A mídia e algumas organizações e pessoas influentes estão muito indignados com as declarações do Papa, segundo o qual a distribuição de preservativos aumenta o risco de contrair AIDS, sendo a melhor alternativa para conter a doença a educação da sexualidade, uma cultura de castidade.
A esse respeito, em um artigo disponível no site "National Review", Kathryn Jean Lopez entrevista o diretor do Projeto de Pesquisa em Prevenção da Aids da Universidade de Harvard, Edward C. Green. Segundo esse cientista, de uma das universidades mais prestigiadas e sérias do mundo, o Papa está certo ao afirmar que a distribuição de preservativos aumenta o risco da AIDS.
“Há", segundo Green, " uma associação consistente mostrada por nossos melhores estudos (...), entre uma maior disponibilidade de preservativos e níveis maiores (não menores) de infecção por HIV. Isso se deve em parte devido a um fenômeno conhecido como compensação de risco, significando que quando uma pessoa usa uma 'tecnologia' de redução de risco, como os preservativos, ela frequentemente perde o benefício (redução de risco) 'compensando' ou se arriscando mais do que uma outra pessoa normalmente se arriscaria sem a tecnologia de redução de risco".
Isso é tão óbvio, que os defensores do preservativo deviam se envergonhar! O excelente blog do Pe. John Zhulsdorf (Fr. Z), aponta para um ótimo artigo do site Catholic Culture, que na verdade é uma ironia, mas que exemplifica bem o absurdo de querer distribuir preservativos para conter o avanço da AIDS.
Resumindo é algo mais ou menos assim: "Maridos africanos que praticam violência contra a mulher são levados a usar luvas de proteção. Uma associação criticou severamente a Igreja por ensinar o 'amor' conjugal, e encorajou os maridos que violentam suas esposas a tomar precauções 'práticas' para reduzir o risco de infecção por HIV na hora da violência contra as esposas. Os experts alertam maridos violentos não infectados para usarem luvas de látex e luvas de boxe de couro, que, segundo eles, reduz em 94% a laceração no corpo da esposa e consequentemente o contato com sangue contaminado. Especialistas estão indignados porque os ultra-conservadores do Vaticano continuam ignorando seus achados e insistindo que todas as pessoas - mesmo analfabetos - deixem de agir com violência contra suas esposas. 'Pregar a caridade não vai resolver o problema', diz um deles. 'Precisamos trabalhar com a realidade dessas pessoas. São africanos, meu Deus do céu, não são capazes de entender ou seguir regras morais. É iresponsabilidade do Papa ensinar algo diferente'. Outro disse: 'É por causa das crianças, elas merecem um pai. Quantos pais morreram e deixaram órfãos simplesmente porque a Igreja lhes fez medo e eles deixaram de usar luvas na hora de espancar suas mulheres?'".
Então? Estão vendo como é absurdo tudo isso que a mídia e os "entendidos" querem nos fazer acreditar? Apesar de ser uma ironia, isso não deve ser engraçado, deve chocar e fazer ver o absurdo dos argumentos que defendem que a distribuição dos preservativos vai parar o avanço da AIDS. Simplesmente não vai. Quando anos e quantas mortes ainda serão necessárias para o mundo reconhecer isso?
Por Daniel Pinheiro
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