por Mercedes Malavé Gonzáles
Como se reconhece um apego? Por que podem causar sofrimento ao coração? O amor verdadeiro é o que nos move à generosidade, enquanto o amor egoísta é o que nos aprisiona em nós mesmos, porque almeja uma posse desordenada e injusta do ser amado. O desejo de possuir marca uma distinção fundamental entre o amor de doação e o amor egoísta.
Um coração generoso permanece aberto, relaciona-se com as coisas e com as pessoas de um modo livre, usufrui delas porque reconhece o bem que existe em cada uma, porém jamais se fecha a outros seres. Pelo contrário, continua disposto a conhecê-los e amá-los. Esta é a chave do desprendimento interior.
Um coração fechado em si mesmo é aquele que se engana pensando que ama, por se manter na contemplação do ser amado, quando na realidade o está contemplando não pelo bem que tem em si mesmo, mas pela satisfação pessoal que experimenta ao contemplá-lo. Ao invés de expandir-se, o coração tende a reduzir-se em grande velocidade, e nascem as obsessões às pessoas e às coisas, o que demonstra uma cegueira e um estreitamento dos horizontes existenciais, das possibilidades de conhecer e amar. Tal é o confinamento em si mesmas que as pessoas acabam reduzindo tudo à sua própria conveniência e interesses. E as obsessões, se não se tenta controlá-las, acabam sufocando a própria personalidade. Este é o efeito causado pelas paixões desordenadas, os vícios, as ideologias. São as cadeias do ódio, da mentira, dos preconceitos e dos complexos.
(...)
As feridas do coração: as rupturas, o abandono, a solidão, são seguramente ocasiões de ouro, graças às quais podemos decidir se queremos fazer crescer e fortalecer o coração, ou se nos deixaremos arrastar pelas ondas de obsessões, rancores e ressentimentos. Para fugir delas, entretanto, não basta manter-se estável e sereno, deixando o tempo passar, sem nos preocuparmos muito com os assuntos que causam sofrimento à alma. Esta atitude, fria e distante de si mesmo, nem sempre é possível, e além do mais não funciona a longo prazo. É preciso aprender a desabafar.
Leia o artigo na íntegra: http://www.portaldafamilia.org.br/artigos/artigo722c.shtml
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