Por Matt
Aos doze anos de idade já era viciado em pornografia.
Lembro-me que estava brincando no quintal de meus avós, aos 6 ou 7 anos de idade. Estava brincando de “bombas sujas”, que nada mais era do que encher a mão de argila do chão e jogar em alguém. Quanto mais forte melhor. Eu e meu irmão passávamos horas por aí brincando disso. Lembro-me muito bem de ter entrado em um barracão do meu avô e ter descoberto um pôster com uma mulher nua. Fiquei completamente cativado por aquilo, era lindo e ainda assim algo dentro de mim sabia que não devia estar olhando para aquilo. Toda vez que voltava a brincar por ali revisitava aquela figura e ficava olhando.
Por volta dos 13 anos tinha um bom acervo de pornografia escondido debaixo da última gaveta do meu quarto. Eu e meu melhor amigo roubávamos esse material das bancas e colecionávamos. Um dia meu pai trouxe para casa um kit de limpeza de carpete, e então tudo teve que ser tirado do lugar para ser limpo (você sabe no que isso deu). Papai encontrou minha coleção de pornografia debaixo da última gaveta, um lugar que eu pensava ser o esconderijo perfeito. Ele veio falar comigo, e disse: “bela coleção de playboy’s e penthouse’s você tem aí, matt, só não deixe sua mãe descobrir”. Deus abençoe meu pai. Ele é um bom homem, e olhando para trás posso ver que ele estava tentando ter contato comigo, ser legal. Porém, o que ele fez foi reafirmar a mentira na qual já vinha acreditando, de que verdadeiros homens olham para pornografia e que não havia nada de errado com aquilo.
Nessa época eu tinha um avô que escondia pornografia em seu barracão, um pai que quase havia me parabenizado por ter minha própria coleção, um professor de oitava série que nos falava no acampamento da escola que a masturbação “era uma coisa boa e saudável”, e para completar tinha amigos que nos levavam para locadoras de vídeo e alugavam filmes de pornografia para nós, de modo que eu e meu amigo podíamos ir para a casa dele e assistir a tudo depois do jantar.
Cheguei ao ponto de ficar me masturbando e olhando para pornografia basicamente todo dia (graças à internet), e quanto mais afundava nesse vício mais ficava na defensiva quanto à idéia de que a pornografia fosse de algum modo “má” ou “degradante”. Falava para mim mesmo que simplesmente gostava da beleza da feminilidade mais do que os rapazes que nunca olhavam pornografia. Falava para mim mesmo que não estava fazendo mal a ninguém. Falava qualquer coisa para me justificar.
No ano de 2000, quando estava com 17 anos, tive uma experiência que mudou minha vida, e então me tornei um cristão. Esse momento foi o mais profundo e jubiloso da minha vida. Mas também me colocou um problema. Por mais que eu tentasse justificar meu vício em pornografia, a realidade era que Jesus e a pornografia não combinam. Então, eu usei todas as minhas forças para tentar parar. Mas, como um alcoólico ou um drogado, eu continuava recaindo, como um cachorro volta ao próprio vômito.
Eu sabia que esse não era o tipo de homem que eu queria me tornar. Que tipo de homem fecha todas as cortinas de seu quarto e entra na internet só para sentir alguma sensação diferente pelo corpo? Sabia que isso era uma farsa, e rezava constantemente para ficar livre daquilo. Pelo curso dos anos seguintes continuei a lutar. Algumas vezes passava dias, às vezes semanas, às vezes meses sem olhar para pornografia e sem me masturbar. Mas esses dias de liberdade terminavam com mais uma recaída desesperançada.
Encurtando a história
Uma certa noite, quando minha linda e grávida mulher tinha saído, eu fiquei farto daquilo tudo. Estava doente e cansado de estar doente e cansado. Cansado de tentar com afinco não recair, quando parecia que as coisas só pioravam. Meu primeiro filho iria nascer em 7 meses, e EU SABIA que isso tinha que terminar. Mas como?
Eu vi uma imagem do Venerável Matthew Talbot, que está a caminho da santidade. Em sua vida ele foi viciado em álcool já por volta dos 12 anos, e chegava a vender a própria roupa do corpo para comprar álcool. Esse homem e eu estávamos em situações bem parecidas, pois ele estava cansado do que o vício estava fazendo com sua vida. Eu li como ele foi para uma igreja e fez uma promessa de passar 3 meses sem botar uma gota de álcool na boca. Foi difícil, mas ele conseguiu, e então fez a promessa por um ano, e finalmente para o resto da vida. Ele se apaixonou por Jesus na Eucaristia. Ele se considerava um escravo de Nossa Senhora (não tenha medo do termo, eu vou explicar).
Essa imagem que vi tinha uma cruz céltica com uma corrente que ia por volta da imagem. Em frente da cruz havia a Mãe de Jesus, que tinha a corrente em volta da cintura e na frente de Nossa Senhora estava Matthew Talbot, de joelhos, com a corrente quebrada em volta dos punhos, ele estava livre! Desse dia em diante fiz a promessa para passar 3 meses sem olhar para pornografia e sem me masturbar, e depois de 3 meses fiz a promessa para o resto da vida.
Rezei o terço diariamente, sabendo que não poderia vencer o vício só com a força de vontade. No final de cada terço, segurava as contas e dizia: “Minha mãe Maria, assumo as vossas correntes, agora pegue as minhas, e me liberte!”. O que posso dizer? Ela me libertou! Agora estou experimentando uma liberdade que nunca pensei que fosse possível. Eu sabia que, se um dia vencesse a pornografia, ainda seria muito tentado, mas seria sempre forte o suficiente para resistir.
Você quer saber a razão pela qual não olho mais para pornografia nem me masturbo mais? Eu NÃO DESEJO MAIS. A LIBERDADE é POSSÍVEL! Não tenho nenhuma espécie de super poderes, super auto-controle, mas eu estou livre.
Temos que compreender que as mulheres são lindas, as criaturas mais lindas na terra, que é bom e santo para nós homens nos sentirmos atraídos por elas. Hoje em dia, quando estou dirigindo, se há um outdoor ou propaganda com uma mulher bonita, isso chama minha atenção! Até aí tudo bem, mas nesse ponto precisamos tomar uma decisão. Nós louvamos a Deus por sua beleza, ou temos pensamentos de luxúria ou desejo carnal com ela? O problema da pornografia não é que ela mostra demais, é que ela mostra de menos. Mostra muito pouco da pessoa! Esse é o problema! As mulheres são lindas, o corpo nu é LINDO, mas dissociar o corpo de tudo o mais é completamente doentio em todos os aspectos.
Pela minha própria experiência eu sei como a pornografia pode viciar, mas também sei que a verdadeira liberdade e a cura são possíveis.
Não caia na armadilha de dizer as coisas tolas que as pessoas dizem sobre pornografia: “Ei, dentro da moderação tudo é saudável”. Não, não é. Posso dar alguns exemplos de coisas que NÃO são saudáveis, nem moderadamente: racismo, cocaína, suicídio. A pornografia sempre é errada porque alguém sempre está sendo explorado. Então, sim, a pornografia pode se tornar um vício que arruína toda sua vida. Isso não significa que é saudável em moderação.
Homens de verdade não exploram mulheres!
Se você ama as mulheres, lute contra a pornografia!
Deus ama você do jeito que você é, e lhe ama demais para lhe deixar do jeito que está. Confie em Deus! Ele está conosco!
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Traduzido do site anti-pornografia: “Porn, who does it hurt?”
Link: http://www.whodoesithurt.com/id12.html
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