Por Christopher West
Os insights originais de João Paulo II trazem todo um novo contexto para a compreensão do ensinamento da Igreja sobre sexualidade, particularmente seu ensinamento contra os anticoncepcionais (a contracepção). Na verdade, esse é o elemento central, o pivô de toda a moralidade sexual. Tão logo se retira da união sexual sua ligação inerente com a procriação, qualquer meio para atingir o clímax sexual passa a ser justificado (a revolução sexual do século XX certamente demonstrou isso na prática).
Baseado na lógica da Teologia do Corpo, pode-se falar de uma moralidade no relacionamento sexual baseado “na presença ou não das características de um sinal fidedigno” (27 de Agosto de 1980). Toda a moral sexual, portanto, resume-se a essa simples questão: Esse comportamento encarna o amor de Deus ou não?
Para aqueles que foram iluminados pelo Espírito Santo para compreender o “grande mistério” da união nupcial, a contracepção é simplesmente impensável. Espera-se que a união nupcial proclame o mistério da Trindade – de que “Deus é amor que dá vida”. Nesse sentido o Papa diz que a “linguagem do corpo” é profética. Entretanto, um relação intencionalmente esterilizada proclama o oposto. Transforma a “linguagem do corpo” em uma negação específica do amor criador de Deus, fazendo dos esposos “falsos profetas”.
A união nupcial deve também ser um sinal sacramental da união de Cristo com a Igreja. Mas para que os sacramentos realizem realidades espirituais, o físico deve simbolizar com precisão o espiritual. Coloque os anticoncepcionais (a contracepção) nesse pano de fundo e (conscientemente ou não) um casal se engaja em um contra-sinal da união de Cristo com a Igreja. É por isso que um ato conjugal intencionalmente esterilizado nunca pode consumar um casamento – é uma contradição da própria essência do “grande mistério” do sacramento.
Trecho do artigo “An Education in Being Human”, de Christopher West, disponível no site Theology of the Body.net
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