PERGUNTA: Se a Igreja se opõe à contracepção, ela espera que as mulheres casadas tenham quinze filhos?
RESPOSTA: Embora a Igreja se oponha à contracepção, ela não se opõe à regulação responsável de nascimentos. Os casais podem usar o Planejamento Familiar Natural - ou seja, a abstinência periódica, ou regulação natural da procriação - para evitar a gravidez, se eles têm uma justa razão para isso.
Já que uma mulher só pode conceber em uns poucos dias de cada ciclo, um casal que pratica o PFN vai evitar o intercurso conjugal quando a mulher tem a chance de conceber. Esse método é freqüentemente confundido com o antiquado método “da tabelinha”, ou do calendário, mas na realidade é muito diferente. Com uma efetividade acima de 99%, a Regulação Natural da Procriação - RNP (abstinência periódica) é bem mais confiável [1]. A RNP também é um meio efetivo para se conseguir uma gravidez, já que o casal terá uma compreensão mais profunda da fertilidade feminina. E, monitorando a fertilidade feminina, eles estarão mais atentos para possíveis anormalidades reprodutivas que venham requerer tratamento.
Um marido notou que um casal pode ter boas razões para evitar uma gravidez, “mas Deus já tomou conta disso. Tão profundamente Deus inscreveu seus propósitos em nós que o corpo de uma mulher não apenas dá frutos, mas tem estações,... permitindo não apenas o nascimento de bebês, mas o espaçamento dos nascimentos. Não há necessidade de frustrar a idéia, de bloquear artificialmente a fertilidade em um período naturalmente fértil. Tudo que se tem a fazer é esperar alguns dias. Se isso é díficil demais para nós, então algo está errado”. [2]
Muitas pessoas pensam que a oposição da Igreja à contracepção é um ataque à liberdade da mulher de ter controle sobre seus próprios corpos. Nada poderia ser mais longe da verdade. A Igreja insiste que tenhamos controle sobre nossos corpos (Catec. Ig. Cat. 2339). Ao ter controle sobre nossos corpos é que uma pessoa se torna capaz de fazer de si mesmo um dom para outro.
A indústria dos contraceptivos quer fazer as pessoas acreditarem que a contracepção permite a elas o controle sobre seus corpos, relacionamentos, e vidas sexuais. Na medida em que a contracepção oferece a uma pessoa a habilidade de viver sem verdadeira responsabilidade, isso não é liberdade. Algumas pessoas usam o controle de natalidade para disfarçar sua falta de auto-controle. Portanto, eles nunca experimentam a genuína liberdade.
A contracepção não poderá nunca tornar as mulheres livres. Tratar a gravidez como se fosse uma doença implica que algo está defeituoso na maneira com que ela foi criada – que sua fertilidade é uma maldição. Essa não é uma experiência assim muito libertadora para uma mulher. Durante anos aqueles de dentro da indústria de contraceptivos vêm tentando convencer as mulheres que elas devem ingerir químicos ou inserir dispositivos a fim de se tornar sexualmente livres. O PFN belamente contradiz tal mentalidade, pois não trata o corpo de uma mulher como se necessitasse ser subjugado por drogas ou protegido atrás de barreiras para poder funcionar corretamente; o corpo da mulher só precisa ser compreendido. Isso convida o homem a tratar a fertilidade da mulher com reverência, ao invés de desdenho. Ele aprende que o corpo de sua mulher foi feito de maneira perfeita. Isso é a verdadeira liberação sexual.
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[1]. P. Frank-Herrmann, et al., “The Effectiveness of a Fertility Awareness Based Method to Avoid Pregnancy in Relation to a Couple’s Sexual Behaviour During the Fertile Time: A Prospective Longitudinal Study,” Human Reproduction doi:10.1093/humrep/dem003 (February 2007):1–10; R. E. J. Ryder, “‘Natural Family Planning’ Effective Birth Control Supported by the Catholic Church,” British Medical Journal 307 (18 September 1993): 723, 725.
[2]. J. Budziszewski. Forward. Open Embrace, by Sam and Bethany Torode (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2002), xvi.
Fonte: Pure Love Club
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