domingo, 31 de agosto de 2014

É possível viver a castidade na faculdade?



Em uma sociedade que iguala a masculinidade ao número de parceiros sexuais, eu sentia que seria rotulado como algo menos que um homem se admitisse que era virgem. Apesar da minha ansiedade, ainda sentia que a coisa certa a se fazer era esperar para ter sexo depois do casamento. Eu tinha aprendido sobre a virtude da castidade ao longo dos anos, mas dentro de mim ainda sentia a pressão da sociedade no sentido de ceder ao sexo antes do casamento, e esse conflito atingiu o ápice durante o meu tempo na faculdade.

Eu comecei a faculdade em 2008. Foi a primeira vez em que tive que me confrontar diariamente com comportamentos de promiscuidade. No meu primeiro final de semana na faculdade percebi que a principal razão pela qual muitos rapazes iam para festas era simplesmente para “ficar” com alguma garota. Uma vez eu estava em uma festa na casa de um colega, e posso me lembrar de um amigo me induzindo: “vai falar com ela”, apontando para uma garota, “provavelmente você não vai ter muito trabalho para levá-la para a cama hoje à noite”. Eu ri, e tentei agir de maneira natural, mas em minha cabeça estava pensando: “Eu sequer sei o seu nome! Eu não vou beijá-la, muito menos tentar levá-la para a cama”. E esse não foi um incidente isolado... Essa rotina se repetiu freqüentemente durante os meus primeiros anos de faculdade. A verdade era que, não importa com quantas garotas eu tinha falado ou com quem tinha dançado naquela noite, eu simplesmente não conseguir ir além quando pensava em “avançar os sinais”. Então eu ia para uma festa, saía com meus amigos, talvez dançava com uma garota, e depois eu ia para casa. Sozinho.

Meus amigos provavelmente pensavam que eu era “devagar”, mas muito cedo eu percebi que o que eu estava procurando não podia ser encontrado em uma festa. Eu queria encontrar uma mulher com quem pudesse compartilhar toda a minha vida, não apenas o meu corpo. Eu não queria viver a versão “hollywoodiana” da fantasia masculina de “sexo-sem-fim-sem-compromisso”; eu queria ser um verdadeiro cavalheiro.

Então eu lutava nessa dicotomia entre cultura e consciência. Eu procurei por mulheres que fossem capazes de viver para além da mentira dos “ficas” e dos programas de uma noite - mas era difícil de encontrar alguém assim, e era tentador ignorar os apelos da consciência. Eu estava começando a me questionar se eu estava errado, se por acaso os ideais em que eu tinha acreditado em minha mente não eram sequer possíveis no mundo de hoje. Será que eu era tão inocente como a sociedade imagina que são aqueles que procuram viver a castidade?

Finalmente, no último ano de faculdade, eu encontrei Jennifer, a mulher que iria se tornar minha esposa. Desde o momento em que a encontrei sabia que tinha algo de diferente nela. Nós realmente estávamos comprometidos com a castidade, e estávamos vivendo aquilo juntos. Assim como acontece com a maioria das coisas na vida, foi muito mais fácil para nós viver esse desafio com uma pessoa que tem o mesmo pensamento e o mesmo objetivo.

Muitos de meus amigos ainda acham estranho o fato de Jennifer e eu não termos mantido relação sexual depois de 3 anos de namoro. Nós aprendemos a expressar nosso amor de outras formas. Eu enviava para ela cartas escritas, trazia flores para ela sem ter nenhuma ocasião especial, e planejava encontros que não necessariamente tinham uma expectativa por trás deles. Ela sabia que quando eu dava demonstrações espontâneas de gentileza eu não estava fazendo isso porque queria levá-la para a cama, mas porque eu a amava e simplesmente queria fazê-la feliz.

A tentação física sempre vai existir, quer você seja solteiro ou casado, mas para preservar o sexo só para o casamento você precisa ser um homem corajoso. Ceder a todas as tentações sexuais vai deixá-lo sedento por algo mais profundo e mais substancial. Eu ouvi isso de amigos. Um de meus melhores amigos uma vez me disse: “Depois que tenho relação sexual com uma garota, me sinto sujo quando vou para casa naquela determinada noite. Sinto alguma coisa no meu coração que me diz que há algo mais do que aquilo”. Se você aprende a controlar os seus desejos e aprende a canalizá-los, vai acabar em algo bonito, algo pelo qual os humanos anseiam - o verdadeiro amor.

