leva-o a ter uma noção das mulheres como mercadorias ou como “objectos sexuais”.
Conclusões sobre os danos sobre os Casamentos:
* Os homens casados que estão envolvidos em pornografia sentem-se menos satisfeitos com suas relações conjugais e menos emocionalmente ligados às esposas. As esposas revoltam-se e preocupam-se com a diferença de comportamento.
* O uso da pornografia é um caminho para a infidelidade e o divórcio, e frequentemente é um factor importante nessas catástrofes familiares.
* Entre os casais afectados pelo vício de um dos cônjuges, dois terços experimentam uma perda de interesse sexual.
* Ambos os cônjuges vêm a pornografia como equivalente a infidelidade.
Conclusões sobre os danos sobre as Crianças:
* A pornografia leva a uma maior permissividade sexual, que por sua vez leva a um maior risco de nascimentos fora do casamento.
* Os pedófilos estão mais propensos a ver a pornografia regularmente ou a estar envolvidos na sua distribuição.
* A pornografia elimina o calor da afectividade da vida familiar, que é o nutriente social natural para uma criança crescer harmonicamente.
O estudo faz notar que as maiores defesas contra a pornografia são uma vida familiar unida, um casamento sólido e boas relações entre pais e filhos, combinados com correcta uma utilização da Internet, sob o controlo parental.
O estudo constatou que, tradicionalmente, o governo manteve um controle rígido sobre o tráfego e o comércio sexuais, mas que, em matéria de pornografia, esse controle praticamente deixou de existir, excepto no que diz respeito à pornografia infantil.
Conclui com uma nota preocupante sobre os custos da pornografia para a sociedade. “Dados os efeitos massivos e destruidores da pornografia sobre a vida social e os indivíduos, a vida conjugal e a família, é tempo dos cidadãos, as comunidades e o governo reconsiderarem a abordagem do “laissez-faire” que tem imperado”, diz Fagan.
___________________________________
Traduzido de LifeSiteNews.com
Disponível em: http://www.familiaesociedade.org/saudereprodutiva/educacaosexual/noticias/Dez2009/021209.htm (Associação Família e Sociedade)
Ver estudo referido na notícia
Por John-Henry Westen
WASHINGTON, 2 de Dezembro de 2009 (LifeSiteNews.com) – O Conselho de Pesquisa sobre a Família – Family Research Council (FRC) – lançou um estudo abrangente sobre os efeitos devastadores da pornografia, identificando os seus perigos para inumeráveis casamentos, crianças, indivíduos e comunidades. "A pornografia corrói a consciência, promove a falta de confiança entre os cônjuges e humilha milhares incontáveis de mulheres jovens," explica o autor do estudo, o Dr. Pat Fagan, Membro Senior da FRC e Director do Centro de Pesquisa sobre o Casamento e a Religião (Center for Research on Marriage and Religion).
Embora muitas vezes seja dito que se trata de um entretenimento inofensivo, a evidência mostra, diz Fagan, que se trata efectivamente de "um veneno relacional e emocional."
Conclusões sobre os danos sobre os Indivíduos:
* A pornografia cria dependência, e os neurocientistas começam a estabelecer o substrato biológico dessa dependência.
* Os usuários tendem a tornar-se insensíveis ao tipo de pornografia que usam, fartam-se dela, e procuram de seguida formas mais perversas de pornografia.
* Os homens que vêem pornografia regularmente têm uma maior tolerância para a sexualidade anormal, incluindo a violação, agressão sexual e promiscuidade sexual.
* O consumo prolongado de pornografia pelo homem leva-o a ter uma noção das mulheres como mercadorias ou como “objectos sexuais”.
Conclusões sobre os danos sobre os Casamentos:
* Os homens casados que estão envolvidos em pornografia sentem-se menos satisfeitos com suas relações conjugais e menos emocionalmente ligados às esposas. As esposas revoltam-se e preocupam-se com a diferença de comportamento.
* O uso da pornografia é um caminho para a infidelidade e o divórcio, e frequentemente é um factor importante nessas catástrofes familiares.
* Entre os casais afectados pelo vício de um dos cônjuges, dois terços experimentam uma perda de interesse sexual.
* Ambos os cônjuges vêm a pornografia como equivalente a infidelidade.
Conclusões sobre os danos sobre as Crianças:
* A pornografia leva a uma maior permissividade sexual, que por sua vez leva a um maior risco de nascimentos fora do casamento.
* Os pedófilos estão mais propensos a ver a pornografia regularmente ou a estar envolvidos na sua distribuição.
* A pornografia elimina o calor da afectividade da vida familiar, que é o nutriente social natural para uma criança crescer harmonicamente.
O estudo faz notar que as maiores defesas contra a pornografia são uma vida familiar unida, um casamento sólido e boas relações entre pais e filhos, combinados com correcta uma utilização da Internet, sob o controlo parental.
O estudo constatou que, tradicionalmente, o governo manteve um controle rígido sobre o tráfego e o comércio sexuais, mas que, em matéria de pornografia, esse controle praticamente deixou de existir, excepto no que diz respeito à pornografia infantil.
Conclui com uma nota preocupante sobre os custos da pornografia para a sociedade. “Dados os efeitos massivos e destruidores da pornografia sobre a vida social e os indivíduos, a vida conjugal e a família, é tempo dos cidadãos, as comunidades e o governo reconsiderarem a abordagem do “laissez-faire” que tem imperado”, diz Fagan.
___________________________________
Traduzido de LifeSiteNews.com
Disponível em: http://www.familiaesociedade.org/saudereprodutiva/educacaosexual/noticias/Dez2009/021209.htm (Associação Família e Sociedade)
Ver estudo referido na notícia
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