segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Por que nos sentimos atraídos pela sexualidade

Por Pe. Thomas Loya


Nossos corpos “falam uma linguagem” precisamente pelo fato de que eles são sexuados. É a linguagem do “dom”. Ser capaz de ler a “linguagem dos nossos corpos” ajuda homens e mulheres a compreender “porquê” são masculinos e femininos, o que por sua vez os permite saber “como” ser masculino e feminino, como ser reciprocamente verdadeiros. Mas eu tenho uma pergunta para você, e por favor, seja honesto. Levante a mão se o seu desejo mais ardente na vida é viver uma vida completamente sem amor, sexo, casamento, filhos, intimidade e amigos? Nunca vi jamais alguém levantar a mão nas palestras em que fiz essa pergunta.

Então, minha próxima pergunta é: “O que há de tão especial no amor, sexo, casamento, filhos, intimidade e amigos?” Essas coisas devem ser especiais, porque não encontro ninguém que realmente deseje uma vida sem isso.

Vamos considerar por um momento o conceito cristão ou bíblico de Deus: três pessoas distintas, Pai, Filho e Espírito Santo, ao mesmo tempo unidas em um só Deus. Hey, é um mistério, OK? Não tente entender. Essas três pessoas existem em um eterno intercâmbio de amor entre elas. O Deus da Bíblia é um Deus que é como uma família dentro de si mesmo, ou, em outras palavras, uma união e comunhão de pessoas.

A primeira coisa que se diz na Bíblia sobre os seres humanos é que foram criados à “imagem e semelhança de Deus”. Por conseguinte, nós também, assim como o Deus da Bíblia, fomos feitos para formar uma união e comunhão de pessoas que procura fazer de si um dom livre, fiel, pleno e frutuoso. Não há como negar isso, porque está estampado em nossos próprios corpos de homem e de mulher. É essa a grande razão porque ninguém se imagina vivendo sem amor, sexo, casamento, filhos, intimidade e amigos. Essas são as coisas que nos tornam mais imagem de Deus. Nossa busca por essas coisas está por trás das melhores e das piores escolhas da vida. De um jeito ou de outro nós buscamos - desesperadamente, é o que parece – amor e intimidade.

É precisamente através de nosso gênero ou sexualidade que nós, como seres humanos, podemos de fato amar como Deus ama. Podemos entrar nesse “Mistério Esponsal”. Na verdade, o filósofo Karol Wojtyla (depois conhecido como Papa João Paulo II) propôs que o Mistério Esponsal é o “elemento fundamental da existência humana!” Nossa sexualidade é um ícone da própria vida interior de um Deus que é três pessoas, e ao mesmo tempo um só Deus.

O sexo (masculino ou feminino), portanto, tem um propósito. Não é arbitrário. Não é questão de preferência, e nem um erro. O sexo (ou gênero) revela Deus, e nos permite participar do modo como Deus ama. Saber “porquê” somos homem ou mulher é o segredo para saber “como” ser homem ou mulher, e portanto, como ser para o outro. O grande “porquê” é expresso na “linguagem dos nossos corpos”.

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Pe. Thomas Loya é padre na Igreja Bizantina da Anunciação da Mãe de Deus, em Chicago, IL. Ele dirige retiros e faz palestras em muitos seminários e conferências; e esteve na Jornada Mundial da Juventude de 2002. Ele oferece uma visão da Teologia do Corpo a partir da rica tradição do cristianismo oriental, além de ser artista profissional e consultor de design.

Traduzido de: http://tob.catholicexchange.com/2009/01/02/220/

domingo, 26 de setembro de 2010

Contra o hábito da masturbação

Recebi o texto abaixo por e-mail, e repasso aos leitores. O colaborador prefere que o texto seja publicado anonimamente.


1º – Estar ciente de que:

Ninguém é tão forte que possa vencê-lo sozinho, nem tão fraco a ponto de não poder colaborar com Deus nesta empreitada.
Neste sentido, fortalecer a vida espiritual e a intimidade com Cristo.
Não se ama o que não se conhece, não se é fiel a algo ou a alguém apenas por lei, mas sim por amor e respeito.
Sugestões diárias:
- Missa diária ou o máximo possível durante a semana.
- Terço diário
- Leitura e reflexão do Evangelho do dia


2º - Crucifixo ou acessórios religiosos

Geralmente, a prática acontece nos mesmos locais e horários. Na hora de dormir, durante o banho, após encontrar determinada pessoa online, durante a visita a algum site, etc.
Assim sendo, da mesma forma que há estímulos provocativos, a pessoa pode valer-se de meios de evitar perder o controle de si.
Sugestões:
- Ter um objeto religioso de devoção à mão no repouso ou em certos momentos.
- Colocar ao alcance da vista algum crucifixo ou item religioso.
- Na internet, instalar filtros ou bloqueadores (ver sugestões abaixo), que podem ser baixados em sites de download. Esses programas são filtros que tornam possível esconder elementos indesejáveis durante a navegação na internet.