Jennifer e eu nos casamos no final de junho de 2014. Eu estava feliz por poder me entregar livremente, abertamente, e sem vergonhas ou memórias de experiências passadas, e feliz por termos esperamos pelo sacramento do matrimônio para nos tornar um só. Quando estávamos adormecendo, em nossa noite de núpcias, Jennifer sussurrou no meu ouvido: “Obrigado por esperado por mim”. Ouvir essas seis palavras valeram mais a pena do que qualquer prazer que o mundo pudesse oferecer.

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Jeff Swierzbinski se graduou em Ciência Política e Sociologia na Universidade de Delaware. Ele é militar sevindo em Ft. Bragg, Carolina do Norte, Estados Unidos, onde vive com sua esposa, Jennifer.








Traduzido de: http://chastityproject.com/2014/08/chastity-college-possible/

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Dizer sim ao sexo


Em seu contexto apropriado, Deus ama o sexo. Ele poderia ter escolhido a cegonha como meio de procriação, mas Deus tinha outros planos. Muitas vezes pode parecer que o assunto da castidade se resume a um grande "não". Mas na verdade a castidade em um sentido mais profundo é um grande "sim". Quando confiamos em Cristo e seguimos seus planos descobrimos o que o demônio tenta nos esconder.

Considere esse exemplo:

Muitos secadores de cabelo vêm com uma etiqueta que explica: "não usar perto da água". Porque? - você pode se perguntar. Aparentemente muitas pessoas por aí pensavam que podiam se lavar e secar ao mesmo tempo. Os fabricantes se sentiram então obrigados a informar a todas as pessoas que essa não era uma boa idéia. Será que alguém ficou com raiva dos fabricantes de secador de cabelo? Claro que não! Eles apenas forneceram esta instrução porque eles fabricaram o secador, e sabem como ele funciona. Com certeza você é livre para usar no chuveiro se quiser, mas os criadores quiseram avisá-lo de que isso não teria um final feliz (Você pode até morrer de choque elétrico). Talvez o seu Criador esteja avisando de que maneira se deve praticar sua obra prima. Isso não apenas para prevenir um desastre, mas também de modo que você possa viver para glorificá-lo.

Isso tudo porque o sexo conjugal é sacramental

É isso mesmo: eu acabei de usar as palavras "sexo" e "sacramento" na mesma frase. Uma maneira de compreender um sacramento é pensar nele como um sinal exterior de uma graça interior. Deus nos concedeu os sacramentos para que não perdêssemos as coisas extraordinárias que ele quer fazer em nossas vidas! É uma maneira que temos de ver, ouvir, sentir e experimentar uma realidade sobrenatural que está acontecendo no interior das nossas almas. Nos sacramentos nos é dada a chance de testemunhar fisicamente uma realidade espiritual superior. O ato sexual dentro do contexto do matrimônio também pode ser pensado como um sinal visível de uma realidade invisível. Foi feito para nos fazer mais santos, para que possamos glorificar a Deus com nossos corpos. Isso significa que a relação sexual é um momento onde o casal recebe graças! No casamento podemos ser santificados através da união sexual.

No ato sexual dentro do matrimônio, Deus contribui com sua criação a fim de criar

É no ato sexual que nos tornamos co-criadores com Deus. Pare e pense sobre isso por um momento. É impressionante. Podemos ter uma noção do mistério da Trindade olhando para a estrutura da família. Na Trindade, Deus se revela como uma eterna comunhão de amor-doação. No matrimônio esse dom de si é expresso em um nível humano na união do casal. O sexo foi criado como uma manifestação exterior de uma realidade interior: o amor. O potencial desse intercâmbio é tão poderoso que nove meses depois você dá a ele um nome. Não, Deus não escolheu a cegonha; ele decidiu ao contrário nos envolver em seu poder criador.

Então, se você fosse o demônio, onde colocaria seu ataque mais estratégico sobre a humanidade?

