sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O que significa ser uma mulher de Deus? (parte 2)

Por Jessica Doman, do Theology of the Body Evangelization Team

Receptividade

Estamos falando muito sobre receber, mas não é um receber passivo, e sim ativo. Recebemos para poder doar em troca. Receber a vida de Deus, para levá-la ao mundo! A própria maneira como nosso corpo é formado fala de relação. Só conseguimos nos encontrar como pessoas quando nos doamos a nós mesmas – precisamos de pessoas para nos relacionar. Talvez a gente encontre mais mulheres na Igreja justamente porque a fé é a abertura e a receptividade do coração humano ao dom de Deus – e as mulheres sabem ser receptivas.

Maria, nosso Modelo

“Que se faça de acordo com vossa vontade”. Maria colocou-se nas mãos de Deus, e isso trouxe o Salvador para o mundo. Maria é o perfeito exemplo de frutuosidade. Essa recebeu o amor de Deus em seu ventre (em seu útero), e o trouxe para o mundo.

O ataque às mulheres

Se o inimigo quer nos manter longe do mistério de Deus, ele irá atacar a união sexual e a mulher. Por isso, os ataques à feminilidade e à mulher são tão fortes. Distorcer a imagem da mulher irá evitar que o amor e a vida possam vir ao mundo. A vulnerabilidade da mulher é sua necessidade de receber, e quando oferecem a ela algo que não seja amor, ela reage – reage à dominação do homem. As feministas reagem à dominação masculina (com certa razão), mas a igualdade na dignidade não quer dizer semelhança. Não precisamos nos tornar homens para ter dignidade – nós temos nossa própria dignidade.

O resultado do pecado original é que se tornou difícil ser imagem de Deus. O dom da fertilidade se tornou doloroso (“entre dores trarás teus filhos ao mundo”). Mulheres que rejeitam sua feminilidade vêem a maternidade como um peso ao invés de ver como bênção (isso pode levar a depressão, barreiras). Lembre-se, Deus nos ama, ser fértil, ser frutuosa, ser um dom, é a chave para a sua felicidade.

Hoje o corpo feminino é degradado, é usado para vender, como entretenimento, para o prazer. A sociedade sofre e se torna uma cultura de morte – a vida deixa de vir ao mundo.

Castidade

A mulher experimenta sua queda, ou sua fraqueza, como uma gratificação emocional às custas do homem, e o homem experimenta sua queda ou fraqueza como gratificação física às custas da mulher. Ou seja, as mulheres usam os homens para obter prazer emocional (se sentirem amadas e desejadas) e os homens usam as mulheres para obter prazer físico. É por isso que a modéstia no vestir é tão importante. Os rapazes estão lutando para permanecer puros – ajude-os a serem santos! Deixe-os ser verdadeiramente homens!

Sabemos que, como mulheres, não fomos feitas nunca, nunca para ser usadas como objetos para o prazer do homem. Quando nos vestimos provocantemente, permitimos que os homens nos usem. O mundo nos diz que namorar significa usar e se deixar ser usada. Não é assim.

O desejo de ser amada e estar próxima a alguém pode ser muito grande. Você pode sentir esse desejo, não tenha vergonha dele, nem o rejeite. Agradeça a Deus pelo dom de sua feminilidade, de querer amar como Deus ama. Peça ajuda para ser uma verdadeira mulher e mostrar ao homem como ser um verdadeiro homem.

Diga não para as mentiras do inimigo. “Você precisa se vestir provocantemente, ser sensual, para ser uma verdadeira mulher”. “Seu corpo é para o prazer do homem”. “Para ser igual ao homem, você precisa ser como um homem, livre da maternidade biológica”. “Suas emoções te fazem fraca e inferior”. Tudo isso são mentiras.

A Igreja deseja agradecer à Trindade Santa pelo mistério da mulher, e por cada mulher – por tudo que constitui sua dignidade feminina, pela grandeza da obra de Deus que tem se mostrado ao longo da história através dela.

Traduzido e adaptado do site Theology of the Body Evangelization Team (TOBET)