3. Propósitos emocionais bem estabelecidos

Vale mencionar que a castidade no namoro e noivado é conquistada quando AMBOS a querem vivenciar. Dificilmente essa batalha será vencida quando um dos dois não a tem como propósito de santidade. Dialogar bastante antes e durante o namoro vai trazer à tona o quanto a Castidade é valorizada pela outra parte.
É importante ter em mente que a prática da masturbação está totalmente desvirtuada dos propósitos de Deus para nossa sexualidade. E não por uma questão meramente doutrinária, mas também pelas consequências que a mesma pode gerar na vida íntima do casal no matrimônio.
Ter um propósito bem estabelecido nos namoros e ajudar-se mutuamente nessa batalha da Santidade fortalecerá os laços afetivos do casal.


4. Mudar o foco

Valorizar outras atividades ajuda a desvar a atenção do apelo sexual desordenado. A prática regular de uma atividade física prazerosa, estudos, o cultivo de boas amizades são importantes aliados na busca da santidade.


5. Policiar pequenas atitudes no período do namoro e noivado

- Ser prudente na escolha das vestes. Você tem um papel fundamental na santidade do outro.
- Evitar lugares em que o casal possa ficar vulnerável; por exemplo ficar muito tempo a sós.
- Vigiar as palavras, pois pequenas frases podem despertar ou acender a libido de forma a fugir do controle.


PS.: Sugestão de bloqueadores (filtros de conteúdo) para internet:
- Para o navegador Firefox, os plugins: Adblock Plus, Adblock Plus Element Hiding Helper, e Procon Late.
- Para qualquer navegador: InterApp Control, K9 Web Protection, Crawler Parental Control.
Esses programas e plugins podem ser encontrados em sites de download, como o "baixaki", ou "superdownloads" etc. Existem também outros programas à venda no mercado, como o NetNanny, etc.

domingo, 19 de setembro de 2010

Jesus me curou aos poucos

Escrevo este testemunho na esperança que possa ajudar aqueles que são viciados no pecado da masturbação. Não me lembro bem quando foi que comecei a "abusar" de mim mesma, mas sei que ainda bem jovem já tinha um interesse desordenado no meu corpo.

Tocar minhas partes íntimas me dava prazer, e logo isso se tornou um hábito. A puberdade chegou. Uma imaginação extravagante transformava meus pensamentos em atos impuros. Junto com isso vinham revistas recheadas de histórias eróticas. A pior coisa era que eu tinha consciência da malignidade dessas coisas, mas ainda assim era incapaz de pôr um fim naquilo. Uma tristeza interior acompanhava cada ato. Eu jurava para mim mesma que não iria mais ceder aos meus impulsos. Mas os seres humanos são frágeis demais para superar o pecado apenas com as próprias forças. Eu não compreendia isso. Eu queria superar por mim mesma, mas não chegava a lugar nenhum. Essa história toda consumia minhas forças, e eu teria desistido e “jogado a toalha”, se o Espírito Santo não tivesse vindo em meu auxílio. Ele me inspirou a fazer uma confissão geral. Por muitos dias eu me preparei para esse acontecimento. Acima de tudo, eu pedi a Deus coragem. E Ele me ouviu. Durante a confissão, eu descarreguei todos os meus problemas em Jesus. Instantaneamente senti que um grande peso saía de minhas costas. Eu realmente tive um encontro com Cristo naquele confessionário, quando anteriormente eu planejava dizer ao confessor o mínimo possível. Eu tinha muita vergonha.


Depois de minha confissão geral, eu não parei instantaneamente de me fazer mal. O demônio não tinha me dado como perdida para ele, e ainda vivenciei momentos de fraqueza muitas vezes. Mas eu percebi uma diferença. Eu estava cometendo o pecado menos e menos vezes. Jesus me curou aos poucos, em etapas. Eu finalmente compreendi muitas coisas – coisas que não tinha parado para pensar antes. Eu compreendi que a vergonha, que é resultado do pecado, ainda permaneceria em mim por um bom tempo. Isso era para me lembrar para não cair de novo na cilada do pecado. Embora muitos anos já tenham se passado, ainda preciso vigiar meus pensamentos, o que leio ou vejo. Quando a tentação surge, peço a ajuda de Deus. A masturbação é um pecado, que deixa profundas marcas na alma. Até hoje, sofro com uma excessiva timidez, medo de gente, e uma tendência a ser solitária.