O demônio tem conseguido sucesso em fazer o sexo parecer tão casual, e ao mesmo tempo nos fazer acreditar que é algo sujo. A pessoa comum provavelmente não tem idéia de que existe algo de santo no sexo. Se a sexualidade foi pensada para nos unir a Deus através da família, então satanás certamente acredita que deve fazer um grande esforço para distorcer essa realidade. Imagine que o plano de Deus para o amor e o matrimônio é como uma maravilhosa festa. O Senhor está diligentemente preparando este banquete para você, e mal pode esperar para recebê-lo assim que ele estiver pronto. Por outro lado, o demônio tenta nos dissuadir de esperar, nos tentando a se banquetear com carne crua. Nós temos a liberdade de esperar por aquilo que está por vir, ou ceder para o que é fácil e rápido. Deus tem planos incríveis para você. A questão é: você vai dizer sim?



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Katie Hartfiel é uma autora e palestrante dedicada a compartilhar o intenso amor de Deus. Ela se formou na Universidade Franciscana de Steubenville, onde recebeu diploma de Teologia. Serviu em grupos de jovens por sete anos em Houston, onde hoje reside com seu marido, Mark, e suas duas filhas. Em 2012, Katie lançou seu primeiro livro, Woman in Love (Mulheres apaixonadas) disponivel em womaninlove.org.




Traduzido de: chastityproject.com/2014/08/say-yes-sex/

domingo, 27 de julho de 2014

5 mitos sobre masturbação


Tenho lido alguns livros, e até mesmo feito cursos sobre o assunto, mas nada poderia ter me preparado completamente para dar um curso de Teologia do Corpo para 150 adolescentes, por um ano.

Palavras não podem descrever como é uma sala cheia de garotos de 14 anos tentando discutir com maturidade a mecânica do sistema reprodutivo masculino.

Um dia, quando a aula estava terminando, um dos estudantes me perguntou uma questão que eu pensei que fosse uma piada. Ele queria saber se era verdade que a pessoa explode caso não se masturbe regularmente.

Custou um pouco para que eu percebesse que ele estava sendo completamente sério, e foi então que eu percebi que nosso mundo se tornou um mundo muito confuso.

Aqui estão cinco mitos sobre masturbação que eu acredito terem infectado nossa cultura:

Mito nº 1: Só homens se masturbam

Muito embora sejam os rapazes a fazer piadinhas sobre masturbação, a verdade é que esse é um assunto que também afeta muitas mulheres. Assim como acontece em outros assuntos ligados à sexualidade, o que é assunto de piadas para os homens é fonte de vergonha para as mulheres que sofrem com isso.

Até mesmo nos grupos de jovens, as palestras sobre castidade para os rapazes geralmente incluem o tema da masturbação, enquanto para as mulheres infelizmente esse assunto não é abordado com a mesma frequência.

Mito nº 2: Isso não pode ser pecado, é "natural"

A existência de algo na natureza nunca é um bom argumento para assuntos morais. Já ouvi gente usando esse argumento depois de descobrir que certos animais se masturbam.

Qualquer pessoa que tenha andado por aí pode confirmar que os animais fazem um monte de coisas estranhas. Já vi cachorros comendo o próprio vômito e macacos que brincam com seus excrementos, mas nenhuma dessas coisas "naturais" deve ser um exemplo a inspirar imitação.

Mito nº 3: Não faz mal a ninguém

Tudo que fazemos nessa vida serve como treinamento, seja para a virtude ou para o vício. Cada atleta, músico, ator ou atirador poderá lhe confirmar como a prática é importante. A masturbação nos treina a pensar que o desejo sexual é algo que deve ser satisfeito imediatamente, e reforça a idéia de que o sexo não passa de gratificação egoísta e instantânea.

Amar significa se doar e sacrificar os próprios desejos em prol de outra pessoa, e a masturbação nos treina para o contrário: fazer o que quer que seja, contanto que nos sintamos bem. A masturbação destrói lentamente, porém com eficácia, nossa habilidade em dar e receber amor verdadeiro.

Mito nº 4: É apenas uma maneira de aliviar as tensões sexuais

Você já leu nos jornais aquela história sobre o adolescente que entrou em combustão por causa da tensão sexual acumulada? Não? Eu também não. Simplesmente porque isso não existe. De acordo com essa lógica, as pessoas que se masturbam seriam as pessoas mais sexualmente puras e em paz que existe.

