segunda-feira, 30 de março de 2009

Problemas que podem surgir no seu namoro - se isolar dos outros

Por Joshua Harris

O namoro às vezes isola os dois de outros relacionamentos vitais

Na época em que Gabriel e Janete (*) estavam namorando, eles não precisavam de mais ninguém. Se fosse pra passar um tempo a mais com a Janete, Gabriel não se importava de perder o estudo bíblico de quarta à noite com os colegas. Janete nem se preocupava em pensar como estava conversando pouco com sua irmã mais nova e com sua mãe, agora que estava namorando com Gabriel. Nem percebia que, nas poucas vezes que falava com elas, sempre começava as frases com “Gabriel isso...” e “Gabriel disse tal coisa...”. Sem ter intenção, ambos bobamente e egoisticamente se isolaram de outros relacionamentos.

Por sua própria definição, o namoro envolve duas pessoas que se voltam uma para a outra. Infelizmente, em muitos casos o resto do mundo fica muito para trás. Se você já se sentiu deslocado(a) na presença de dois amigos que estão namorando, você sabe como isso é verdade.

Ainda bem que, de todos os problemas que um namoro pode ter, esse é dos mais fáceis de resolver. Ainda assim, os cristãos precisam levar esse problema a sério. Por que? Porque quando permitimos que uma relacionamento ofusque outros, estamos saindo fora de perspectiva. Em Provérbios 15, 22 lemos que, “Os projetos falham por falta de conselho, porém com muitos conselheiros eles conseguem bom êxito”. Se tomamos nossas decisões na vida somente com base na influência de um relacionamento, provavelmente faremos julgamentos precários.

É claro que cometemos esse mesmo erro em muitos outros relacionamentos não românticos. Porém é no namoro que ele aparece com mais frequência, pois esses relacionamentos envolvem nosso coração e nossa emoção. E, por ser um namoro, envolvendo os planos de um casal, normalmente assuntos relevantes relacionados a casamento, família e fé estão em jogo.

E quando duas pessoas não têm clareza de seu nível de compromisso, eles estão particularmente em situação de risco. Você se coloca em uma posição precária quando se isola das pessoas que o amam e sustentam por se lançar inteiramente em um relacionamento romântico sem base em nenhum compromisso. Em “Paixão e Pureza”, Elisabeth Elliot diz, “Enquanto um homem não estiver preparado para pedir uma mulher em casamento, que direito ele tem de exigir sua atenção exclusiva? Enquanto não tiver sido pedida em casamento, porque uma mulher sensível prometeria a um homem sua atenção exclusiva?”. Quantas pessoas, depois que terminam um relacionamento de namoro, descobrem que seus laços com outros amigos estão quebrados?

Quando Gabriel e Janete decidiram, em comum acordo, terminar o namoro, ficaram surpresos ao ver como estavam longe dos outros amigos. Não é que seus outros amigos não gostassem deles; eles sequer os conheciam mais. Nenhum dos dois chegou a investir nada nessas amizades na época em que se concentravam no namoro.

Talvez tenha acontecido algo parecido com você. Ou talvez você tenha passado pela dor e frustração de ter sido relegado a um segundo plano por causa da namorada ou namorado do amigo ou amiga. A atenção exclusiva tão esperada em namoros tem a tendência de roubar das pessoas a paixão por servir à Igreja, e de isolá-los do resto das pessoas que os amam, os membros da família, que são os que os conhecem melhor, e, infelizmente, até mesmo Deus, cuja Vontade é muito mais importante que qualquer interesse romântico.

(*) Nomes fictícios.
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Trecho do artigo "Seven Habits of the Highly Defective Datings", traduzido e adaptado do site Catholic Education Resource Center

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