segunda-feira, 9 de março de 2009

Aprendendo a ser humano – As vocações para viver o amor

Por Christopher West

Apenas compreendendo quem é o homem - originalmente, historicamente, e escatologicamente - é que podemos dizer como o homem deve viver. Em outras palavras, tendo visto uma “adequada antropologia”, a porta está aberta para uma correta compreensão das vocações cristãs do celibato e do casamento.

Aqueles celibatários “para o reino” (Mateus 19, 12) estão escolhendo viver o casamento celestial ainda na terra. De certo modo, eles estão “pulando” o sacramento, e antecipando a coisa real. Fazendo isso, eles se colocam um passo além da história – mesmo ainda dentro da dimensão da história – e declaram ao mundo que o Reino de Deus está aqui (Mateus 12, 28). O celibato cristão autêntico, portanto, não é uma rejeição da sexualidade ou uma diminuição do valor do matrimônio. É uma expressão, já na terra, de seu valor e significado últimos!

Como vocação para a santidade, o casamento deve preparar o homem e a mulher para o céu. Mas para que seja de fato uma preparação adequada para o céu, o modelo deve espelhar exatamente o protótipo divino. A sacramentalidade do matrimônio, portanto, consiste na manifestação do eterno mistério de Deus em um “sinal” que serve não apenas para proclamar esse mistério, mas também para fazê-lo presente nos esposos (ver 8 de Setembro de 1982).

Toda a vida matrimonial consiste nesse sinal. Mas em nenhum outro lugar esse sinal é manifestado mais dramaticamente do que quando marido e mulher se tornam “uma só carne”. Assim como o corpo expressa a alma de uma pessoa, aquele “um só corpo” que os esposos se tornam na relação conjugal expressa a “alma” de sua vida matrimonial. “Na verdade as próprias palavras ‘Eu te recebo como minha esposa – meu marido”, diz o Papa, “só podem ser plenamente cumpridas através da relação conjugal” (5 de janeiro de 1983).

Trecho do artigo “An Education in Being Human”, de Christopher West, disponível no site Theology of the Body.net

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