Isso seria mais ou menos como falar para alguém controlar a raiva esmurrando outra pessoa, porque seria uma boa maneira de "aliviar as tensões". Não vale a pena sentir a culpa, a vergonha e a solidão que estão ligada ao pecado apenas por uma sensação momentânea de alívio.

Mito nº 5: É só uma fase que você está passando

Assim como acontece com todos os pecados, a masturbação não vai simplesmente embora com o tempo. Na verdade ocorre o oposto: quanto mais fazemos, mas nos tornamos escravos do hábito. Não é um problema que desaparece magicamente com o casamento.

Há tantos casamentos que foram arruinados por causa do vício da masturbação de um dos cônjuges... Quando um marido ou uma mulher se volta a si mesmo para gratificação sexual, o outro cônjuge vai naturalmente se sentir inadequado(a).

Mas saiba que há esperança, independente de seu passado, de seus hábitos, ou de sua falta de força de vontade.

Deus não está torcendo por você à distância; Ele vive em você para lhe dar força onde você é fraco. Corra para o Sacramento da Reconciliação (confissão) e você encontrará cura e liberdade.

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Brian Kissinger vive em Fairfax, Virginia, Estados Unidos, onde serve como coordenador de grupo de jovens e ensina Teologia do Corpo nas escolas.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Quatro dicas para encontrar o verdadeiro amor (para homens)



Embora eu seja um homem, acho muito mais difícil ajudar os homens do que as mulheres quando se trata de amor e relacionamentos. Aprender lições sobre amor e masculinidade reque um certo grau de reflexão pessoal. Aprender a ser um homem que ama requer ficar aos pés da cruz e aprender do Rei, que nos criou como homens e que assumiu a masculinidade em sua própria carne.

Há muito dias atrás escrevi um post chamado "Quatro dicas para encontrar o verdadeiro amor (para mulheres)". Estou casado há 8 anos, além dos mais de 4 anos de namoro. As lições que aprendi sobre as mulheres e sobre o amor eu devo inteiramente às lições que aprendi tentando amar minha esposa.

Tive que parar e refletir um pouco sobre o tema na perspectiva dos homens. O que poderia lhes dizer sobre encontrar o verdadeiro amor? Aqui estão minhas conclusões:

Sua força não está no que você faz, mas em quem você é

Os homens entendem a força como algo que é desejável possuir - e com razão. Deus fez os homens para que eles tivessem força. Nossos corpos são geralmente fisicamente mais fortes do que os das mulheres. E por encontrarmos força em nosso corpo, podemos nos sentir tentados a medir nosso valor apenas no que conseguimos conquistar com o trabalho de nossos corpos. Mas força e valor não dependem do que fazemos - não podemos ganhar nosso valor e nossa força. A força é encontrada em se tornar um homem de virtude e de integridade. É o sucesso em se tornar um grande homem.

As mulheres devem ser amadas por quem são, e não pelo que podem fazer por você

Nossa cultura ensina aos homens que as mulheres são algo a ser conquistado. Um verdadeiro homem não conquista a beleza de uma mulher - ele a cuida e a protege. As mulheres são pessoas com esperanças, sonhos e a habilidade de amar e ser amadas. Quando a tratamos como objetos para o prazer - seja em um relacionamento ou através da fantasia e da pornografia - nós destruímos nossa capacidade de amar, porque fazemos da pessoa um meio para um fim, ao invés de uma pessoa a ser valorizada e amada.

Fique longe de mulheres que colocam apenas nos seus ombros todos os desejos de felicidade que ela tem

Há uma enorme diferença entre esperar que seu futuro marido vá lhe levar à felicidade e estar convencida de que seu futuro marido vai lhe trazer felicidade. Muitas mulheres caíram na mentira do "príncipe encantado". Elas estão por aí esperando que um rapaz venha e case com elas para que possam viver felizes para sempre. Mulheres que caem nessa mentira se tornam emocionalmente dependentes do homem, e sua integridade fica facilmente prejudicada. Uma mulher que pode te levar para o altar é uma mulher que já esteve lá inúmeras vezes antes (em oração), porque ela compreende que a futura felicidade está em Cristo na eternidade, e ela está disposta a colocar sua confiança em você, para que você a leve até Ele.