Eu rezo por todos que lutam contra esse pecado. Rezo para que não se desesperem, mas que coloquem toda sua esperança em Jesus. Uma confissão sincera, uma oração ardente, e o exercício da força de vontade devem ajudar. Quando Jesus nos cura, é importante colocar em Jesus uma confiança sem limites, e também que perdoemos a nós mesmos. Levou tempo para que eu decidisse de vez escrever esse testemunho. Lembro-me que os testemunhos de jovens que via em sua revista tiveram um grande impacto em minha caminhada. Eu admirava a coragem e a abertura daquelas pessoas, apesar de ser um assunto acerca do qual eu tinha muita vergonha. Hoje estou de pé, junto com eles. Minha grande esperança é que esse testemunho toque no coração de alguém, e seja nessa pessoa um sinal para o começo de uma nova vida.

Mirka
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Traduzido de: http://www.loveoneanothermagazine.org/nr/abortion_contraception_adultery_masturbation/jesus_healed_me_slowly.html

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Como parar de ver pornografia


Se você ou alguém que você ama está viciado em pornografia ou sexo, é uma esperança saber que existem saídas para esse ciclo compulsivo. Mas, como acontece em qualquer vício, quebrá-lo é um grande desafio.

O processo de superar a pornografia deve incluir ações que lidam com os efeitos do vício na pessoa e nos outros, bem como ações que tornam o viciado mais forte e resistente, de modo que não se torne de novo uma vítima das tentações.

Os componentes a seguir formam um plano de ação para superar o vício em pornografia ou sexo.


Admita que há um problema

Muitas vezes temos dificuldade de reconhecer que há algo de errado conosco ou com nosso comportamento. Mas esse primeiro passo é vital. Se você não está disposto a admitir que perdeu o controle de si mesmo, e que ver pornografia ou se masturbar é um problema, então nenhuma outra dica vai funcionar direito.


Livre-se do material pornográfico

Se você quiser ter sucesso em superar o vício deve eliminar a pornografia de sua vida. Isso significa deletar ou jogar fora arquivos de computador, jogos, figuras, filmes, revistas e livros. Significa se livrar de e-mails antigos, transcrições de chat. Livrar-se disso tudo de uma vez, definitivamente, não apenas guardar em um local onde possa pegar depois. Dependendo do caso, talvez seja necessário cancelar inscrições em programas de mensagens instantânea (messengers), mudar o e-mail, ou mesmo o número de seu celular. E não se deve ter pena de fazer isso.


Traga as coisas para a luz

Como em muitos vícios, a fixação por sexo e pornografia cresce na escuridão. Traga as coisas para a luz. Isso significa confessar a alguém o que você fez. Pode ser para um líder religioso, mas pode ser também para pessoas de sua extrema confiança. Coloque seu computador em um lugar da casa onde qualquer pessoa que passe por ali possa ver o que você está fazendo e o que está no monitor.


Coloque limites em si próprio

Por exemplo, se o problema está na internet, instale um filtro, e peça para alguém colocar senha, de modo que você não saiba. Se você se sente tentado a passar em alguma locadora, banca de revistas ou clube “para maiores”, procure mudar sua rota, para evitar passar em frente desses lugares. Coloque limites significativos em si próprio.


Descubra seus "gatilhos" e planeje alternativas

Todo viciado tem alguns sentimentos, pensamentos ou experiências que precedem e levam à ação. Identifique os seus gatilhos e tente minimizá-los ou reagir de forma diferente a eles. Por exemplo, se o seu gatilho é ficar sem fazer nada, prometa a si mesmo que, quando isso acontecer, você vai caminhar por dez minutos, ou fazer um exercício. Se o seu gatilho é se sentir rejeitado, tente reafirmar seu valor pessoal. O importante é planejar previamente atividades diferentes para fazer na hora que sentir vontade de ver pornografia, como por exemplo: rezar, ligar para um amigo, fazer um exercício, ir para o cinema, conversar com um grupo de amigos, cantar músicas cristãs etc. É bom quando criamos um estilo de vida que substitua o comportamento de vício.

É importante também ir com o tempo refletindo em suas motivações mais profundas. As raízes de seu comportamento de vício em sexo e pornografia podem ter se plantado em tempos passados, com experiências que dificultaram o desenvolvimento físico, emocional ou espiritual. Exemplo disso pode ser: traumas, violências, abusos, rejeições, falta de perdão, orgulho, entre outras raízes. Conhecendo as raízes do problema, você terá mais conhecimento de si e mais ferramentas para mudar o cenário de seu hábito, permitindo uma cura de feridas mais profundas.


