domingo, 29 de agosto de 2010

Masturbação e pornografia: como parar de se masturbar

Por Raymond Lloyd Richmond, Ph.D.

Perguntas e Respostas

Há cerca de um ano atrás eu fui para a confissão, e disse ao Padre que me masturbava e que via pornografia. Disse também o número de vezes, e também que já tinha ido comungar antes de confessar esses pecados. O padre então me disse que nada daquilo era pecado mortal no meu caso, porque aquilo estava me levando para o amor, e que eu devia continuar a comungar. O que dizer disso? Essa resposta me confundiu. De qualquer modo, continuo a ter problemas com esses vícios, e não sou capaz de resistir às tentações. Ainda vejo pornografia e ainda me masturbo. O que é que não consigo compreender, ou qual minha motivação por trás desse desejo, e por que não consigo parar?


Você já ouviu o ditado: “Com um amigo desses, você não precisa de inimigos”. Olha, com um padre como esse que você encontrou, você não precisa de demônios que tentam perder a sua alma. Jesus Cristo disse a Pedro: “Alimentai minhas ovelhas” (João 21, 15-19). No entanto, padres como esse estão alimentando suas ovelhas entregar para os lobos!

Ponto de vista teológico

Esse padre está errado teologicamente porque (a) o próprio Jesus Cristo nos disse que a luxúria – mesmo a luxúria apenas no coração – é um pecado mortal (1), segundo Mateus 5, 28. Ele também está errado porque (b) a Tradição da Igreja Católica preservou o ensinamento de Cristo através das gerações, e porque (c) o Catecismo da Igreja Católica (parágrafos 2351 a 2354) continua confirmando esse ensinamento.

Ponto de vista psicológico

Além disso, esse padre está errado psicologicamente, porque ele não entende o que é, realmente, o amor.

Auto-estimulação autística (ou seja, masturbação), não é uma questão de amor, é uma degradação do amor. O verdadeiro amor não busca nada para si próprio; ao invés, o verdadeiro amor é um ato de auto-sacrifício em prol da salvação das outras almas. A masturbação quer tudo para si; é uma forma sutil de vingança por não ter recebido o amor dos seus pais – especialmente o amor do pai.

Quando era criança, você se sentiu sozinho e abandonado, e teve que resolver as coisas com as próprias mãos. Você, basicamente, teve que crescer por si mesmo, sem a orientação dos pais. Então agora, já adulto, quando você se sente incapaz, sozinho, e abandonado, o que você faz? Você resolve as coisas com as próprias mãos – literalmente.


A pornografia surge da necessidade de depreciar uma “outra” pessoa. Na superfície, parece que a pornografia é apenas uma questão de prazer erótico. Mas quando o corpo humano se torna um brinquedo biológico, ele perde toda a dignidade humana, e sua degradação é um ato de agressão. A hostilidade pode ser inconsciente, ou pode ser abertamente violenta, mas, seja qual for o caso, tem sua raiz no ressentimento. E a quem esse ressentimento é dirigido? Como em todas as coisas psicológicas, o ressentimento se volta contra os pais. Lá no fundo, debaixo de toda aquela aparente excitação, e apesar da atração pelo que está sendo visto, existe escondida no escuro uma necessidade de machucar e insultar – “voltar a” – o que está por trás das cenas: uma mãe que devorou, rejeitou, ou abandonou, ao invés de cuidar; ou um pai que deixou de ensinar, guiar e proteger.

O erro nos fatos

Finalmente, esse padre está errado na própria realidade dos fatos, porque seu conselho não lhe ajudou em nada, além de confundir você.

Então, por que você se masturba?

O desejo de se masturbar

A ânsia em se masturbar começa porque, de algum modo, você tem se sentido incapaz, sem esperança, ou desfavorecido. Ela cresce em você por causa da (a) raiva inconsciente dos pais por eles não terem cuidado de você com amor verdadeiro, e (b) raiva inconsciente de si mesmo por se sentir tão incompetente devido à falta de amor verdadeiro. Esses sentimentos de desesperança e vazio variam em seus detalhes, de pessoa para pessoa e de situação para situação. Mas a questão é que, ao invés de se voltar para Deus na hora da sua dor emocional, você se deixa levar pelo desejo de resolver as coisas com as próprias mãos e se aliviar você mesmo do próprio desespero. Literalmente.

Onde está o amor nisso tudo? Esse tipo de comportamento não leva você ao amor, ele arrasta você direto para o hedonismo sado-masoquista do inferno.

