Por Christopher West
A tese do Papa, se nos aprofundarmos apropriadamente nela, com certeza revolucionará a maneira com que compreendemos o corpo humano e a sexualidade. “O corpo – e ele sozinho já basta para isso – ”, diz João Paulo II, “é capaz de tornar visível o que é invisível, ou seja, o espiritual e o divino. Eles foi criado para transferir para a realidade visível do mundo o mistério invisível escondido em Deus desde tempos imemoriais, e, portanto, ser um sinal desse mistério” (20 de Fevereiro de 1980).
Um grande palavreado acadêmico, eu sei. O que isso significa? Sendo criaturas físicas, corporais, não podemos ver Deus. Ele é puro espírito. Mas Deus quis tornar visível para nós seu mistério, e para isso estampou em nossos corpos um sinal dele, criando-nos homem e mulher em sua própria imagem (Gen 1, 27).
A função dessa imagem é refletir a Trindade, “uma comunhão inescrutável de [três] Pessoas” (14 de Novembro de 1979). Portanto, em um desenvolvimento dramático do pensamento católico, João Paulo II conclui que “o homem se torna a ‘imagem e semelhança’ de Deus não apenas através de sua própria humanidade, mas também através da comunhão de pessoas que homem e mulher formam desde o princípio”. E o Papa acrescenta, “Em tudo isso, desde o ‘princípio’ descendeu a bênção da fertilidade, ligada com a procriação humana” (ibid.).
O corpo possui um “significado nupcial”, porque ele revela o chamado do homem e da mulher de tornarem-se um dom (uma dádiva, um presente) um para o outro, um dom plenamente realizado em sua união em “uma só carne”. O corpo também possui um “significado gerador” que (querendo a vontade de Deus) traz um “terceiro” para o mundo através dessa comunhão. Nesse sentido, o casamento constitui-se em um “sacramento primordial”, compreendido como um sinal que comunica verdadeiramente o mistério da vida e do amor trinitários de Deus para o marido e a mulher – e, através deles, para seus filhos, e, através da família, para o mundo inteiro.
É claro que, como observa o Catecismo, isso não significa que Deus seja “sexual”. Deus é “puro espírito no qual não há lugar para a diferenciação entre sexos. Mas as respectivas ‘perfeições’ de homem e mulher refletem algo da infinita perfeição de Deus (Catec. Ig. Católica, n. 370). É por isso que o Papa fala da sexualidade precisamente como um sinal do mistério de Deus. Seguindo as Escrituras, ele usa a união do homem e da mulher como uma analogia para ajudar a compreender algo do mistério divino. “O mistério [de Deus] permanece transcendente em relação a essa analogia, como também em relação a qualquer outra analogia através das qual se tente expressá-lo na linguagem humana. Ao mesmo tempo, entretanto, essa analogia oferece a possibilidade de uma certa ‘penetração’ na própria essência do mistério” (29 de Setembro de 1982).
A tese do Papa, se nos aprofundarmos apropriadamente nela, com certeza revolucionará a maneira com que compreendemos o corpo humano e a sexualidade. “O corpo – e ele sozinho já basta para isso – ”, diz João Paulo II, “é capaz de tornar visível o que é invisível, ou seja, o espiritual e o divino. Eles foi criado para transferir para a realidade visível do mundo o mistério invisível escondido em Deus desde tempos imemoriais, e, portanto, ser um sinal desse mistério” (20 de Fevereiro de 1980).
Um grande palavreado acadêmico, eu sei. O que isso significa? Sendo criaturas físicas, corporais, não podemos ver Deus. Ele é puro espírito. Mas Deus quis tornar visível para nós seu mistério, e para isso estampou em nossos corpos um sinal dele, criando-nos homem e mulher em sua própria imagem (Gen 1, 27).
A função dessa imagem é refletir a Trindade, “uma comunhão inescrutável de [três] Pessoas” (14 de Novembro de 1979). Portanto, em um desenvolvimento dramático do pensamento católico, João Paulo II conclui que “o homem se torna a ‘imagem e semelhança’ de Deus não apenas através de sua própria humanidade, mas também através da comunhão de pessoas que homem e mulher formam desde o princípio”. E o Papa acrescenta, “Em tudo isso, desde o ‘princípio’ descendeu a bênção da fertilidade, ligada com a procriação humana” (ibid.).
O corpo possui um “significado nupcial”, porque ele revela o chamado do homem e da mulher de tornarem-se um dom (uma dádiva, um presente) um para o outro, um dom plenamente realizado em sua união em “uma só carne”. O corpo também possui um “significado gerador” que (querendo a vontade de Deus) traz um “terceiro” para o mundo através dessa comunhão. Nesse sentido, o casamento constitui-se em um “sacramento primordial”, compreendido como um sinal que comunica verdadeiramente o mistério da vida e do amor trinitários de Deus para o marido e a mulher – e, através deles, para seus filhos, e, através da família, para o mundo inteiro.
É claro que, como observa o Catecismo, isso não significa que Deus seja “sexual”. Deus é “puro espírito no qual não há lugar para a diferenciação entre sexos. Mas as respectivas ‘perfeições’ de homem e mulher refletem algo da infinita perfeição de Deus (Catec. Ig. Católica, n. 370). É por isso que o Papa fala da sexualidade precisamente como um sinal do mistério de Deus. Seguindo as Escrituras, ele usa a união do homem e da mulher como uma analogia para ajudar a compreender algo do mistério divino. “O mistério [de Deus] permanece transcendente em relação a essa analogia, como também em relação a qualquer outra analogia através das qual se tente expressá-lo na linguagem humana. Ao mesmo tempo, entretanto, essa analogia oferece a possibilidade de uma certa ‘penetração’ na própria essência do mistério” (29 de Setembro de 1982).
Trecho do artigo “An Education in Being Human”, de Christopher West, disponível no site Theology of the Body.net
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O envio de comentário constitui aceitação de publicação.
Todos os comentários passam por moderação.
Comentários podem ser rejeitados por decisão do blog.
Os comentários publicados não necessariamente expressam a opinião do blog.