Partilhe com alguém de confiança

Uma das coisas importantes é ter um amigo ou amiga, pai, mãe, irmão, ou um líder religioso, enfim, uma pessoa a quem possa relatar com certa periodicidade sobre seus sucessos e falhas. Essa pessoa vai ajudar a colocar limites e controle em você mesmo, pois você sabe que já não é capaz por si mesmo de se segurar.

("O Filho Pródigo", quadro de Rembrandt)



Tenha uma vida de oração

O papel da oração é fundamental, e por oração entenda também arrependimento, confiança em Deus, entrega. Isso é difícil. Não gostamos de nos arrepender, porque não gostamos de admitir para nós mesmos que estamos errados. Não gostamos de entregar nossa vida a Deus, porque fomos ensinados a ter controle total sobre ela. Não gostamos de confiar em Deus, porque não acreditamos ou porque há um mau exemplo de alguém que você amava e que lhe traiu.
Muitas pessoas acham muito poderosa a oração do Rosário (o terço). E você não deve rezar só por você mesmo. Reze pelas pessoas que seu vício já prejudicou. E embora possa parecer estranho, reze também pelas mulheres e homens que você viu tendo seus corpos e imagem explorados no material pornográfico. Muitas dessas pessoas não estão ali porque querem, e não gostam daquilo, pelo contrário, sofrem muito com aquilo. Isso vai fazer com que você deixe de ver as pessoas como objeto, e passe a vê-las como pessoas que precisam de respeito e de amor verdadeiro, tanto quanto você.

Não se torne escrupuloso

Uma armadilha em que muitas pessoas caem é se tornar escrupuloso, examinando constantemente a si mesmo para ver se pecou ou não. Um jovem uma vez perguntou se estava pecando ou não, só porque tinha visto uma mulher bonita. É normal que homens se sintam atraídos por mulheres. Isso não é pecado, na verdade está no plano de Deus. Mas a diferença é quando, depois de olhar para a mulher, você passa a imaginar tudo que podia fazer com ela sexualmente. Isso é diferente...

Não se desespere

Jesus não veio ao mundo e morreu numa cruz para nos condenar justamente quando mais precisamos de ajuda. Ele veio para nos levantar e para salvar. O Senhor corrige, o demônio acusa. Você não é inimigo de Deus, você é seu filho(a) muito amado(a). Ele conhece tudo, mesmo as coisas que lhe envergonham. E Ele lhe ama com um amor que liberta, que aquece e conforta. Deus tem mais desejo de resgatar você do que uma mãe tem desejo de resgatar o filho de uma casa em chamas. Sair desse vício é possível. Só porque nunca nos livraremos das tentações não caia no erro de acreditar que todos os homens do mundo vêem pornografia e se masturbam. Não é assim. Jesus veio nos transformar, redimir nossa mentalidade, nos fazer livres. É possível ficar livre de pornografia e masturbação, não importa quantas vezes já tenha tentado. O processo pode ser longo. Você pode ter muitas recaídas. Mas a misericórdia de Deus é infinita e Ele estará sempre esperando por você.
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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Jesus pode curar todos

Nos primeiros anos de minha juventude entrei no hábito da masturbação. Estava na adolescência quando meus amigos e eu começamos a ver revistas pornográficas que na época estavam inundando o país. Eu não sabia que era pecado. Depois de muitos anos, quando eu percebi que o hábito era, na verdade, um pecado, eu comecei a lutar contra ele, mas isso não era fácil de maneira nenhuma. A televisão pública agora mostrava filmes com cenas íntimas, e à noite filmes de natureza descaradamente erótica. Embora nunca tivesse comprado um filme pornográfico sequer, tudo isso estava entrando na vida por todos os lados. Eu lia artigos de assim chamados terapeutas e psicólogos que alegavam não haver nada de errado na masturbação; que era uma coisa perfeitamente natural a se fazer, bastante normal e inofensiva – e por um tempo eu estava em paz. Mas ainda assim, nunca consegui silenciar completamente a minha consciência. Agora eu posso dizer sem hesitação que tais afirmações ingênuas são puro “nonsense”, são mentiras descaradas.

Eu me casei. Trouxemos filhos ao mundo; mas ainda assim meu hábito nunca me deixou. Pensei que nunca ficaria livre dele. Durante todo esse tempo minha esposa nunca soube de nada, mas minha vida estava começando a ficar cada vez mais difícil. Eu ficava pedindo ajuda a Jesus e Maria, porém eu confiava mais em mim mesmo, e estava convencido de que podia lidar sozinho com minha fraqueza. Um dia eu cheguei à conclusão de que não amava nem minha esposa nem meus filhos. Eu era simplesmente incapaz de amar alguém. Eu representava uma presença estressante na família, arranjava brigas com minha esposa constantemente, e não tinha nenhum relacionamento, não falava com meus filhos.


