quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O sexo e o cérebro

Por Jayson Graves
(Especialista em vício sexual, diretor do “Healing for the Soul” - Cura para a Alma)

"O conteúdo desse post talvez não seja apropriado para crianças."

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“Uau! Como isso foi bom!” Essa é uma frase comum para um homem quando ele tem um orgasmo, onde ocorre a ejaculação. O que a maioria das pessoas não sabe é porque um orgasmo traz essa sensação tão boa. Na verdade, a razão pela qual ele traz essa sensação inacreditável é a mesma razão pela qual os homens formam padrões de vício em um nível neurológico em seus cérebros através de um processo chamado de “condicionamento”.

Vamos nos lembrar daquelas aulas primárias de psicologia que talvez você teve no colégio, quando aquele professor de psicologia explicava sobre Pavlov e seu cachorro. Deixe-me ajudar sua memória. Pavlov era um cientista russo interessado no processo de condicionamento. Ele trabalhava com seus cachorros e um sino. Pavlov tocava o sino e então alimentava seus cachorros, repetindo isso várias vezes. Depois de algum tempo, ele descobria que o simples barulho do sino já fazia os cachorros iniciarem a salivação, em antecipação à saborosa comida. Aqui está o princípio da descoberta do “condicionamento clássico”.

O que acontece em um nível neurológico em seu cérebro quando você fica sexualmente excitado também envolve o condicionamento clássico, no sentido de que nós permitimos que nossos próprios “sinos” toquem, e como acontece no caso de 98 a 99% dos homens, o “alimento” é dado através da masturbação, da pornografia ou de ambos. Deixe-me explicar melhor. Um homem normalmente fica sexualmente excitado de várias maneiras, e tem o desejo de ser gratificado sexualmente por várias razões, algumas legítimas de acordo com a intenção com a qual fomos criados, outras nem tanto. Em qualquer caso, quando um homem ejacula ele recebe a recompensa química mais potente que o cérebro pode ter – o cérebro lança em seu sistema o nível mais alto de endorfinas e encefalinas, substâncias químicas que causam prazer, e que são cerca de 4 vezes mais fortes que a morfina!

A maioria dos homens hoje em dia começa a se masturbar por volta dos 10 a 14 anos, com uma frequência de 2 a 7 vezes por semana ou mais. Nos primeiros 20 anos de sua “carreira” ele terá tido de 2.000 a 7.000 dessas experiências reforçadoras. O que acontece ao longo do tempo em um nível neurológico no cérebro se assemelha a um processo de entrincheiramento. Imagine que você vai cavar uma vala entre a rua e a calçada, desde a entrada de sua casa até a loja da esquina. Todo dia você caminha nessa vala para comprar o jornal da manhã, e com o tempo essa vala se torna mais profunda e larga, até chegar o ponto onde mesmo que você quisesse caminhar normalmente na rua ou na calçada, não conseguiria mais. Por conta da erosão, haveria uma tendência a cair de novo na vala. Isso é o que o vício faz nos circuitos do cérebro.

Então, o que eu tento fazer em minha terapia com homens que se recuperam de padrões viciados em seu comportamento sexual (masturbação, pornografia, adultério etc) é ajudá-los a quebrar completamente essa rotina de vício e criar um caminho inteiramente novo, caminho de cura e de uma sexualidade sadia. Conseguimos isso estabelecendo bons limites. Os limites são estabelecidos ao redor dos comportamentos que não podem de modo algum acontecer, se é que queremos manter a “sobriedade sexual”. Os limites também são estabelecidos sobre comportamentos que não podem mais permanecer, e onde se deve esperar distância de certas tentações. Finalmente, estabelecemos padrões acerca do que devemos esperar sempre, no nível de comportamento, no emocional e no espiritual, a fim de manter o estilo de vida pleno e saudável que Deus desejou.

É claro, é importante avaliar a necessidade de terapia com alguém que saiba lidar com vício sexual, bem como de acompanhamentos espirituais e da ajuda de um grupo com que se possa interagir e ajudar em um objetivo terapêutico.
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Traduzido e adaptado de:
http://www.healingforthesoul.org/Articles/Sex%20and%20the%20Brain%20article.pdf

“Tradução para divulgação. Visite o site original em inglês.” – “Non commercial purposes. Visit the original website”.

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