segunda-feira, 28 de junho de 2010

Namoro e casamento


Por Leda Galli Fiorillo

O amor não conhece limites temporais. Por isso, é natural que os enamorados queiram assumir um compromisso recíproco forte e definitivo, diante de todos, no qual vão oferecer-se um ao outro numa doação de amor total.

A IMPORTÂNCIA DO NAMORO

O período preparatório para o casamento tem o objetivo imprescindível de construir o entendimento espiritual necessário que será a base para uma relação sólida e duradoura. Mas não é só isso.

Se é verdade que amar significa querer o bem do outro, e se também é verdade que querer o bem significar ajudar o outro a realizar-se como ser humano – isto é, como indivíduo livre e responsável – na harmonia de todas as suas faculdades, é lógico pensar que, no período do namoro, cada um dos dois aprende a encarregar-se do outro, do verdadeiro bem do outro, para além dos impulsos instintivos e do desejo de uma satisfação imediata. Em outras palavras, cada um deles aprende a ser responsável pelo autêntico crescimento do outro. Daí as delicadas atenções recíprocas e os amáveis carinhos, típicos de quem sabe que tem nas mãos algo precioso.

E, de fato, o namoro é um período verdadeiramente de ouro, que deve ser valorizado ao máximo. Ainda não há as responsabilidades da vida quotidiana a dois e, portanto, toda a atenção se concentra na alegria da contínua descoberta recíproca. É um tempo de espera ansiosa por algo que ambos sabem que um dia experimentarão plenamente, mas que já percebem como sagrado e inviolável, porque tem a ver com um mistério que fascina, mas que também incute respeito. É o tempo das emoções tanto mais intensas quanto mais delicadas: em que basta a doçura de um olhar para ruborizar-se, o roçar de uma mão para fazer o coração bater loucamente... Sensações maravilhosas, puríssimas, comovedoras, das quais só pode desfrutar quem não se abandona ao turbilhão dos sentidos antes do tempo.

É também nesta época que se começa a notar que uma renúncia feita a dois torna a relação muito mais profunda. Enfim, o namoro constitui uma autêntica escola de vida.

Mas o namoro também é um tempo de projetos, do planejamento concreto da futura vida familiar, da escolha de critérios comuns e da convergência para os mesmos objetivos.

Então, é evidente que aqui entra em jogo não só a esfera da afetividade, mas também a esfera da racionalidade; e é necessária toda a racionalidade para que os sentidos fiquem serenos!

Só um percurso desse tipo conduzirá de forma natural os dois jovens, dia após dia, a amadurecer o irresistível desejo – mais ainda: a irrefreável necessidade – de assumirem finalmente um compromisso recíproco forte, definitivo e feito diante do mundo todo, no qual vão oferecer-se um ao outro numa doação de amor total.

Compreende-se que haja quem chame este compromisso de casamento!
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Veja o artigo todo em: http://www.quadrante.com.br/Pages/servicos02.asp?id=347&categoria=Educacao

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