Mas Deus não esqueceu de mim e, graças à intercessão de Maria Imaculada, eu recebi uma grande graça. Há alguns anos atrás, bem por acaso, ouvi vários testemunhos na “Radio Maria” de ouvintes que tinham experimentado o poder do rosário em suas vidas. Eu sugeri à minha esposa e filhos que rezássemos o terço toda noite. Até hoje fazemos isso religiosamente. Não foi preciso esperar muito para ver os frutos dessa poderosa oração. A ordem foi restaurada em nossa família. Além disso, Deus me concedeu uma graça maravilhosa. Por um bom tempo venho assistindo à Missa diariamente e recebendo Jesus na Santa Comunhão. Todo dia eu leio as Sagradas Escrituras. Meu antigo hábito agora é uma coisa do passado. Falei para minha esposa do meu segredo obscuro, e implorei seu perdão. Deus me perdoou tudo, e eu confiei o resto da minha vida a Ele. Agora sou inteiramente DELE, e coloco toda minha esperança NELE. Eu sou um homem feliz aprendendo a amar todos. Em nome de Jesus eu convido e encorajo todos a começar a alimentar sua alma recebendo o Corpo e do Sangue de Jesus, lendo as Sagradas Escrituras, e orando. Escolher qualquer outro caminho é terminar alimentando e saciando nada mais do que a próprio “carne”, se fechando para a felicidade, sem nunca conhecer o que a verdadeira beleza é. Aceite Jesus e você nunca conhecerá desapontamento. Desejo a todos esse Amor, que reside no meu coração. Jesus é o Senhor!
Janusz
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Traduzido de: http://www.loveoneanothermagazine.org/nr/true_love_waits_pure/jesus_can_heal_all.html

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

3º Curso Virtual de Teologia do Corpo




As vagas já foram todas preenchidas, e por isso as inscrições estão encerradas. Para maiores informações, entrar em contato com: daniel@teologiadocorpo.com.br

domingo, 5 de setembro de 2010

“Mas todo mundo diz que a masturbação é saudável...!”

O ensinamento completo da Igreja Católica sobre masturbação parece ser um segredo para a maioria das pessoas.

É um ensinamento desafiante.

Mas é uma boa notícia, pois esse ensinamento nos chama a viver de modo completamente humano!


Masturbação é errado?

Sim. O ensinamento católico sobre a masturbação diz que ela é sempre moralmente errada.

O propósito do sexo é ser tanto uma expressão de amor por seu esposo(a) quanto um lindo meio de procriação.

O sexo é tão especial, poderoso, e valioso, que somente é vivido corretamente dentro do casamento. Se você não é casado, deve se abster de atividade sexual.

Eu sei, tudo isso é contra-cultural.

A verdade às vezes vai contra a cultura mesmo!

O sexo é o dom máximo que maridos e mulheres podem se dar: uma entrega total de si, corpo e alma. O sexo é a maneira como você efetua os votos matrimoniais de amar totalmente, livremente e completamente. Enquanto tiverem vida. O segredo da vida está escondido nessa íntima comunhão.

O ensinamento católico diz que a masturbação nega todos os aspectos desse juramento que é o sexo – o juramento dos votos matrimoniais!

A masturbação é:

- Focada em si mesmo
- Alheia, separada de seu cônjuge
- Uma declaração de que o sexo só tem a ver com prazer – seu próprio prazer
- Intrinsecamente estéril
- Muitas vezes acompanhada de “adultério no coração”, através da pornografia e da fantasia

Os católicos não condenam a masturbação só por causa de alguma nobre idéia do que seja o objetivo natural do sexo. Falamos a verdade sobre o mal que faz às pessoas.

Essa é a verdadeira razão para a doutrina católica sobre masturbação: a masturbação nega o sentido do sexo. Faz de você menos do que totalmente humano.


“Mas todo mundo diz que a masturbação é saudável!”

Sim, eles dizem.

Há um monte de coisas desordenadas que o mundo chama de “boas”, e o mundo tem várias maneiras de fazer isso.

