A Igreja Católica é freqüentemente ridicularizada – ou pior – por se opor aos preservativos
Pelos Editores do National Catholic Register
A Igreja Católica é freqüentemente ridicularizada por se opor aos preservativos. Sempre nos falam que a Igreja irracionalmente se apega a dogmas, enquanto pessoas reais perdem suas vidas por conta da AIDS.
É hora de entrar na ofensiva. A Igreja possui uma resposta para a epidemia de AIDS que pode salvar vidas. Os promotores dos preservativos é que, na verdade, estão se apegando a um dogma ridículo e desacreditado, à custa de vidas inocentes.
Olhe para a África. Quase todo país nesse continente promoveu vigorosamente os preservativos para tentar conter a epidemia de AIDS. Em nenhum deles a epidemia parou – nem sequer diminui, ao menos.
Uma nação africana – Uganda – por outro lado, experimentou o maior declínio dos casos de HIV entre todos os países do mundo, segundo mostra a Heritage Foundation. Estudos mostram que, entre 1991 a 2001, os níveis de infecção por HIV em Uganda caíram de cerca de 15% para 5%.
“O modelo de Uganda tem muito a ensinar ao resto do mundo”, diz Edward Green, um pesquisador sênior em Harvard, e autor de “Rethinking AIDS Prevention “ (Repensando a prevenção da AIDS). “Essa política deveria guiar os programas de desenvolvimento na África e no Caribe”.
O modelo de Uganda enfatiza que a abstenção de sexo fora do casamento foi a única maneira efetiva para a maioria das pessoas a fim de reduzir os riscos de exposição ao vírus da AIDS. O cientista social Joe Loconte diz que Uganda tem quatro lições para ensinar ao mundo, se ete estiver disposto a aprender:
1. Comportamentos sexuais de alto risco podem ser desencorajados e substituídos por estilos de vida mais saudáveis.
2. A fidelidade e a abstinência marital parecem ser os fatores mais importantes na prevenção da AIDS.
3. Os preservativos não são o fator principal na redução da transmissão do HIV. O programa de Uganda oferecia preservativos como uma última opção, principalmente para grupos de alto risco. A abstinência foi exclusivamente promovida para o público jovem – e funcionou.
4. As organizações religiosas são a chave na luta contra a AIDS.
E, ainda assim, a opinião da maioria das elites culturais é que os preservativos são a solução.
Deveria ser óbvio que eles estão errados.
Imagine que os operadores de montanha-russa decidiram remover todas as barras de segurança de seus carrinhos. Ao invés das barras, decidiram colocar simplesmente um aviso dizendo, “Faça uma viagem segura na montanha-russa! Traga um cinto e se amarre à sua cadeira. Aviso: Se você não conseguir fazer isso, poderá se machucar, ou mesmo morrer!”.
O que aconteceria? Crianças morreriam. Pais ficariam indignados. Ninguém espera que todos os adolescentes que saem por aí no parque de diversões tenham maturidade suficiente e auto-controle para se prevenir e ir procurar um cinto de segurança antes de entrar na montanha-russa. Se os governos respondem distribuindo cintos de segurança nas escolas, mesmo assim os pais não ficariam satisfeitos.
Porém, no que se refere ao chamado “sexo seguro”, muitos estão contentes com a abordagem do “aviso”.
Os adolescentes vivem em um mundo em que o sexo é propagado e promovido na televisão, em filmes e na música. E, na verdade, há uma epidemia mundial de doenças sexualmente transmissíveis, deixando claro que as pessoas podem ficar doentes, ou, no caso da AIDS, podem morrer.
Não faz sentido simplesmente dizer aos adolescentes que se lembrem de usar um preservativo. Os adolescentes raramente são responsáveis o suficiente para fazer suas camas toda manhã. Por que esperamos que, no calor da paixão, depois de dar nossa aprovação tácita do sexo pré-marital, eles usem um preservativo? O método mais efetivo, para começo de conversa, é começar a dizer para as pessoas que o sexo fora do casamento não é – e não é mesmo – saudável, nem física, nem moral nem emocionalmente.
Foi isso que fez Uganda. A epidemia de AIDS nesse país foi contida quando sua cultura começou a propagar a mesma mensagem, de classes colegiais, a igrejas e palestras em comunidades, chegando ao rádio, mídia impressão e programas de televisão. Essa mensagem: Guardem o sexo para o casamento, que é o lugar dele. É loucura pretender que haja sexo seguro que não seja desse modo, nos dias de hoje. “Criaram o que os pesquisadores chamam de ‘vacina social’ contra o HIV”, escreveu Joe Loconte, “um esquema de valores culturais que incentivavam atitudes e comportamentos sexuais responsáveis”.
Como resultado, a Pesquisa Demográfica e de Saúde de Uganda, em 200-2001 mostrou que 93% dos habitantes mudaram seus comportamentos sexuais para evitar a AIDS.
Os Católicos não devem ter medo de insistir que a abstinência é a resposta correta para a epidemia de doenças venéreas que se espalha pelo mundo. A nossa é a única resposta que salva vidas.
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Artigo disponível em inglês no site: National Catholic Register
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