terça-feira, 30 de setembro de 2008

O que tem de errado em olhar para uma revista com mulheres de biquini?

PERGUNTA: O que tem de errado em olhar para uma revista com mulheres de biquini?

RESPOSTA: Digamos que você encontra uma mulher linda, e vocês se tornam o melhor amigo um do outro. Você se apaixona logo por ela, e acabam namorando, e você a pede em casamento. Vocês dois vão para a lua de mel, e na volta descobrem que ela está grávida de sua primeira filha, uma menina.

Quando seu bebê chega, você é o primeiro a vê-la no berçário. As lágrimas começam a rolar de seus olhos quando você vê aquela versão em miniatura de sua mulher. Você se apaixona mais uma vez, e fica encantado com o que você, sua esposa e Deus criaram. Você a vê crescer, ensina ela a andar de bicicleta, e segura ela para que ela não caia e machuque o joelho. Ela é sua pequena princesa, e você o seu rei, e vocês dois sabem disso. Os anos passam, e você continua com sua família.

Então chega o dia de sua festa de dezessete anos, e ela tem uma festa para ir com os amigos, na beira da piscina. Ela vem caminhando, saindo da casa, com roupa de banho, e seu filho aproveita a oportunidade, pega a câmera digital e tira fotos dela de biquini. Por ser tão atraente, ele decide colocar as fotos na internet. Em pouco tempo, aparecem centenas de milhares de estranhos ao redor do mundo desejando libidinosamente sua princesa. Eles olham para o corpo dela, e fazem todo tipo de gracejos e piadinhas sobre o que pensam dela, e sobre o que gostariam de fazer com ela.

Nesse ponto, como você se sente? Você se contentaria se eles dissessem que estão apenas “apreciando a beleza da feminilidade”?

Agora imagine o coração de Deus, nosso Pai Celeste, que ama suas filhas infinitamente mais do que eu ou você jamais amará uma filha. Essas mulheres nas revistas sensuais são filhas de nosso Pai do Céu. Que pena que nós, seus filhos, fizemos de seus corpos uma mercadoria para ser vendida. Por essa razão, o Papa João Paulo II nos desafia: “todo homem deve olhar para si mesmo e ver se aquela que lhe foi confiada como irmã em humanidade... não se tornou em seu coração um objeto de adultério”. (1) Somos chamados a tratar as mulheres com a mesma honra, dignidade, pureza e reverência com que gostaríamos que os outros homens tratassem nossas filhas.

Eu tinha muitas revistas de mulheres em trajes de banho, na época que era do colégio, e eu tinha todas as razões para achar que não havia nada demais naquilo. Na verdade, nenhuma daquelas razões realmente me convencia, mas porque eu devia me preocupar? Eu gostava de ver as mulheres. Antes que eu pudesse me dar conta e parar com isso, o modo com que via todas as mulheres havia se tornado deturpado. Meu padrão de beleza física ideal se tornou um padrão de perfeição impossível. Do mesmo modo que os olhos passam de página em página na revista com luxúria, seus olhos começam a olhar atentamente nos shoppings, de uma mulher para outra. Desde cedo você se acostuma a pensar que uma libido desordenada é muito natural para um rapaz adolescente.

Então, vemos as garotas na escola ou mesmo na igreja, e sem perceber, fazemos delas objetos. Passamos a medir o valor de uma mulher que quantidade de excitação que causa em nós. Ficamos cada vez mais superficiais. Nesse meio tempo, enganamos nossa consciência afirmando para nós mesmos, enganadoramente, que aquilo não vai nos afetar muito. As imagens da pornografia ficam impregnadas em nossas mentes, e eu sou o quanto demora para tirá-las de lá.
Mas não são apenas as imagens que ficam. Seus olhos maliciosos também. Eles não se desligam e permanecem em uma só garota quando você entra em um relacionamento. Você já os tinha treinado para olhar tudo que pudesse lhe excitar. Eles se tornaram ávidos por luxúria. Agora que estou casado, ainda sinto os efeitos da pornografia e das revistas de mulheres de biquini que vi há dez anos atrás. Isso lhe treinou para ter olhos infiéis: no sentido de olhar para toda mulher atraente que passa por perto. Não estou falando de desejar todas as mulheres, mas de ter uma tendência de querer olhar para todas as mulheres bonitas. Mas meus olhos, assim como meu coração e meu corpo, pertencem somente a Crystalina (minha esposa). Se eu sei que há uma mulher atraente passando por mim no shopping, eu devo olhar para outro lugar, ao invés de querer dar uma olhadela. Agora, não é pecado simplesmente ver uma mulher bonita, mas precisamos nos treinar novamente para a monogamia (uma só esposa), porque a pornografia nos treinou para a poligamia (várias esposas) mental.

(1). Papa João Paulo II, carta apostólica, Mulieris Dignitatem 14 (Sobre a dignidade e a vocação da mulher). (Boston: Pauline Books & Media, 1988).

Fonte: Pure Love Club, < http://www.chastity.com/chastity/index.php?id=7&entryid=18>

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