A masturbação é radicalmente centrada em si mesmo, e radicalmente não-cristã. É por isso que o catecismo da Igreja diz que é errado. Ela faz com que nós e nossa sexualidade voltemos as costas para Deus, indo em direção a nós mesmos, das seguintes maneiras:

- Treinando nossa sexualidade no hábito da nossa própria luxúria, e não na auto-doação
- Divorciando o prazer do orgasmo da união com o “outro”, o cônjuge
- Evitando os riscos de amar alguém
- Recusando a fertilidade e a plena responsabilidade para com o sexo

Eu sei... muitos educadores e profissionais da saúde parecem ter um caso de amor com essa sexualidade focada em si mesmo e indisciplinada. Por que eles fazem isso, eu não sei.

Eles estão errados. Eles não estão falando para você a verdade sobre o sexo, sobre você mesmo, ou sobre a vida.

Você e sua sexualidade valem muito mais do que você pode imaginar.

A doutrina católica sobre a masturbação está centrada em uma virtude chamada castidade. Ela significa dar à sexualidade seu correto lugar em nossas vidas. Não reprimindo, mas também não dando poder total. Apenas um lugar apropriado. A castidade é um dos frutos do Espírito Santo (ver o Catecismo, nº 2337 a 2359).

A profunda verdade da doutrina católica sobre a masturbação é confirmada pelo enorme dano que esse assim chamado ato “privado” causa na vida e no casamento das pessoas. Um grande número de homens e de mulheres está começando a chamar seu hábito de masturbação pelo que realmente é: vício sexual.

Se falamos para nossos jovens que a masturbação é normal e saudável, estamos ensinando a eles um hábito que pode trazer uma vida inteira de dificuldades. Estamos falando para eles que a licenciosidade e a falta de auto-controle são coisas positivas. Isso é incapaz de formar uma base sólida para uma sexualidade madura e amorosa.

Como isso pode ser saudável? Como pode ser amoroso?


Liberdade e responsabilidade

Esse papo de hábito levanta uma importante questão: quando é que a masturbação é um pecado? Que gravidade tem esse pecado?

O ensinamento católico diz que a masturbação é um pecado grave, o que chamamos de pecado mortal, pelo qual rejeitamos a vida que Deus nos oferece.

Entretanto, a moral católica também reconhece que a força do hábito pode reduzir ou mesmo eliminar nossa responsabilidade pelas nossas ações.

- Temos que consentir livremente a fim de sermos plenamente responsáveis
- Se um hábito faz com que algo não seja uma escolha livre nossa, isso também reduz nossa responsabilidade por nossas ações

Isso não nos dá liberdade total, ou seja, não basta somente chamar qualquer coisa de “hábito”, e pronto. As ações de pecado continuam nos fazendo grande mal, mesmo que não estejamos completamente carregados de culpa ao cometê-los.

Temos o dever de buscar ajuda e procurar diligentemente superar nossos hábitos.

O Senhor é paciente e misericordioso. Ele quer desesperadamente nos libertar da escravidão do pecado. Mas nós também temos que fazer nossa parte.

Se você acha que está preso no hábito da masturbação ou em um de seus parentes próximos (pornografia, infidelidade, prostituição etc.) procure a ajuda competente de um padre que apóie a moralidade sexual católica, e especificamente o ensinamento católico sobre a masturbação. (Não seja tímido! Eles já ouviram tudo antes. Infelizmente, é bastante comum.)


“O ensinamento católico sobre masturbação diz que nós devemos reprimir nossa sexualidade?”

Há uma diferença entre repressão e auto-controle.

A repressão significa “bloquear” esses sentimentos quando eles surgem, negando-os e desejando que eles não estivessem ali.

A repressão não funciona. Muitas pessoas tentam esse caminho e falham.

O auto-controle é diferente. Você não nega a realidade do desejo sexual, mas tenta controlá-lo de acordo com sua vontade. Isso se chama ser livre! Se você é um escravo de seus desejos (sexuais ou outros), você não é livre.

“Sim, irmãos, fostes chamados para a liberdade. Porém, não façais da liberdade um pretexto para servirdes à carne. Pelo contrário, fazei-vos escravos uns dos outros, pelo amor.” (Gálatas 5, 13)


A chave para isso é a redenção da nossa sexualidade, não a sua repressão. Christopher West esclarece em seu livro “Good News About Sex and Marriage”:

Quando tentações, sentimentos e desejos sexuais se apresentam – como inevitavelmente acontece –, ao invés de tentar ignorá-los ou “bloqueá-los” empurrando-os para baixo e para longe, nós precisamos trazê-los para cima e para fora. Não é para cima e para fora no sentido de se deixar levar por eles, mas para cima e para fora para as mãos de Cristo, nosso Redentor. Você pode simplesmente dizer uma oração como esta:

Senhor Jesus, eu Vos entrego meus desejos sexuais. Peço-Vos que, por favor, desfaça em mim o que o pecado fez, de modo que eu possa conhecer a liberdade nessa área, e experimentar o desejo sexual como Vós desejais que eu experimente. Amém.

