Estamos chegando ao final da Quaresma, período de penitência, de jejum, oração e esmola. Estamos também no Ano Sacerdotal, lembrando-nos da figura de São João Maria Vianney.
São João Vianney foi o pároco mais famoso do século 19. Seu confessionário, na sua paróquia de Ars (França) tinha, noite e dia, filas longuíssimas de penitentes aguardando para se confessar com ele. Uma vez um jovem sacerdote lhe disse: "Padre, ensina-me um remédio bem efetivo para conservar a própria castidade e conseguir que os outros se conservem castos". E o santo sacerdote lhe disse: "Veja: o demônio se ri de outros que fazem muitos propósitos e empregam muitas técnicas. Mas o que derrota os planos impuros do diabo e os faz fracassar completamente é mortificar-se no comer, no beber, no olhar e no dormir. Nada destrói tanto os planos impuros do inimigo da alma como isso, e poucas coisas são tão agradáveis a Deus como fazer sacrifícios no comer, no beber, no dormir e no olhar. Oh, sim, eu pude experimentar isso em meus 40 anos de sacerdócio: quando conseguia fazer bastante sacrifícios, conseguia de Deus tudo que de bom desejava para mim e para os outros.
Com razão São Vicente respondeu quando lhe perguntaram por que tantas pessoas não conseguiam a castidade apesar de fazer propósitos muito bons: "Não conseguem a castidade porque não se negam a si mesmos, e não fazem sacrifícios". Ainda que alguém seja tão puro quanto um anjo, se deixa de fazer sacrifícios e de negar a si mesmo, poderá chegar a ser tão impuro quanto um demônio.
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Retirado do livro: "Pureza o castidad", do Pe. Eliécer Sálesman (Apostolado Bíblico Católico de Bogotá, Colômbia)
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