segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A castidade não acaba com a "emoção" do namoro?

PERGUNTA: A castidade não acaba com a excitação, com a emoção do namoro?

RESPOSTA: A mídia nos diz que o sexo mais excitante é aquele fora do casamento, mas na realidade a verdade é justamente o contrário. Em 1999, o jornal USA Today publicou um artigo nomeado “Aha! Chame isso de ‘A vingança das Senhoras de Igreja’ (Aha! Call It the Revenge of the Church Ladies)". (1) Essa reportagem resume os achados da pesquisa “mais compreensível e metodologicamente importante” sobre sexo já realizada. As primeiras três sentenças da reportagem dizem tudo:

“Sigmund Freud disse que elas sofriam de uma ‘neurose obssessiva’ acompanhada de culpa, emoções suprimidas e sexualidade reprimida. O comediante Dana Carvey, do Saturday Night Live, as satirizou como puritanas que acreditam que o sexo é certamente sujo. Mas grandes estudos e pesquisas mostram que as senhoras de Igreja (e os homens que dormem com elas) estão entre as pessoas mais sexualmente satisfeitas da face da Terra”.

Então, isso não é especial?

O artigo concluiu que o ensinamento bíblico sobre o sexo poderia ser "como um choque para aqueles que acreditam que Deus é um estraga-prazeres cósmico no que diz respeito à sexualidade”. O mundo constantemente nos diz que, com relação a sexo, todo mundo está fazendo, e as pessoas que estão achando melhor, que estão se divertindo mais são aqueles casais solteiros sem muitos pudores mostrados nos seriados televisivos, enquanto a vida matrimonial é chata e sem romantismo. Entretanto, de acordo com a pesquisa largamente aceita sobre o assunto, “A imagem pública do sexo nos EUA não corresponde quase nada com a verdade”. (2).

Daqueles sexualmente ativos, os pesquisadores encontraram que os menos satisfeitos eram as pessoas não casadas. (3) Aqueles que tinham sexo fora do casamento estavam conscientes de que, apesar de se sentirem bem durante o ato, isso não significava que eles se sentiam bem a respeito de si mesmos depois. A culpa aliada ao medo ansioso de estar sendo usado(a), de ter ficado grávida, ou de ter contraído uma doença diminuía a satisfação sexual daqueles que eram promíscuos.

Por outro lado, a pesquisa mostrou que aqueles que eram casados com um parceiro fiel tinham as melhores respostas de prazer sexual tanto no nível físico quanto no emocional, e eles tinham mais chance de se sentirem “satisfeitos”, “amados”, “extasiados”, e “cuidados” (4). Ao contrário do que o mundo constantemente nos diz, a pesquisa mostra que o casamento beneficia-se da ausência de experiência sexual anterior a ele (5). Em outras palavras, sexo bom não é o resultado de experiência sexual prévia ou de técnica sexual. Se é alguma coisa, o sexo prazeroso é o fruto de um casamento feliz, e não sua causa.

Pesquisas fisiológicas também mostraram que o corpo humano não foi feito para a promiscuidade. A Dra. Winnifred Cutler é uma grande autoridade na biologia humana da reprodução e da sexualidade. Ela demonstrou que em um relacionamento sexual monogâmico (casamento) os dois corpos se adaptam um ao outro. O nível de testosterona no homem tende a atingir seu ponto mais alto no mesmo dia do pico de estrogênio em sua esposa, criando ainda mais prazer. Isso cria uma espécie de “sinfonia hormonal”, que é impossível em relacionamentos promíscuos passageiros (6).

Também foi descoberto que “pessoas casadas que rezam juntos têm probabilidade 90% maior de relatar maior satisfação com sua vida sexual do que casais que não rezam junto” (7). Então, se estivermos apenas interessados em fazer o que dá mais prazer (o que não devíamos estar), os fatos apontam de volta para o plano original de Deus: “Um homem deixa seu pai e sua mãe e se junta à sua esposa, e eles se tornam uma só carne” (Gen 2, 24).

A conclusão é que existe algo de excitante na moderação, no controle, na reserva. Algo que faz com que um casal que vive a castidade se sinta mais ligado em seus planos de casamento. Uma mulher por volta dos 20 anos observou que a castidade “talvez seja a provação de Deus, porque significa que fomos feitos de tal maneira que, quando agimos como animais, sem qualquer restrição ou qualquer regra, não temos assim tanta diversão” (8). As pessoas que abusaram de sua sexualidade estão, na verdade, procurando por esse tipo de amor duradouro. No final das contas, ser amado é muito mais excitante do que ser usado.

Quando um casal é puro, eles exercitam o auto-controle não por causa da falta de paixão, mas por causa da presença do amor.


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1. William Mattox Jr., "Aha! Call It the Revenge of the Church Ladies," USA Today, 11 February, 1999 (www.usatoday.com).
2. Edward O. Laumann, John H. Gagnon, Robert T. Michael, and Stuart Michaels, The Social Organization of Sexuality: Sexual Practices in the United States (Chicago: University of Chicago Press, 1994), 1. As quoted by Glenn T. Stanton, Why Marriage Matters (Colorado Springs, Colorado: Piñon Press, 1997), 41.
3. Laumann and others, The Social Organization of Sexuality, table 10.5, 364. As quoted by Stanton, Why Marriage Matters, 41.
4. Laumann and others, The Social Organization of Sexuality, table 10.7, 368. As quoted by Stanton, Why Marriage Matters, 41.
5. W. R. Mattox, "What's Marriage Got to Do with It? Good Sex Comes to Those Who Wait," Family Policy 6:6 (1994): 1–8. As quoted by Wetzel, Sexual Wisdom, 23.
6. Winnifred B. Cutler, Love Cycles: The Science of Intimacy (New York: Villard Books, 1991), 108–109, 244. As quoted by Stanton, Why Marriage Matters, 46.
7. Les Parrott III and Leslie Parrott, Saving Your Marriage Before It Starts (Grand Rapids, Michigan: Zondervan Publishing House, 1995), 145.
8. Wendy Shalit, A Return to Modesty (New York: Touchstone, 1999), 193.

Fonte: Pure Love Club (Jason & Crystalina Evert)

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