Uma relação com Deus vai lhe ensinar a amar. É a conquista mais importante que você jamais terá na vida

São Paulo ordenou que os homens amassem suas esposas como Cristo amou a Igreja (Efésios 5). Jesus lavou os pés da Igreja. Ele se sacrificou e morreu pela Igreja. Quando passamos nossa vida aos pés da cruz em oração aprendemos a fazer o mesmo pela mulher que amamos.

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Everett Fritz trabalha em um ministério jovem, possui formação em Teologia Pastoral com concentração em Catequese e Evangelização. É formado em Teologia pela Universidade Franciscana de Steubenville. Everett reside em Denver com sua mulher Katrina e seus três filhos. Seu site é http://everettfritz.com/

* Traduzido de: http://chastityproject.com/2014/07/four-keys-finding-love-men/
(C) Chastity Project

sábado, 19 de julho de 2014

A coisa mais importante que podemos fazer juntos


Coloque-se no lugar de Teresa. Em sua frente está esse jovem rapaz que finalmente criou coragem para pedir para sair com ela, o que obviamente custou até a última gota de sua coragem. Porém, mas começaram a sair juntos, ele claramente se prepara para pedir algo mais.

O que será?

Finalmente, ele diz: "Podemos rezar juntos?"

Ela, na verdade, riu na cara dele. Mas foi uma coisa natural. Ele é tão fofo! Claro que ela vai rezar com ele. E então, sua voz falhando, ele começa a rezar a Ave Maria com ela.

No meio da oração, ele esquece as palavras. Não seria grande problema, a não ser pelo fato de que ele é um ex-seminarista, e agora estava dando palestras sobre a fé católica. Ele fala para grupos numerosos de paróquias por todo o país, mas agora se apresenta tão nervoso ali rezando com ela, tanto que esquece a segunda oração católica mais conhecida do mundo depois do Pai Nosso.

Bem... sim... claro que esse rapaz desastrado era eu. E... sim... Teresa se casou comigo, apesar de meus esquecimentos.

Mas por que foi tão difícil pensar em rezar juntos como um casal? Talvez não seja surpreendente porque. Rezar juntos pode, na verdade, ser uma coisa mais íntima do que sexo. Você tem que compartilhar sua alma. Não é fácil de fazer isso. É muito mais fácil não dizer nada.

Mas você tem que superar esse sentimento de estranheza. A fé sem a oração é apenas um hobby. E a oração, na verdade, é a coisa mais importante que vocês jamais vão fazer juntos enquanto casal.

Como eu sei disso? É científico. E é teológico.

Hoje em dia se vê muitas estatísticas furadas na internet. Mas pesquisas confiáveis mostram que os casais que rezam juntos têm 35% a menos de chance de acabar em divórcio. E isso é uma diferença maior do que você pode pensar ou conseguir com qualquer outro fator em suas vidas.

Mas embora manter seu casamento estável seja muito importante, eu não acho que essa seja a razão principal para vocês rezarem juntos. Lembrem-se disso: o destino de vocês é o céu, e você quer viver a eternidade ali. E a eternidade é muito tempo!

Seu casamento é a escola onde você vai aprender a viver no céu. Você aprende a colocar Deus no centro, e seu relacionamento floresce. O amor domina você. Isso é o céu. Isso faz a oração ser tão importante, não é mesmo? Então, pense nisso. Pense em todos os aspectos. Veja como é importante rezar juntos. Porque enquanto vocês não perceberem que é a coisa mais importante que vocês jamais farão juntos, não vai acontecer. Eu conheço a natureza humana. Vocês estarão muito ocupados. Não vão querer começar um diálogo constrangedor.

Comecem com sete minutos por dia. É um número legal, fácil de lembrar, e dificilmente vai tirar o tempo de fazer todas as coisas que vocês precisam fazer. Mas rezar por mais tempo é bom. Menos tempo também está legal. Apenas comecem. Passar por esse primeiro passo de começar é que é o mais importante.

