segunda-feira, 13 de abril de 2009

A Ressurreição dos corpos

Segundo as palavras de Jesus referidas pelos Evangelhos

Trechos da Catequese do Papa João Paulo II proferida na audiência geral de 2 de dezembro de 1981 (faz parte dos textos da “Teologia do Corpo”).


“Porque quando ressuscitarem dos mortos, não se casarão nem se darão em matrimônio” (Marcos 12, 25). Cristo pronuncia essas palavras, que possuem um significado chave para a Teologia do Corpo, depois de haver afirmado, na conversa com os saduceus, que a ressurreição é a força do Deus vivo.
(...)
O essencial é a constatação de que, na futura ressurreição dos homens, depois de voltarem a adquirir seus corpos na plenitude da perfeição própria da imagem e semelhança de Deus – depois de voltarem a adquirir seus corpos em sua masculinidade e feminilidade – “não se casarão nem se darão em matrimônio”.
(...)
A ressurreição, segundo as palavras de Cristo, referidas pelos Evangelhos, significa não somente a recuperação da corporeidade e o restabelecimento da vida humana em sua integridade mediante a união do corpo com a alma, mas também um estado totalmente novo da mesma vida humana.
(...)
As palavras pronunciadas por Cristo sobre a ressurreição nos permitem deduzir que a dimensão de masculinidade e feminilidade – isto é, o ser, no corpo, homem e mulher – será reconstituída juntamente com a ressurreição do corpo, no “novo século”.
(...)
Não se trata de transformação da natureza humana em natureza angélica, isto é, puramente espiritual. O contexto indica claramente que o homem conservará no “outro século” a própria natureza humana psicossomática. Se fosse de outra maneira, não teria sentido falar de ressurreição. Ressurreição significa a restituição da corporeidade humana à verdadeira vida, que foi submetida à morte na fase temporal.
(...)
A ressurreição dá testemunho, ao menos indiretamente, de que o corpo, no conjunto do ser humano, não está unido somente temporalmente à alma (como se o corpo fosse apenas uma “prisão” terrena da alma, como julgava Platão”), mas que, juntamente com a alma, o corpo constitui a unidade e a integridade do ser humano.
(...)
Efetivamente, a verdade da ressurreição afirma claramente que a perfeição escatológica e a felicidade do homem não podem ser entendidas como um estado somente da alma, separada (“liberada”, segundo Platão) do corpo, mas que é preciso entendê-la como o estado do homem definitivamente e perfeitamente “integrado”, através de uma união tal da alma com o corpo, que qualifica e assegura definitivamente essa integridade perfeita.

Traduzido do site do Vaticano

Disponível em espanhol em: http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/audiences/1981/documents/hf_jp-ii_aud_19811202_sp.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O envio de comentário constitui aceitação de publicação.
Todos os comentários passam por moderação.
Comentários podem ser rejeitados por decisão do blog.
Os comentários publicados não necessariamente expressam a opinião do blog.