terça-feira, 10 de novembro de 2009

Como evitar que seu casamento termine no divórcio

Por Steve Pokorny (em 16 de outubro de 2009)

Primeiro, as más notícias: 50%. Essa é a taxa de divórcio hoje, aproximadamente. Isso significa que, para cada novo casal, há uma chance de aproximadamente 50% que eles venham a se divorciar (Google: “What Really is the Divorce Rate?” by Scott M. Stanley, Ph.D. para mais informações). Isso pode fazer com que as pessoas pensem duas vezes antes de se casar (o que é uma das principais razões para o crescimento da coabitação, o “morar junto” simplesmente).

Mas por que o divórcio está apresentando níveis tão alarmantes? Embora haja muitas razões para isso, tais como problemas de comunicação e de confiança, gostaria de sugerir que a principal causa da cultura do divórcio é a aceitação ampla dos contraceptivos.

Olhando para a história, desde 1930, quando a igreja anglicana permitiu o uso de contraceptivos no casamento, “temos visto um crescimento meteórico no abuso, no divórcio, depressão, e transtornos. Incontáveis milhares de casamentos acabaram” (Google: “US Catholic News Service Editor Cites Acceptance of Contraception as Leading to Current Gay Unions Situation,” Greenspun.com). Além disso, com o amplo crescimento e aceitação da pílula anticoncepcional, desde os anos 60, a taxa de divórcio cresceu na mesma proporção (Google: “The Divorce Rate Graph and History Table”).

Mas por que uma aumento no uso de contraceptivos levou a um aumento no divórcio? Em um nível básico, as pessoas ao longo da história foram sempre tentadas a cometer adultério, mas a única coisa que os detia era o medo de uma gravidez. A contracepção deu meramente a aparência de ser capaz de evitar a gravidez (porque nenhum contraceptivo é 100%% eficiente). Portanto, uma vez removido esse obstáculo, o adultério fica facilitado. É por isso que o adultério é uma das principais causas do divórcio.

Em nível mais fundamental, mesmo que um adultério físico não ocorra em um casamento, os esposos que usam contraceptivos geralmente experimentam um tipo de “adultério emocional”. Por que? Quando o casal realiza o ato marital, seus corpos devem falar a linguagem da doação total de si mesmos. Naquele momento, devem comunicar ao cônjuge a mais profunda verdade sobre si mesmos, entregando todo seu ser ao outro com a expectativa de que seja totalmente recebido. Intrínseco a esse ato é o dom de sua fertilidade.

Se o uso dos contraceptivos entra nesse ato, isso viola a linguagem do corpo. Da mesma maneira que o cônjuge é enganado no adultério, em um ato conjugal em que se usa contraceptivo, devido à ausência da entrega total de si, especificamente, quando sua fertilidade não é doada e recebida pelo outro, geralmente os esposos ficam impedidos de experimentar a ligação emocional total que deveria ocorrer sempre que há um ato conjugal.

A chave para qualquer relacionamento é a comunicação com base na confiança. Entretanto, quem usa contraceptivos está falando uma mentira no momento mais fundamento do seu casamento. Essencialmente, eles estão mentindo um para o outro. Mesmo que não percebam isso conscientemente, eles estão dizendo: “Eu não entrego tudo a você; eu não amo tudo que é seu; eu não quero sua fertilidade”. Portanto, assim como qualquer casamento construído sobre mentiras, um casamento envolvendo contraceptivos vai construir mais e mais muros entre os esposos, visto que sua confiança mútua está sendo continuamente violada naquilo que deveria ser um ato sagrado de união física, emocional, mental e espiritual.

O uso do contraceptivo é, em essência, um ato egoísta, e portanto a barreira física (ou química) usada no ato conjugal cria muros emocionais dentro do relacionamento, e as consequências podem ser vistas muito além da cama do casal. Essa mentalidade egoísta transborda para todas as outras áreas do casamento; em suas finanças, na educação das crianças, e em tudo que o casal se envolve. Assim como o egoísmo está na raiz de todos os pecados, o que leva a rupturas na nossa relação com Deus e com os outros, a perpetuação da mentalidade contraceptiva no ato mais fundamental do casamento vai prejudicar sua habilidade em se comunicar, em estar aberto para o outro, e em afirmar o outro. Portanto, esse ato inerentemente desonesto afeta todas as esferas do casamento, e os esposos afinal acharão muito mais difícil permanecer casados.

A boa nova é que há uma maneira de praticamente fazer seu casamento ficar “à prova de divórcio”: o método natural de regulação da procriação, conhecido na língua inglesa como NFP – Natural Family Planning. Centenas de milhares de casais atestam que os efeitos da utilização do NFP no casamento são dramaticamente diferentes quando comparados com os efeitos do uso dos contraceptivos, incluindo um casamento mais feliz, mais relações conjugais satisfatórias, e uma comunicação e intimidade mais profundas com o cônjuge. A melhor parte (além do fato de estar seguindo o plano de Deus para o casamento): aqueles que usam NFP por razões justas apresentam uma taxa de divórcio extremamente baixa (entre 0,02% e 4%) (Google: “Divorce Rate Comparisons Between Couples Using Natural Family Planning & Artificial Birth Control.”). Isso, sim, é uma boa notícia!

Embora as taxas de divórcio sejam muito altas, a resposta para esse problema é ajudar os casais a aprender e a falar com verdade a linguagem de seus corpos, primeiramente aprendendo o plano de Deus para o casamento e o grande dom da NFP. Fazendo isso, há uma grande chance que mesmo aqueles que vêm de longos e sofridos relacionamento venham a experimentar a ressurreição e a redenção de sua aliança matrimonial.

Quer ter um grande casamento que vai durar a vida toda: Aprenda o método natural. Viva o método natural. E espalhe essa mensagem com a família e com amigos. Eles irão lhe agradecer.
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Steve Pokorny, diretor de “TOB Ministries” (tobministries.com), é especialista em palestras para jovens e jovens adultos sobre o dom da sexualidade. Steve tem Mestrado em Teologia e Catequese pela Franciscan University of Steubenville, mestre também em Teologia pelo John Paul II Institute for Marriage and Family Studies, e tem recebido treinamento do Theology of the Body Institute. Atualmente trabalha como Diretor do Centro de Família e Matrimônio da Arquidiocese de San Antonio. É também Editor Associado do Canal Teologia do Corpo de Catholic Exchange (tob.catholicexchange.com), e seu blog é o truesexualrevolution.blogspot.com. Ele é casado e vive em San Antonio.


Texto traduzido e adaptado de: http://tob.catholicexchange.com/2009/10/16/1321/

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