"Não vai ser estranho?" alguém me perguntou uma vez. "Estamos casados há 13 anos, e agora... isso...". Sim, vai ser estranho. Vocês estão falando com Nosso Senhor juntos, a fonte de todo amor. Vocês vão ter tanta vergonha quanto no primeiro encontro. Mas esse encontro valeu a pena, não é mesmo?

Quando vocês devem rezar? Logo antes de dormir pode ser uma boa hora, mas se vocês estiverem realmente cansados, pode ser muito fácil de esquecer ou desistir. Tentem encontrar uma hora em que ambos se sintam bem despertos.

Como devemos rezar? São João Paulo II tinha uma resposta bem fácil para essa pergunta: "Eu devo dizer: reze da maneira que quiser, contanto que reze". Talvez, comecem com o Pai Nosso. Então peçam a Deus que os ajude a amá-lo mais amanhã do que amaram hoje. Eu sempre digo às pessoas que terminem com a Ave Maria. (Se você lembrar das palavras...)

E quando começar? Essa é fácil: comecem agora!

Sem desculpas. Se você atrasa um dia, pode atrasar um ano.

Comecem a rezar juntos agora - não importa se estão namorando, noivos, ou casados. Não importa se é pelo telefone ou pessoalmente. Vocês estarão fazendo a melhor coisa para vocês dois. Você vai estar fazendo a melhor coisa para seu casamento. E você vai estar pronto para o céu quando Deus o chamar e você tiver que responder.

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Jon Leonetti é um palestrante católico conhecido internacionamente, autor de livros e apresentador de programas de rádio. Traduzido de Chastity Project: http://chastityproject.com/2014/07/single-important-thing-youll-ever-together/

domingo, 6 de julho de 2014

Por que no pedido de casamento o homem deve estar de joelhos?


Há cerca de um ano atrás estava viajando com um grupo de amigos. Eu me lembro que uma amiga me cutucou e chamou minha atenção para um jovem casal que estava a uma certa distância.

A jovem mulher estava olhando para ele, com suas mãos cobrindo sua boca em uma expressão de surpresa. O jovem rapaz tinha um lindo anel de diamante em suas mãos, e estava com um joelho apoiado no chão, olhando para ela. Na mesma hora já sabíamos o que estava acontecendo, por causa daquele gesto característico.  Ele estava pedindo a ela para passar o resto de sua vida com ele no matrimônio.

Fazemos genuflexão na Igreja, e em frente de reis e rainhas, mas por que um homem faz o mesmo gesto diante da mulher a quem ama?  E por que devemos manter essa conhecida tradição?

A origem dessa tradição é incerta, mas já se faz presente há séculos. Os católicos fazem a genuflexão antes de sentar em seu lugar na Igreja, colocando um joelho no chão, como sinal de respeito pelo tabernáculo onde está a Eucaristia. Os cavaleiros se ajoelham diante do rei quando vão receber alguma homenagem, e quando se apresentam demonstrando respeito e honra à realeza. Na guerra, o exército vencido se ajoelha diante do exército vencedor da batalha em sinal de rendição.

Respeito. Honra. Rendição. Submissão. Essas são as razões pelas quais o homem se ajoelha ao pedir em casamento. Em sinal de respeito, o homem se curva em um ato de humildade diante da mulher com quem deseja passar a vida toda.

Há ainda outro significado. Quando está ajoelhado, o homem está na altura do ventre da mulher, onde está o santuário da vida. Ele está honrando o corpo dela, e honrando a criação de Deus, que merece ser venerada. O homem está se rendendo e comprometendo o resto de sua vida a amar sua esposa. Ele está entregando sua solteirice e entrando na paternidade ao se comprometer na criação dos filhos com ela, e em permanecer fiel a ela em todas as coisas.

Eu não sei onde aquele casal está agora. Da última vez que os vi, estavam nos degraus de uma escadaria discutindo como contar para suas famílias a boa notícia. Eu não sei se eles tinham consciência da beleza e do significado desse gesto de colocar um joelho no chão, mas eu rezo para que ela tenha compreendido o dom de si que ele fez para ela.

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Hannah Crites é estudante de Teologia e Comunicação Social na Universidade Franciscana de Steubenville (EUA). Conheça mais artigos dela em:  http://youngcatholiccentral.wordpress.com/

Traduzido de: http://chastityproject.com/2014/07/men-purpose-one-knee/