Quanto mais convidarmos Cristo para nossas paixões e desejos, e permitirmos que Ele as purifique, mais descobriremos que somos capazes de exercitar o controle adequado delas. E começamos mais e mais a experimentar nossa sexualidade não como o desejo de gratificação egoísta, mas como o desejo de nos doarmos, em imitação a Cristo. A redenção é isso. (“Good News About Sex and Marriage”, p. 81)

A doutrina católica sobre a masturbação nos lembra que precisamos redimir nossos desejos desordenados e auto-centrados.

É uma questão de levar nossas desordens para Cristo, nomeando-as pelo que são, e deixando que Cristo nos cure. Nós experimentamos essa cura como um gradual aumento de auto-controle.

É possível.

Você é valioso demais para viver de acordo com uma mentira sobre si mesmo. Pois a sua liberdade foi comprada a um grande preço: o preço do sangue de Cristo.

Então vá em frente: deixe-se redimir. Viva a “liberdade gloriosa dos filhos de Deus” (Romanos 8, 21).

Aleluia!

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Traduzido de http://www.beginningcatholic.com/catholic-teaching-on-masturbation.html

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os principais ingredientes para o amor e o casamento darem certo

Por Anthony Buono

Acabei de ver por acaso na Internet um obituário de um casal católico, Lou e Patricia DeMuro. Os dois morreram no mesmo dia, depois de 62 anos de casamento. Realmente é uma história de amor à moda antiga.

É uma história muito tocante. A simplicidade com a qual esse casal levou a vida e a convivência a dois é algo de inspirador. O contentamento deles com o que a vida lhes oferecia é admirável. A história desse casal deve ser aquilo que toda pessoa deve procurar, no que diz respeito a amor e casamento. Eles oferecem dois ingredientes indispensáveis para se apaixonar e ter um casamento duradouro; e enfrentar a vida com simplicidade e contentamento.

Infelizmente, muitas e muitas pessoas complicam o processo e se tornam muito exigentes no que diz respeito às suas expectativas com relação à outra pessoa, tornando quase impossível encontrar tal amor. Quanto mais qualificações são necessárias, menos provável encontrar a felicidade e partilhar uma vida assim.


Também é importante perceber que eles tiveram um começo bem humilde, e tiveram uma vida humilde. Eles não ficavam frustrados ou com raiva por causa da situação financeira deles. Eles tinham uma postura de aceitação e gratidão pelas bênçãos que possuíam. Eles também eram muito jovens. Isso também ajuda. Quando você se casa jovem, vive mais anos junto com a outra pessoa. E quanto mais anos vocês vivem juntos no casamento, menos egoístas se tornam.
Mas esse casal tem mais a nos ensinar sobre amor e casamento. Eles tinham um desejo ardente de fazer o outro se sentir feliz e especial, e vice-versa. Eles não se acomodavam. Vejamos como o repórter descreveu sua vida, a partir de sua pesquisa:

- A vida em comum deles tinha poucos luxos, mas muitas risadas.
- Eles cantavam e escutavam músicas da “Mary Poppins” e de outros musicais centenas de vezes. Quanto mais alto as crianças cantavam junto, mais o casal sorria.
- Eles formavam uma equipe quando o assunto era a educação e cuidado com as crianças. Quando o Sr. Lou voltava para casa do trabalho, ele cuidava das crianças, para que a Sra. Patricia pudesse ir para seu trabalho à noite.
- Eles faziam tudo juntos.
- As crianças iam para a escola católica que ficava do outro lado da rua. Elas vinham almoçar em casa.
- Quando a família se mudou, em 1968, a Sra. Patricia conseguiu um emprego como secretária, e o Sr. Lou tinha dois empregos.
- Eles faziam excursões de ônibus para o Alasca ou viagens para o Caribe, e também ao longo do rio Mississippi, e no canal do Panamá.
- Eles adoravam ir a Massachussets no outono para ver as folhas das árvores mudando de cor.

Um monte de risadas, vida sem luxos, curtindo as crianças (crianças barulhentas os faziam sorrir!), cantando músicas sentimentais, vivendo com parentes na mesma casa, as crianças indo para a escola católica, ela ajudando no orçamento, ele com dois empregos, pequenos prazeres... Eles faziam tudo juntos.