O processo de cura

Para ficar curado dessa escravidão, primeiro aprenda a reconhecer esses sentimentos de desesperança e vazio, logo quando começam a aparecer. Perceba como eles se manifestam nas suas circunstâncias particulares. Será que eles surgem porque você está sobrecarregado de obrigações, sem assistência e orientação adequada, de modo que você se sente fatigado e solitário? Será que eles são uma questão de se sentir ofuscado pelos outros, de se sentir insultado e esquecido? Será que eles surgem a partir da sua própria confusão interior e da sua falta de confiança, de modo que você se sente preso e frustrado? Ou será que o problema está em outra questão?

Daí, então, transforme os sentimentos em linguagem; ou seja, explique conscientemente para si mesmo como esses sentimentos se conectam a sentimentos similares da sua infância. Lembre-se dos verdadeiros eventos da sua infância que fizeram surgir esses sentimentos, e descreva-os em detalhe.

Por fim, junte tudo isso e leve para a presença de Jesus Cristo, em oração. Peça que Ele lhe dê coragem e força para seguir em frente no meio desses sentimentos dolorosos, até alcançar a confiança na proteção divina. Procure a humildade da confiança, e não a satisfação de competir com os outros para fazer você se sentir mais forte. Admita sua miséria, e peça a graça para amar e para rezar por todos – mesmo seus inimigos – apesar do tratamento errado que você recebeu dos seus pais na infância, e que continua a receber, mesmo agora, de outras pessoas. E peça a Deus que o desejo de ter e sentir o verdadeiro amor cresça em você, e se sobreponha a todos os outros desejos.
Faça isso e você não apenas vai compreender o amor, você vai começar a vivê-lo.

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(1) Imagens eróticas passageiras que surgem espontaneamente em sua mente, entretanto, não necessariamente são pecados mortais, a não ser que você insista neles para obter prazer. Todas as fantasias passageiras são produtos intelectuais, e não atos da vontade; ou seja, eles são produtos da psicologia defensiva do inconsciente. Através de um cuidadoso exame (como descrevi no resto de minha resposta) você pode usar a ocorrência de tais fantasias para ajudá-lo a compreender suas dificuldades emocionais atuais.
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Traduzido de: http://www.chastitysf.com/q_masturbation.htm

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vídeo - Paternidade Cristã

Pe. Theodore Lange fala sobre a paternidade cristã e a importância do pai na transmissão da fé para os filhos.



Link para You Tube:
http://www.youtube.com/watch?v=fMZJqBLHb6w

Você conhece os vídeos do Canal "Vida e Castidade" no You Tube?
http://www.youtube.com/user/VidaeCastidade

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O impacto da pornografia no casamento e na família

Por Jill Manning

Discurso ante a Subcomissão de Direitos Constitucionais, Civis e de Propriedade do Senado americano 9 de novembro de 2005
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Obrigado, distintos membros da Subcomissão. Agradeço a oportunidade de falar aqui aos Senhores.

Desde o advento da Internet, a indústria pornográfica tem se beneficiado de uma proximidade sem precedentes com os ambientes do lar, do trabalho e da escola. Como conseqüência, casais, famílias e indivíduos de todas as idades vêm sendo impactados pela pornografia de maneiras novas e frequentemente devastadoras.

Embora muitos pais trabalhem diligentemente para proteger sua família de materiais sexualmente explícitos, uma pesquisa patrocinada pelo Congresso mostrou que a pornografia pela Internet tem sido “muito intrusiva” [1]. Além disso, sabemos que uma variedade de práticas ilegais, fraudulentas e anti-éticas vem sendo usadas a fim de atrair novos clientes e erotizar atitudes que minam a saúde pública e a segurança. Esta investida em busca do lucro compromete o bem-estar de nossa juventude, e viola a privacidade daqueles que não desejam ficar expostos.

Alguns importantes especialistas no campo das adições (vícios) sexuais declaram que a atividade sexual on-line “está explodindo, e é um veneno para a saúde pública, em parte porque bem poucos a reconhecem como tal ou a levam a sério” [2].

As pesquisas mostram muitos efeitos sistemáticos da pornografia pela Internet, e que estão minando uma já vulnerável cultura do casamento e da família. Ainda mais perturbador é perceber que as primeiras gerações que cresceram usando a Internet ainda não atingiram a plena maturidade, portanto o alcance desses impactos ainda está por ser constatado. Adicionalmente, as numerosas pesquisas sobre os efeitos negativos apontam que é extremamente difícil, se não impossível, cidadãos comuns ou famílias combaterem sozinhas.

Este discurso não está fundamentado em relatos casuais baseados em pontos de vista pessoais, mas sim em achados de estudos publicados em revistas científicas reconhecidas. Eu entreguei à comissão um resumo dessa pesquisa, e peço que seja incluído nos autos.

