quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O que é a Teologia do Corpo - parte 1

“É uma ilusão pensar que podemos construir uma cultura verdadeira da vida humana se não... aceitarmos e experimentarmos a sexualidade e o amor e a plenitude da vida de acordo com seu significado verdadeiro e suas estreitas inter-conexões”.
João Paulo II, O Evangelho da Vida (n. 97)

A relação sexual é a pedra fundante da vida humana. A família – e, por sua vez, a própria sociedade humana – surgem desse enlace. Em resumo, para onde vai o sexo, assim vai o casamento e a família. Para onde vai o casamento e a família, aí vai a civilização.

Tal lógica não condiz bem com nossa cultura. Não é exagero dizer que a tarefa do século vinte foi livrar-se da ética sexual cristã. Se queremos construir uma “cultura da vida”, a tarefa do século vinte e um será retomar essa ética.

Mas a maneira muitas vezes repressiva de lidar com isso, por parte das gerações anteriores de cristãos (normalmente com silêncio, ou, no máximo, com um “não faça isso”) é, em grande parte, responsável pela rejeição do ensinamento da Igreja acerca do sexo. Precisamos de uma “nova linguagem” para quebrar o silêncio e reverter a negatividade. Precisamos de uma nova teologia que explique como a ética sexual cristã – longe da lista puritana de proibições que costumava ser – corresponde perfeitamente com os desejos mais profundos de nossos corações em direção do amor e da união.

Como muitas pessoas estão apenas agora descobrindo, o Papa João Paulo II dedicou seu primeiro grande projeto pedagógico de seu pontificado para desenvolver tal teologia; ele a chamou de “Teologia do Corpo”. Essa coleção de 129 pequenos discursos já iniciou uma “contra-revolução sexual” que está mudando vidas ao redor do mundo. Esse “fogo” está se espalhando e no tempo certo podemos esperar repercussões globais.

George Weigel, o biógrafo do Papa, descreveu melhor do que ninguém a Teologia do Corpo como “uma espécie de bomba teológica de efeito retardado, programada para detonar dramáticas conseqüências... talvez no século vinte e um”. (Testemunho da Esperança, 343).

© Christopher West.
www.ChristopherWest.com

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