Agora vamos ver como os filhos descrevem os pais, e a vida com eles:

- Eles se lembram do pai fazendo churrasco enquanto os meninos brincavam.
- A salsicha feita em casa era muito boa, não tinham vontade de mais nada.
- Os seus pais andavam de patins, e jogavam boliche e baralho junto com eles, e eles mesmos usavam o cortador para cortar a grama.
- A mãe sabia muito bem como estava o dever de casa deles. Ela estava sempre por perto. Dormia enquanto eles estavam na escola.
- Domingo significava carne assada no jantar.
- Eles estavam sempre perguntando para os filhos: “Como você está? Está bem?”. Sempre checando. Eles davam suporte, encorajavam.
- O pai fazia as compras e a mãe cozinhava, ela fazia massas caseiras, ravióli, pizza, bolo de abacaxi e biscoitos italianos.


Participação, disponibilidade, interesse genuíno, trabalho duro, momentos de ternura, frugalidade, atenção às necessidades dos filhos.

O que chama a atenção, para mim, é como eles eram felizes, e mais importante, como os filhos eram felizes. As crianças sentiam uma vida plena, rica, ao crescerem. Certamente eles não eram pobres. Carne assada aos domingos é bem classe média. Eles eram cuidadosos com o dinheiro. Tenho certeza que economizavam, e tinham dinheiro por serem cuidadosos com os gastos. Viviam dentro de suas possibilidades, mas ainda assim faziam coisas especiais. Não era uma vida de extravagância.

Outra coisa que me chama a atenção é que as coisas que os filhos apontam, todas têm a ver com a maneira com que o casal interagia em um nível de amizade. Não parecia haver um dominador e outro dominado. O respeito mútuo parece ser o que os filhos levaram do seu relacionamento com os pais.

Parece mesmo que uma ligação como amigos, com respeito mútuo de um para com o outro é um ingrediente chave para o sucesso no casamento. Cada pessoa é livre para ser ela mesma, mas tem um desejo de fazer coisas juntos e estar juntos. Procurar uma pessoa com quem você possa ter esse tipo de ligação é muito mais do que ver somente a diferença de idade, a atração física, os requisitos para criar os filhos, e as muitas outras coisas com que as pessoas solteiras se preocupam na hora de escolher alguém.

E esse casal se aventurou. Eles viram um no outro alguém com quem queriam estar; um parceiro que cabia bem consigo. Eles não questionaram ou pensaram muito profundamente se essa ou aquela era a pessoa “que Deus tinha em mente para mim”. Eles não rejeitaram um ao outro na esperança de encontrar alguém melhor. Provavelmente eles nem sequer pensaram no assunto. Eles eram duas pessoas que levavam a vida com simplicidade, não eram pessoas difíceis de se agradar, e portanto sabiam como estar contentes e apreciar o que tinham. Tenho certeza que isso os preparou bem para encontrar esse tipo de amor na outra pessoa.

No seu leito de morte, o Sr. Lou foi trazido para ver a Sra. Patricia. Ele disse: “Oi, bebê”. E ela disse: “Lou, eu te amo. Eu tive uma vida maravilhosa. Vou encontrar você em outro lugar”. Eles viveram em uma união muito íntima um com o outro, nesse vínculo de amor. Então era justo que, no final, eles morressem juntos, sucumbindo apenas algumas horas depois um do outro, de uma série de doenças. Lou teve leucemia, mal de Parkinson, e estava em um hospital. Patricia teve diabetes, hipertensão e problemas cardíacos. No final, ambos precisaram do cuidado de outras pessoas. Mas seu maior desejo sempre foi cuidar do outro, especialmente do coração um do outro.

Não é pura sorte ou acaso que eles tenham cuidado um do outro por 62 anos, e ainda tenham se sentido tão próximos depois de tanto tempo. Eles se doaram completamente ao outro, e quiseram fazê-lo, e acharam alegria em fazê-lo. Se cada um de nós levar a vida com simplicidade, como pessoas contentes, sem expectativas exageradas acerca das pessoas que cruzam nosso caminho e com quem namoramos, poderemos terminar tendo uma vida de amor como a que Lou e Patricia partilharam.
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Anthony Buono é casado, e tem sete filhos. Mora na Virginia. Ele é o fundador e presidente do “Ave Maria Singles” (Solteiros do Ave Maria – um serviço para católicos solteiros que buscam um casamento e querem encontrar um futuro cônjuge) e de “Road to Cana” (“Caminho para Caná” – focado na formação de católicos para o namoro, noivado e casamento). O blog de Anthony, “6 Stone Jars”, procura oferecer conselhos e princípios para um bom namoro, a formação da vocação pessoal, e um casamento saudável. Anthony trabalha com católicos solteiros desde 1994.

Traduzido de TOB Catholic Exchange: http://tob.catholicexchange.com/2010/08/16/2198/