A relação conjugal é um ponto lógico a ser examinado, pois consiste no fundamento da unidade familiar, e a união sexual é facilmente desestabilizada por influências externas à aliança marital. Além do mais, a pesquisa mostra que a maioria dos usuários de internet é casado, e a maioria das pessoas que procura ajuda para comportamentos sexuais problemáticos são homens heterossexuais casados. A pesquisa indica que a visualização e o consumo de pornografia pela internet está ligado aos seis tópicos seguintes, entre outros:

1. Aumento dos conflitos conjugais, com risco de separação ou divórcio;
2. Diminuição da intimidade conjugal e da satisfação sexual;
3. Infidelidade;
4. Desejo crescente por tipos mais explícitos de pornografia e atividade sexual associados com práticas abusivas, ilegais ou perigosas;
5. Desvalorização da monogamia, do casamento e da criação dos filhos;
6. Aumento no número de pessoas que lutam contra comportamentos sexuais compulsivos e aditivos (viciantes).

Estas tendências refletem um grupo de sintomas que prejudicam o fundamento sobre o qual os casamentos e as famílias bem sucedidas estão estabelecidas.

Enquanto a união matrimonial é a relação mais vulnerável à pornografia pela Internet, as crianças e adolescentes são o público mais vulnerável.

Quando uma criança vive em um lar onde um adulto está consumindo pornografia, ele ou ela encontra os seguintes riscos:

1. Diminuição da atenção e do tempo gasto pelos pais para com ele;
2. Aumento no risco de encontrar material pornográfico;
3. Aumento no risco de separação ou divórcio dos pais;
4. Aumento no risco de perda de emprego dos pais ou problemas financeiros.

Quando uma criança ou adolescente fica diretamente exposto à pornografia, os seguintes efeitos foram documentados:

1. Respostas emocionais traumáticas ou permanentemente negativas;
2. Precocidade maior da primeira relação sexual, aumentando portanto o risco de contrair DST’s ao longo da vida;
3. A crença de que a satisfação sexual plena é conseguida sem ter afeição pelo parceiro, reforçando, portanto, a comercialização do sexo e a objetificação de seres humanos;
4. A crença de que estar casado ou ter uma família são prospectos negativos;
5. Aumento no risco de desenvolvimento de compulsões sexuais e de comportamento aditivo (de vício);
6. Aumento no risco de exposição a informações incorretas acerca da sexualidade humana, muito antes que um menor seja capaz de contextualizar essas informações do modo que um cérebro adulto é capaz;
7. Aumento na ocorrência de práticas menos comuns (por ex.: sexo em grupo, bestialidade, ou atividade sado-masoquista).

Os Estados Unidos estão colocados entre os maiores produtores e consumidores de pornografia no mundo, e por isso o governo federal tem uma oportunidade única no sentido de ser o pioneiro em lidar com esse problema e seus danos.

Isso poderia incluir uma variedade de ações, por exemplo:

- Educar o público sobre os riscos do consumo de pornografia;
- Apoiar pesquisas que examinem os aspectos atualmente conhecidos da pornografia pela Internet;
- Alocar recursos para dar suporte a leis já em vigor, e por fim
- Implementar legalmente soluções técnicas que possam separar o conteúdo da Internet, permitindo aos consumidores escolher o tipo de conteúdo legal a que desejam ter acesso.

Concluindo, estou convencido de que a pornografia pela Internet está prejudicando as novas gerações de tal modo que suas chances de usufruir e manter relacionamentos duradouros estão sendo destruídas. Espero que este comitê venha a ponderar cuidadosamente medidas para reduzir os danos associados com a pornografia pela Internet. Agradeço ao comitê pela oportunidade de falar, e estou à disposição para suas perguntas.
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[1] Mitchell, K. J., Finkelhor, D., Wolak, J. (2003). The Exposure of Youth to Unwanted Sexual Material on the Internet: A national survey of risk, impact, and prevention. Youth Society, 34(3), pp. 330-358.

[2]Cooper, A., Delmonico, D. L., Burg, R. (2000). Cybersex users, abusers, and compulsives: New findings and implications. Sexual Addictions Compulsivities, 7, 5-29.
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A Dra. Jill Manning é uma terapeuta de família que atende pessoas, casais e famílias que possuem uma variedade de dificuldades de relacionamento, questões d emudança de vida e crises pessoais. Suas áreas de especialidade incluem: comportamentos sexuais problemáticos, pornografia pela Internet, esposas de viciados em pornografia, ansiedade, depressão, distúrbios alimentares, luto e saúde mental feminina.
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Traduzido de: http://www.heritage.org/Research/Testimony/Pornographys-Impact-on-Marriage-amp-The-Family